BTLG11 tem lucro 45% maior; VRTM11 mantém dividendo de R$ 0,09

O fundo de investimento imobiliário BTG Pactual Logística (BTLG11) divulgou seu relatório gerencial referente ao mês de julho, informando um lucro líquido de R$ 45,699 milhões. O valor representa um avanço de 45,45% em comparação com o resultado de R$ 31,418 milhões que havia sido registrado em junho.
Com base no desempenho, o fundo anunciou a distribuição de R$ 0,78 por cota em dividendos aos seus investidores, o que corresponde a um dividend yield anualizado de 9,5%, com base no preço de fechamento de julho.
Fonte: StatusInvest
O resultado do mês foi positivamente impactado pelo ganho de capital obtido na venda do imóvel BTLG Campinas, um evento não recorrente que reforçou a reserva de lucros do fundo.
Em paralelo, a gestão segue com sua estratégia comercial para reduzir a vacância de seus ativos e avança no processo de aquisição do fundo imobiliário SARE11, uma operação que deve aumentar significativamente o portfólio do BTLG11 nos próximos meses.
Análise do resultado de julho e o ganho de capital
O resultado imobiliário do BTLG11 em julho atingiu R$ 49,265 milhões, enquanto o lucro operacional líquido (NOI) foi de R$ 30,04 milhões.
Um ponto de atenção no balanço foi o impacto de um pagamento de R$ 366 milhões, realizado no final de junho, referente à aquisição dos ativos Cajamar I, Cajamar II e Campinas II. Essa saída de caixa acabou por reduzir o rendimento em caixa do fundo no mês de julho.
No entanto, o resultado do mês foi fortemente beneficiado pelo reconhecimento de um lucro de R$ 4,2 milhões, o equivalente a R$ 0,09 por cota, referente ao valor recebido pela venda do imóvel BTLG Campinas.
A transação, que foi informada ao mercado no dia 2 de julho, foi um evento não recorrente que elevou a reserva de lucros acumulados do fundo para R$ 0,86 por cota. Essa reserva funciona como um "colchão" financeiro, que pode ser utilizado para complementar distribuições futuras e manter a estabilidade dos dividendos em meses com resultados mais fracos.
Perfil do portfólio e a baixa vacância
A carteira do BTLG11 é composta atualmente por 33 imóveis, dos quais dois estão em processo de venda, totalizando 1,3 milhão de metros quadrados de área bruta locável (ABL).
A concentração geográfica do portfólio continua sendo um dos seus principais diferenciais, com 90% dos ativos localizados no estado de São Paulo, o principal mercado consumidor e logístico do país.
Um dos principais destaques operacionais do fundo é sua baixa taxa de vacância. A vacância financeira do portfólio, que mede o impacto dos espaços vagos na receita, está em apenas 1,9%.
Esse patamar é considerado muito saudável para o setor de galpões logísticos e reflete a alta qualidade e a boa localização dos imóveis do fundo, que conseguem manter um alto nível de ocupação mesmo em um cenário econômico desafiador.
Gestão comercial ativa para reduzir a vacância remanescente
Apesar do baixo nível geral de vacância, a gestão do fundo segue com uma atuação comercial ativa para ocupar os poucos espaços ainda disponíveis e para renovar os contratos existentes, buscando sempre as melhores condições de mercado.
As conversas mais adiantadas no momento envolvem o ativo BTLG Mauá, que pode ter a assinatura de contratos com dois novos locatários em breve, o que reduziria ainda mais a vacância do portfólio.
Além da prospecção de novos inquilinos, a gestão também concluiu recentemente a renovação da locação dos ativos BTLG Louveira V, VI e VII. O acordo foi firmado com um importante cliente do fundo, que responde por cerca de 6% da receita total.
O contrato foi estendido por mais três anos e incluiu novas condições que ampliam as penalidades em caso de uma rescisão antecipada por parte do locatário, o que confere maior segurança e previsibilidade para o fluxo de receitas do fundo.
O processo de aquisição do fundo SARE11
Outro movimento relevante que está no radar dos investidores é a aquisição do fundo imobiliário Santander Renda de Aluguéis (SARE11) pelo BTLG11.
A operação, que faz parte da estratégia de crescimento do fundo, está atualmente na fase de "due diligence", que é o processo de análise detalhada dos ativos e das finanças do fundo a ser adquirido.
A conclusão dessa aquisição está vinculada à 14ª emissão de cotas do BTLG11, que levantará os recursos necessários para a transação. A gestão informou que novas atualizações sobre o andamento da operação serão divulgadas ao mercado assim que houver avanços importantes.
A incorporação dos ativos do SARE11 deve aumentar a escala e a diversificação do portfólio do BTLG11, consolidando ainda mais sua posição como um dos principais fundos de logística do mercado brasileiro.
VRTM11 anuncia dividendo de R$ 0,09 e mantém consistência
Enquanto o BTLG11, um dos gigantes do setor logístico, avança em sua estratégia de crescimento, o fundo multiestratégia Fator Verità (VRTM11) também divulgou seus resultados, destacando a consistência de seus dividendos.
O VRTM11 anunciou a distribuição de R$ 0,09 por cota em dividendos, com pagamento previsto para o dia 15 de setembro. Terão direito ao recebimento os cotistas que possuíam o papel no fechamento do dia 29 de agosto.
O valor se mantém estável em relação aos meses anteriores. A distribuição representa um dividend yield mensal de 1,31%, e no acumulado de 12 meses, o retorno atinge 15,64%.
Fonte: StatusInvest
O VRTM11 é um fundo do segmento multiestratégia, com gestão do Banco Fator, e tem sua tese de investimento focada em diferentes classes de ativos do setor imobiliário desde sua constituição, em 2024.
O fundo possui um patrimônio líquido de R$ 438 milhões, o que equivale a um valor patrimonial de R$ 9,27 por cota. Atualmente, o fundo conta com cerca de 11.770 investidores e faz parte da carteira teórica do IFIX.
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