BTLG11 tem lucro 45% maior; VRTM11 mantém dividendo de R$ 0,09

Pedro Augusto Prazeres
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Fonte: DepositPhotos

O fundo de investimento imobiliário BTG Pactual Logística (BTLG11) divulgou seu relatório gerencial referente ao mês de julho, informando um lucro líquido de R$ 45,699 milhões. O valor representa um avanço de 45,45% em comparação com o resultado de R$ 31,418 milhões que havia sido registrado em junho.

Com base no desempenho, o fundo anunciou a distribuição de R$ 0,78 por cota em dividendos aos seus investidores, o que corresponde a um dividend yield anualizado de 9,5%, com base no preço de fechamento de julho.

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Fonte: StatusInvest

O resultado do mês foi positivamente impactado pelo ganho de capital obtido na venda do imóvel BTLG Campinas, um evento não recorrente que reforçou a reserva de lucros do fundo. 

Em paralelo, a gestão segue com sua estratégia comercial para reduzir a vacância de seus ativos e avança no processo de aquisição do fundo imobiliário SARE11, uma operação que deve aumentar significativamente o portfólio do BTLG11 nos próximos meses.

Análise do resultado de julho e o ganho de capital

O resultado imobiliário do BTLG11 em julho atingiu R$ 49,265 milhões, enquanto o lucro operacional líquido (NOI) foi de R$ 30,04 milhões.

Um ponto de atenção no balanço foi o impacto de um pagamento de R$ 366 milhões, realizado no final de junho, referente à aquisição dos ativos Cajamar I, Cajamar II e Campinas II. Essa saída de caixa acabou por reduzir o rendimento em caixa do fundo no mês de julho.

No entanto, o resultado do mês foi fortemente beneficiado pelo reconhecimento de um lucro de R$ 4,2 milhões, o equivalente a R$ 0,09 por cota, referente ao valor recebido pela venda do imóvel BTLG Campinas.

A transação, que foi informada ao mercado no dia 2 de julho, foi um evento não recorrente que elevou a reserva de lucros acumulados do fundo para R$ 0,86 por cota. Essa reserva funciona como um "colchão" financeiro, que pode ser utilizado para complementar distribuições futuras e manter a estabilidade dos dividendos em meses com resultados mais fracos.

Perfil do portfólio e a baixa vacância

A carteira do BTLG11 é composta atualmente por 33 imóveis, dos quais dois estão em processo de venda, totalizando 1,3 milhão de metros quadrados de área bruta locável (ABL).

A concentração geográfica do portfólio continua sendo um dos seus principais diferenciais, com 90% dos ativos localizados no estado de São Paulo, o principal mercado consumidor e logístico do país.

Um dos principais destaques operacionais do fundo é sua baixa taxa de vacância. A vacância financeira do portfólio, que mede o impacto dos espaços vagos na receita, está em apenas 1,9%.

Esse patamar é considerado muito saudável para o setor de galpões logísticos e reflete a alta qualidade e a boa localização dos imóveis do fundo, que conseguem manter um alto nível de ocupação mesmo em um cenário econômico desafiador.

Gestão comercial ativa para reduzir a vacância remanescente

Apesar do baixo nível geral de vacância, a gestão do fundo segue com uma atuação comercial ativa para ocupar os poucos espaços ainda disponíveis e para renovar os contratos existentes, buscando sempre as melhores condições de mercado.

As conversas mais adiantadas no momento envolvem o ativo BTLG Mauá, que pode ter a assinatura de contratos com dois novos locatários em breve, o que reduziria ainda mais a vacância do portfólio.

Além da prospecção de novos inquilinos, a gestão também concluiu recentemente a renovação da locação dos ativos BTLG Louveira V, VI e VII. O acordo foi firmado com um importante cliente do fundo, que responde por cerca de 6% da receita total.

O contrato foi estendido por mais três anos e incluiu novas condições que ampliam as penalidades em caso de uma rescisão antecipada por parte do locatário, o que confere maior segurança e previsibilidade para o fluxo de receitas do fundo.

O processo de aquisição do fundo SARE11

Outro movimento relevante que está no radar dos investidores é a aquisição do fundo imobiliário Santander Renda de Aluguéis (SARE11) pelo BTLG11.

A operação, que faz parte da estratégia de crescimento do fundo, está atualmente na fase de "due diligence", que é o processo de análise detalhada dos ativos e das finanças do fundo a ser adquirido.

A conclusão dessa aquisição está vinculada à 14ª emissão de cotas do BTLG11, que levantará os recursos necessários para a transação. A gestão informou que novas atualizações sobre o andamento da operação serão divulgadas ao mercado assim que houver avanços importantes.

A incorporação dos ativos do SARE11 deve aumentar a escala e a diversificação do portfólio do BTLG11, consolidando ainda mais sua posição como um dos principais fundos de logística do mercado brasileiro.

VRTM11 anuncia dividendo de R$ 0,09 e mantém consistência

Enquanto o BTLG11, um dos gigantes do setor logístico, avança em sua estratégia de crescimento, o fundo multiestratégia Fator Verità (VRTM11) também divulgou seus resultados, destacando a consistência de seus dividendos.

O VRTM11 anunciou a distribuição de R$ 0,09 por cota em dividendos, com pagamento previsto para o dia 15 de setembro. Terão direito ao recebimento os cotistas que possuíam o papel no fechamento do dia 29 de agosto.

O valor se mantém estável em relação aos meses anteriores. A distribuição representa um dividend yield mensal de 1,31%, e no acumulado de 12 meses, o retorno atinge 15,64%.

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Fonte: StatusInvest

O VRTM11 é um fundo do segmento multiestratégia, com gestão do Banco Fator, e tem sua tese de investimento focada em diferentes classes de ativos do setor imobiliário desde sua constituição, em 2024.

O fundo possui um patrimônio líquido de R$ 438 milhões, o que equivale a um valor patrimonial de R$ 9,27 por cota. Atualmente, o fundo conta com cerca de 11.770 investidores e faz parte da carteira teórica do IFIX.

Isenção de responsabilidade: este artigo representa apenas a opinião do autor e não pode ser usado como consultoria de investimento. O conteúdo do artigo é apenas para referência. Os leitores não devem tomar este artigo como base para investimento. Antes de tomar qualquer decisão de investimento, procure orientação profissional independente para garantir que você entenda os riscos.

 

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