Especialistas em inteligência artificial estão apelando aos países para que intensifiquem a cooperação a fim de garantir que a IA seja desenvolvida de forma centrada no ser humano. Em discursos no evento German Innovation Days, especialistas da Coreia e da Alemanha afirmaram que a IA deve ser capaz de preservar a dignidade humana e o Estado de Direito.
O evento foi organizado pela Embaixada da Alemanha em Seul. O embaixador alemão na Coreia, Georg Schmidt, e a especialista em ética da IA, Kingra Schumacher, discursaram sobre inteligência artificial. Eles enfatizaram que a inovação deve permanecer fundamentada na responsabilidade democrática e em valores compartilhados.
Segundo Schmidt, a Alemanha e a Coreia lucraram com os eventos ocorridos no comércio mundial. Ele se referia às perturbações causadas pela guerra da Rússia com a Ucrânia e pela escalada da guerra tecnológica entre os EUA e a China.
O tema do evento girou em torno de como nações tecnologicamente avançadas podem impulsionar a inteligência artificial centrada no ser humano, preservando os princípios que defi as sociedades abertas. Segundo o embaixador, a Coreia do Sul e a Alemanha têm o dever de proteger os interesses de seus cidadãos. Ele também observou que, em termos de IA, ambos os países precisam torná-la centrada no ser humano. Schmidt destacou as diferenças na abordagem de ambas as nações em relação à inteligência artificial.
Enquanto a Coreia parece se concentrar nas oportunidades e no potencial econômico da IA, a Alemanha enfatiza os riscos que ela representa para a sociedade. Esses riscos incluem desinformação, deepfakes e impactos no desenvolvimento infantil. Schumacher, conhecida por suas iniciativas em IA inclusiva, acrescentou que a abordagem alemã poderia oferecer um dos melhores pontos de referência para o setor de inteligência artificial em rápido crescimento na Coreia.
Schumacher destacou que a Coreia facilita o rápido crescimento da IA, ressaltando que o país talvez precise observar como a Alemanha implementa seu design participativo e centrado no usuário.
Schumacher também detalhou a importância de envolver as partes interessadas desde os estágios iniciais do projeto, um processo que, segundo ela, pode inicialmente reduzir o ritmo de desenvolvimento, mas que espera que melhore a confiança, a usabilidade e o impacto social no futuro.
Segundo Schumacher, embora a Alemanha e a Coreia abordem a inteligência artificial de maneiras diferentes, isso não deve impedi-las de trabalhar juntas. Schumacher destacou que ambas as nações poderiam complementar os pontos fortes uma da outra, uma medida que impulsionaria a cooperação no futuro. Ela observou que, embora a Coreia possa ter mais dados do que a Alemanha, o país europeu possui pouca experiência com aplicações de IA. "Unindo esses dois países, todos poderiam se beneficiar", afirmou.
Schmidt também corroborou essa ideia, destacando a abertura da Coreia à experimentação e à rápida adoção de tecnologias emergentes. Ele observou que deveria haver abertura para o novo, ressaltando que poderiam incorporar um pouco da abordagem coreana e alemã para extrair o melhor da tecnologia.
A Alemanha está tentando basear sua inteligência artificial em aplicações industriais como robótica, manufatura inteligente e engenharia.
Por outro lado, a Coreia está utilizando suatroninfraestrutura digital e vastos bancos de dados para impulsionar a inovação voltada para o consumidor.
Entretanto, ambos também concordaram que a alfabetização em IA precisa se tornar uma realidade generalizada, pois seria importante ajudar as pessoas a entender, avaliar e interagir de forma segura com os sistemas de inteligência artificial. "Deveríamos aprender nas escolas o que a IA pode fazer e o que ela não pode", disse Schmidt, alertando contra a dependência excessiva desses sistemas.
Schumacher acrescentou ainda que é importante sermos capazes de interpretar os resultados do sistema e sabermos como incorporá-los em nosso dia a dia. "Basicamente, compreender significa que você pode se preparar; você pode preparar a sociedade."
Os comentários estão em consonância com iniciativas globais como os Princípios de IA da OCDE, que contam com o apoio de mais de 40 países. Os princípios enfatizam a equidade, a transparência e a supervisão humana no desenvolvimento e uso de sistemas de inteligência artificial.
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