O ouro se mantém estável em torno da área de US$ 4.070 enquanto os traders aguardam a ata do FOMC em busca de sinais sobre corte de juros
- Bitcoin (BTC) cai 3,4% com otimismo sobre fim do "shutdown" nos EUA; mercado rotaciona para ações e ouro
- O ouro se consolida perto da máxima de três semanas, com o apetite por risco compensando apostas em um Fed dovish
- Ouro retoma os US$ 4.200 à medida que o dólar enfraquece diante de preocupações econômicas e sentimento de aversão ao risco impulsiona demanda
- O ouro permanece em modo defensivo em meio a um modesto avanço do dólar; queda parece limitada
- Ethereum (ETH) cai para US$ 3.200 com venda de "holders" e ETFs de BTC registram saídas de US$ 866 milhões
- Ouro atinge máxima de três semanas à medida que apostas em Fed dovish compensam otimismo com reabertura do governo dos EUA

O ouro encontra suporte na retomada da demanda por ativos de refúgio e na ação contida do dólar norte-americano.
A redução nas apostas de cortes de juros pelo Fed oferece suporte ao dólar e limita os ganhos do metal precioso.
Os traders também se mostram cautelosos e agora aguardam a ata do FOMC em busca de um novo impulso.
O ouro (XAU/USD) negocia com uma leve tendência de alta pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira e busca dar continuidade à recuperação do dia anterior, a partir de níveis ligeiramente abaixo da marca psicológica de US$ 4.000, ou a mínima de uma semana e meia. A forte queda registrada durante a noite em Wall Street apontou para um sentimento de risco frágil, em meio a preocupações com a economia dos Estados Unidos, o que mantém os touros do dólar americano (USD) em modo defensivo durante a sessão asiática. Isso, somado aos riscos geopolíticos decorrentes da prolongada guerra entre Rússia e Ucrânia, mostra-se um fator-chave que atua como impulso para o metal precioso, considerado um ativo de refúgio.
No entanto, qualquer depreciação significativa do dólar parece improvável, devido à diminuição das apostas em um novo corte de juros por parte do Federal Reserve (Fed) ainda em dezembro. Isso, por sua vez, pode limitar os ganhos do ouro, que não rende juros. Além disso, os traders podem preferir aguardar mais sinais sobre o caminho da política monetária do Fed antes de se posicionarem para a próxima perna de movimento direcional do par XAU/USD. Por isso, o foco do mercado permanece na divulgação da ata do FOMC, prevista para esta quarta-feira, e no relatório de folhas de pagamento não-agrícolas (payroll) dos EUA, adiado para quinta-feira, em meio a sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho.
Resumo Diário dos Movimentos de Mercado: Touros do ouro mostram cautela em meio à redução das apostas em corte de juros do Fed em dezembro
Os investidores permanecem preocupados com a perda de dinamismo da economia dos EUA, agravada pela mais longa paralisação do governo norte-americano já registrada, o que continua afetando negativamente o sentimento do mercado e fornece suporte ao ouro — ativo de refúgio — durante a sessão asiática desta quarta-feira.
Na terça-feira, as forças armadas da Ucrânia afirmaram ter atingido alvos militares dentro da Rússia utilizando mísseis ATACMS fornecidos pelos Estados Unidos. Em meio ao conflito em curso, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy viajará à Turquia com o objetivo de retomar as negociações de paz estagnadas com a Rússia.
O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, deverá participar das discussões. No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou que nenhum delegado russo comparecerá às conversas. Isso mantém os riscos geopolíticos em evidência e continua a oferecer suporte adicional ao metal precioso.
O dólar norte-americano encontra dificuldades para atrair compradores de forma significativa, apesar de se manter firme próximo à máxima de uma semana, sustentado pelas expectativas menos dovish em relação ao Federal Reserve (Fed). De fato, vários membros do Fed manifestaram recentemente cautela quanto à possibilidade de novos afrouxamentos na política monetária já no próximo mês.
O vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, afirmou no início da semana que o banco central precisa agir com prudência. Por outro lado, o governador do Fed, Christopher Waller, continuou a defender a necessidade de cortes adicionais nas taxas de juros, citando preocupações com o mercado de trabalho e a desaceleração nas contratações.
O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o número de pessoas recebendo benefícios de desemprego após o auxílio inicial — uma métrica que funciona como indicador de contratações — subiu para 1,957 milhão na semana encerrada em 18 de outubro. Isso sugere uma taxa de desemprego elevada no mês de outubro.
Portanto, a divulgação adiada do relatório de folhas de pagamento não-agrícolas (payroll) dos EUA para setembro, marcada para esta quinta-feira, concentrará toda a atenção do mercado. Esse dado, aliado à ata do FOMC, prevista para mais tarde nesta quarta-feira, trará sinais importantes sobre o caminho da política de cortes de juros do Fed, influenciando diretamente o dólar americano e o par XAU/USD.
Ouro luta para aproveitar leve alta; Média Móvel Exponencial de 200 períodos no gráfico H4 é ponto-chave para os touros

Na terça-feira, o ouro encontrou um suporte considerável e reagiu com uma recuperação a partir da Média Móvel Exponencial (EMA) de 200 períodos no gráfico de 4 horas. No entanto, os osciladores mistos nesse mesmo gráfico recomendam cautela antes de assumir posições apostando em uma valorização mais expressiva.
Enquanto isso, a região arredondada dos US$ 4.100 deve atuar como resistência imediata. Caso este nível seja rompido de forma convincente, isso pode desencadear uma correção de posições vendidas (short-covering), impulsionando o preço do ouro em direção ao obstáculo intermediário entre US$ 4.152 e US$ 4.155, com potencial para alcançar a marca dos US$ 4.200.
Por outro lado, a região entre US$ 4.037 e US$ 4.036 pode funcionar como suporte de curto prazo, antecedendo a EMA de 200 períodos no gráfico de 4 horas, atualmente posicionada pouco acima da marca psicológica dos US$ 4.000. Um rompimento firme abaixo desse nível crítico tornaria o ouro vulnerável a uma queda mais acentuada rumo ao suporte em US$ 3.931, podendo estender o movimento de baixa até a marca dos US$ 3.900, com possível alvo final em torno da mínima de final de outubro, na região de US$ 3.886.
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