Ibovespa fecha em queda puxado por BBAS3; dólar recua após dados fracos dos EUA
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O principal índice da bolsa brasileira encerrou o pregão da sexta-feira (1º de agosto) em baixa, refletindo a combinação entre incertezas internacionais, resultados corporativos decepcionantes e problemas técnicos na B3.
O Ibovespa caiu 0,48%, aos 132.437,39 pontos, em um pregão marcado por instabilidade e baixo volume financeiro, que somou R$ 16,7 bilhões. Durante o dia, o índice oscilou entre os 132.140 e 133.237 pontos.
A piora no clima externo, com destaque para a divulgação de dados econômicos fracos nos Estados Unidos e a volta do discurso protecionista de Donald Trump, afetou o humor dos investidores.
Ao mesmo tempo, o mercado local enfrentou uma falha técnica que atrasou o início da divulgação dos índices por parte da B3, adicionando ainda mais cautela às negociações.
Fonte: suno.com.br
Banco do Brasil afunda e Petrobras recua; Vale e BRF sobem
O principal destaque negativo do dia foi o Banco do Brasil (BBAS3), que registrou uma queda expressiva de 6,85% após apresentar um balanço trimestral abaixo do esperado.
O resultado decepcionante, somado ao aumento das incertezas sobre sanções internacionais envolvendo o Brasil, levou os investidores a se desfazerem dos papéis do banco estatal, pressionando fortemente o índice.
Outro peso relevante veio da Petrobras (PETR4), que teve retração de 1,32% em meio à queda do petróleo no mercado internacional e à volatilidade no setor de energia. A commodity recuou diante de expectativas mais fracas para a atividade global, o que afetou diretamente os ativos da petroleira.
Fonte: Google Finance
Apesar do cenário majoritariamente negativo, algumas ações conseguiram avançar e amenizar as perdas do índice. A Vale (VALE3) teve alta de 0,54% no fechamento regular, beneficiada pela divulgação de dados operacionais positivos e expectativa pelo seu balanço do segundo trimestre.
O bom desempenho das operações de níquel contribuiu para o otimismo em torno da mineradora, mesmo em meio à instabilidade das commodities.
Entre as empresas do setor alimentício, Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) também apresentaram desempenho positivo, com altas de 0,56% e 1,35%, respectivamente.
Os papéis foram favorecidos pela continuidade das atividades no mercado interno e pela ausência de impactos diretos das tarifas norte-americanas, que atingiram outros setores com mais intensidade.
Fonte: Google Finance
Dólar recua com payroll fraco; bolsas dos EUA fecham em queda
O dólar comercial começou o dia em alta frente ao real, refletindo a reação inicial do mercado às novas tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump. No entanto, o movimento foi revertido ao longo da sessão, com a moeda americana encerrando o dia em queda de 1,01%, cotada a R$ 5,545.
A virada foi influenciada pela divulgação de dados fracos do mercado de trabalho dos Estados Unidos, em especial o relatório de emprego (payroll), que indicou desaceleração na criação de vagas e reforçou as apostas de que o Federal Reserve poderá adotar uma postura mais branda na política monetária.
O enfraquecimento do dólar no cenário internacional colaborou para a valorização do real e de outras moedas emergentes.
Nos Estados Unidos, o clima também foi de pessimismo nas bolsas. O índice Nasdaq liderou as perdas com queda de 2,24%, seguido pelo S&P 500, que recuou 1,60%, e pelo Dow Jones, com baixa de 1,23%.
Os investidores reagiram com cautela à combinação de dados econômicos abaixo do esperado e às incertezas trazidas pelas novas tarifas comerciais, que podem prejudicar o fluxo global de mercadorias e afetar empresas americanas expostas ao exterior.
Fonte: Investing.com
Vale (VALE3) agrada o mercado com desempenho operacional sólido
Mesmo com o Ibovespa em queda, as ações da Vale conseguiram se destacar positivamente ao longo da sexta-feira, impulsionadas pela divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025.
No início da tarde, os papéis da mineradora chegaram a subir mais de 2%, sustentados pelo bom desempenho das operações de metais básicos e pela reação positiva do mercado às cifras apresentadas.
A companhia reportou receita líquida de US$ 8,8 bilhões no trimestre, uma queda de 11% em relação ao mesmo período de 2024, mas com alta de 9% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.
O lucro líquido somou US$ 2,1 bilhões, com retração de 23,5% na base anual. Já o EBITDA ajustado totalizou US$ 3,4 bilhões, enquanto o fluxo de caixa livre foi de US$ 1 bilhão, um salto expressivo superior a 400% em relação ao 2T24.
Cotação da VALE3 nos últimos 5 anos.
Fonte: Google Finance
Entre as principais casas de análise, o sentimento foi majoritariamente positivo. O BB Investimentos destacou a consistência operacional da empresa, apontando avanços na produção e na redução de custos como fatores-chave.
O segmento de metais para transição energética foi o principal destaque, com um EBITDA ajustado de US$ 721 milhões, alta de 77% em relação ao ano anterior, impulsionado pelos menores custos de produção de cobre e níquel.
O Itaú BBA classificou o balanço como “levemente positivo”, com EBITDA 7% acima do esperado e desempenho do segmento de níquel surpreendendo positivamente. A instituição também ressaltou a forte geração de caixa e a queda da dívida líquida expandida para US$ 17,5 bilhões.
O BTG Pactual foi mais enfático, destacando que o EBITDA ficou 10% acima de suas projeções, puxado pelo desempenho dos metais básicos e pela reversão de um impairment de US$ 76 milhões na operação de níquel.
Problema técnico na B3 aumenta clima de incerteza no mercado
O pregão da sexta-feira também foi marcado por uma falha técnica que atrasou o início das negociações no Ibovespa, aumentando o nervosismo entre os investidores.
A B3 enfrentou dificuldades para divulgar os dados dos seus índices de forma regular, e o principal indicador da bolsa só começou a operar normalmente às 13h24. Até então, o mercado operava às cegas, sem acesso às informações completas de desempenho.
No auge da incerteza, por volta das 13h39, o Ibovespa chegou a registrar leve alta de 0,05%, enquanto o índice futuro operava em queda de 0,12%, evidenciando a instabilidade provocada pela interrupção temporária. Embora as ações que compõem o índice tenham continuado sendo negociadas, a ausência de informações consolidadas causou apreensão.
Além disso, as incertezas em torno da condução da política monetária nos EUA aumentaram o impacto da falha técnica. A possibilidade de o Federal Reserve adotar uma postura mais acomodatícia reacendeu o debate sobre os rumos dos juros, tanto no Brasil quanto no exterior, gerando oscilações bruscas nos ativos ao longo do dia.
Informações do Ibovespa no Google às 11h55, horário de Brasília, em 1 de agosto de 2025.
Fonte: Infomoney
Commodities oscilam e aumentam pressão sobre ações da B3
A volatilidade no mercado de commodities foi mais um fator de pressão sobre o desempenho do Ibovespa. O minério de ferro registrou leve queda de 0,19% na Bolsa de Dalian, enquanto o petróleo recuou cerca de 2% nos mercados internacionais.
Essas oscilações, embora moderadas, afetaram diretamente empresas brasileiras de peso, como Vale e Petrobras, que têm grande influência na composição do índice.
No caso do petróleo, a queda refletiu preocupações com a desaceleração econômica global, especialmente após os dados fracos dos Estados Unidos.
Já o minério de ferro sofreu com a menor demanda da China, principal destino das exportações brasileiras da commodity. Essa combinação de fatores gerou um cenário de incerteza para os investidores e ajudou a explicar o movimento lateral do Ibovespa ao longo da tarde.
Como o índice é fortemente concentrado em ações ligadas a commodities, qualquer variação nos preços desses produtos tende a provocar efeitos significativos. Empresas como Vale, Petrobras e siderúrgicas acabam funcionando como termômetros do humor do investidor diante das condições macroeconômicas globais.
Além disso, o aumento das tensões comerciais após os comentários de Donald Trump sobre novas tarifas, que podem incluir produtos brasileiros, adicionou mais um elemento de instabilidade ao mercado. O chamado “tarifaço” reacendeu temores sobre a competitividade das exportações nacionais e trouxe à tona discussões diplomáticas sobre possíveis retaliações ou ajustes nas cadeias de produção.
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