RBRX11 conclui incorporação e mantém dividendo; HGLG11 propõe fusão com LVBI11 e PATL11
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O fundo imobiliário RBR Plus Multiestratégia Real Estate (RBRX11), classificado como o "hedge fund" da gestora RBR Asset, divulgou seus resultados referentes ao mês de outubro. O período foi marcado pela distribuição de R$ 0,09 por cota aos seus investidores.
Esse valor corresponde a um dividend yield anualizado expressivo de 14,7%, calculado sobre a cotação de fechamento de setembro. A gestão reafirmou seu compromisso com a estabilidade, garantindo que esse patamar de distribuição será mantido até o encerramento de 2025.

Fonte: RBRX11
O mês de outubro foi um marco transformacional para o fundo, com a conclusão da incorporação integral do portfólio do fundo RBR Alpha (RBRF11). A operação foi realizada a preço de mercado, garantindo a continuidade do fluxo de caixa.
Com isso, os novos cotistas oriundos do fundo incorporado passaram a receber dividendos sem interrupção. Em novembro, o processo foi finalizado com o pagamento do saldo residual da operação.
A relação de troca foi definida na emissão de aproximadamente 0,85 cota do RBRX11 para cada cota do antigo RBRF11, a um preço médio de R$ 7,85. A partir desse evento, todas as posições passaram a ser negociadas exclusivamente sob o ticker RBRX11.
Benefícios da fusão e resultado financeiro
A fusão dos fundos trouxe benefícios estruturais imediatos. A operação ampliou significativamente o patrimônio líquido do RBRX11 e elevou a liquidez diária das cotas no mercado secundário, facilitando a entrada e saída de investidores.
Além disso, houve uma redução temporária na taxa de gestão para os primeiros seis meses pós-incorporação, o que beneficia a rentabilidade líquida. Dentro dessa nova estrutura consolidada, o fundo registrou um resultado contábil de R$ 2,65 milhões.
Esse desempenho reforça a estabilidade do fluxo de caixa do fundo após a complexa reorganização interna. A gestão se diz confortável em manter o guidance de dividendos, alinhada ao plano apresentado durante a consolidação.
Intensificação da estratégia de crédito em CDI
Olhando para a alocação de recursos, a estratégia do RBRX11 segue concentrada em ampliar a exposição a operações de crédito indexadas ao CDI. Segundo a gestora, esse movimento visa melhorar a previsibilidade e elevar o nível dos rendimentos recorrentes.
Em outubro, o fundo realizou investimentos relevantes nesse sentido. Foram alocados R$ 5 milhões no CRI Pernambuco, com taxa de CDI + 5%, e R$ 900 mil no CRI MOS, remunerado a CDI + 4,9%.
A gestão também concluiu a venda total de sua posição no fundo HGPO, um movimento de reciclagem para alinhar o portfólio ao foco atual.
Já em novembro, a atividade continuou intensa. O fundo adicionou R$ 20 milhões ao CRI Embraed, com taxa de CDI + 4%. Além disso, prepara-se para uma alocação de grande porte.
Está prevista a entrada de cerca de R$ 140 milhões em um CRI "High Grade" ligado a um fundo logístico de grande porte. Essa operação terá garantias robustas e uma taxa de CDI + 1,6%.
Estratégia "Curva J" e potencial de ganho de capital
Além da renda recorrente via CRIs, a equipe de gestão segue ativa na busca por ganhos de capital através da estratégia denominada "Curva J".
Essa vertente foca em ativos de desenvolvimento ou que necessitam de maturação. Atualmente, o fundo negocia a venda de uma unidade do ativo Kalea Jardins.
A transação deve gerar um ganho de capital relevante para o fundo. A expectativa da gestão é combinar a busca por resultados imediatos (dividendos) com a construção gradual de um portfólio mais robusto.
O objetivo é acessar retornos maiores no médio prazo. Nas estratégias de "Curva J", a RBR projeta retornos totais entre IPCA + 15% e IPCA + 20% ao ano, impulsionando a rentabilidade final do fundo.
HGLG11 convoca assembleia para incorporar LVBI11 e PATL11 e criar gigante logístico
Enquanto o RBRX11 finaliza a integração do RBRF11, o CSHG Logística, agora sob gestão do Pátria, anunciou um movimento ainda mais ambicioso para consolidar o setor logístico, propondo a absorção de dois outros fundos listados.
O HGLG11 convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre a incorporação dos ativos do LVBI11 e do PATL11. Ambos os fundos também atuam no segmento logístico e são geridos pela mesma casa, a Patria Real Estate.
A votação ficará aberta até o dia 29 de dezembro. Caso aprovada, a operação criará um gigante do setor. Juntos, os três FIIs somavam um patrimônio líquido de R$ 7,8 bilhões em 31 de outubro, com 42 imóveis e mais de 2 milhões de metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL).
Esses números preliminares ainda não incluem totalmente os valores captados na recente 10ª emissão do HGLG11 (R$ 1,397 bilhão) nem os imóveis adquiridos nas negociações recentes com outros fundos.
Aquisições bilionárias de ativos do VILG11 e CYLD11
Além da proposta de fusão, o HGLG11 anunciou na semana passada a aquisição de pacotes de imóveis relevantes. O fundo comprou quatro galpões do VILG11 (Vinci Logística) e 72% do Betim Business Park, em uma transação total de R$ 850,7 milhões.

Fonte: HGLG11
O pagamento dessa operação foi estruturado de forma híbrida. Cerca de R$ 603 milhões foram pagos mediante a entrega de cotas da 10ª emissão aos vendedores. O restante envolveu amortização de dívidas e parcelas em dinheiro com vencimento em 2026 e 2027.
Em outra frente, o HGLG11 adquiriu três imóveis logísticos do fundo CYLD11, localizados na região metropolitana de São Paulo. O custo total foi de R$ 807,8 milhões.
O pagamento também combinou a entrega de novas cotas (R$ 404 milhões) com uma parcela em dinheiro e a assunção de dívidas na casa de R$ 173 milhões. A estratégia reforça o momento de consolidação agressiva liderado pelo fundo.
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