Fundos imobiliários XPCA11 e RZTR11 divulgam resultados robustos e dividendos acima de 1% ao mês
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O Fiagro XPCA11 encerrou junho com um desempenho financeiro expressivo, marcando o melhor resultado mensal em nove meses.
Segundo o relatório gerencial, o fundo atingiu um lucro de R$ 4,821 milhões no regime de caixa, enquanto o resultado no regime de competência foi de R$ 4,798 milhões. A distribuição de rendimentos alcançou R$ 5,007 milhões, ou R$ 0,11 por cota, resultando em um dividend yield (DY) mensal de 1,62%.
Grande parte desse resultado foi impulsionada pelos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que responderam por R$ 4,894 milhões da receita de caixa.
As despesas operacionais foram controladas, somando R$ 376,7 mil. O fundo não realizou novos aportes durante o mês, mas vendeu CRAs de risco UISA (R$ 414 mil) e Itaueira (R$ 296 mil) como parte de sua gestão ativa.
Estratégia conservadora marca gestão da carteira do XPCA11
Ao fim de junho, a carteira do XPCA11 apresentava uma alocação diversificada e conservadora. A maior parte dos recursos estava concentrada em CRA (74,4%), seguida por cotas de FIDC Fiagro (14,8%), CRI Agro (1,0%) e caixa (9,7%).
A gestão reafirmou a intenção de alocar com cautela os recursos disponíveis, principalmente em função do cenário macroeconômico mais instável.
O fundo também mantém exposição ao FIDC OPI Crédito Agrícola FIAgro, reforçando seu compromisso com a diversificação e o monitoramento rigoroso do risco de crédito.
No campo, o foco está voltado para a safrinha de milho, que, apesar do atraso na colheita, tem apresentado boas expectativas de produtividade.
A pressão sobre os preços, por outro lado, representa um desafio para os produtores, mas favorece compradores, como usinas e confinamentos, que compõem o público-alvo do portfólio do XPCA11.
Cotação do XPCA11 nos últimos 5 anos.
Fonte: Google Finance
RZTR11 distribui R$ 1,05 por cota e supera a Selic com estratégia de land equity
O fundo imobiliário do agronegócio RZTR11 também apresentou desempenho sólido em junho, registrando um lucro de R$ 19,051 milhões no período. A receita bruta total foi de R$ 20,855 milhões, com custos operacionais de R$ 1,642 milhão.
A distribuição de rendimentos ficou em R$ 1,05 por cota, o que representa um dividend yield de 1,11% ao mês, acima do retorno da taxa Selic, atualmente em 14,90% ao ano.
No mercado secundário, as cotas oscilaram entre R$ 93,99 e R$ 94,99, com um retorno bruto total de 1,06%.
Diante desse cenário positivo, a gestão do fundo promoveu uma revisão da alocação-alvo, reforçando o foco na estratégia de land equity, que busca retorno superior ao benchmark no longo prazo por meio da compra e futura revenda de propriedades rurais com alto potencial.
Cotação histórica do RXTR11.
Fonte: Google Finance
Portfólio ganha tração com propriedades estratégicas e fluxo de caixa previsível
Entre os ativos mais relevantes dentro da estratégia de land equity estão a Fazenda Clarão da Lua, com cerca de 5 mil hectares úteis, e a propriedade San Francisco, com aproximadamente 4 mil hectares.
A gestão destacou que está empenhada em buscar compradores para essas áreas, visando ganhos de capital e aumento dos rendimentos distribuídos aos cotistas.
O portfólio do RZTR11 também inclui imóveis adquiridos nas modalidades sale & leaseback e buy to lease, os quais oferecem um fluxo de caixa estável e recorrente.
As taxas médias já contratadas nesses contratos giram em torno de 15,26% ao ano, mantendo a atratividade das operações mesmo com a Selic em alta.
A gestão do fundo ressalta que, além do rendimento atual, essas características contribuem para a previsibilidade dos resultados futuros, um diferencial importante no cenário econômico atual.
URPR11 recua à mínima de 5 anos e levanta sinal de alerta entre investidores de FIIs
O cenário para os fundos imobiliários em agosto começou com sinais mistos, mas um movimento específico chamou atenção: o recuo expressivo do fundo URPR11, que despencou 6,27% e encerrou o pregão do dia 1º de agosto cotado a R$ 36,32, o menor valor dos últimos cinco anos.
A forte queda aconteceu logo após o anúncio de um dividendo de R$ 0,40 por cota, o mais baixo do ano, gerando frustração entre os investidores que esperavam uma recuperação nos pagamentos.
A depreciação levou o fundo a ser negociado com mais de 60% de desconto em relação ao seu valor patrimonial, atualmente em R$ 99,72 por cota.
Com um patrimônio líquido de R$ 1,179 bilhão, o URPR11 mantém a maior parte de sua carteira alocada em CRIs indexados ao IPCA, com spread médio de 13%.
O fundo também tem parte do portfólio exposta a ativos em desenvolvimento, assumindo risco de equity, o que pode gerar volatilidade adicional em momentos de incerteza macroeconômica.
Cotação histórica do URPR11.
Fonte: Google Finance
IFIX cai nos minutos finais e mostra instabilidade no início de agosto
O desempenho negativo do URPR11 também refletiu a instabilidade mais ampla no mercado de fundos imobiliários.
O IFIX, índice que acompanha os principais FIIs listados na B3, teve uma queda de 0,18% no dia 1º de agosto, fechando aos 3.430,04 pontos, sua mínima do dia. A retração ocorreu nos minutos finais do pregão, após uma sessão de oscilação leve ao redor dos 3.440 pontos.
No acumulado da semana, o índice registra queda de 0,44%, ampliando a desvalorização no mês de agosto para -2,18%, mesmo com uma alta acumulada de +10,07% no ano até agora.
Fonte: suno.com.br
O movimento indica um ajuste pontual, mas levanta atenção para o comportamento dos investidores diante de distribuições mais tímidas e incertezas macroeconômicas.
Enquanto o URPR11 liderou as perdas do dia, o fundo CVBI11, também com foco em CRIs, teve o melhor desempenho com alta de 2,77%, negociado a R$ 87,30. O fundo ainda não anunciou seus dividendos do mês, o que pode ter contribuído para a especulação positiva em torno da cota.
A composição do IFIX segue válida até o fim de agosto, com 117 fundos incluídos com base em critérios como liquidez, regularidade de proventos e valor patrimonial. Com a renovação da carteira se aproximando, os próximos dias podem apresentar maior volatilidade, exigindo cautela dos investidores.
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