RBVA11 vende ativos para quitar dívida; GGRC11 anuncia dividendo de R$ 0,10 e avalia aquisição

O fundo de investimento imobiliário Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) divulgou seu relatório gerencial referente ao mês de julho, informando um resultado líquido de R$ 12,585 milhões. O valor foi inferior ao registrado em junho, de R$ 15,236 milhões.
Apesar da redução no lucro, o fundo anunciou a distribuição de R$ 0,09 por cota em dividendos, um valor que também será pago em setembro, mantendo a política de remuneração aos cotistas.
Fonte: StatusInvest
O principal foco da gestão no momento é o reforço da posição de caixa para a quitação da última parcela da compra de imóveis alugados para a Lojas Pernambucanas, com o pagamento previsto para outubro.
Para levantar os recursos necessários, a gestão tem adotado uma estratégia ativa de venda de ativos, tanto de participações em outros fundos imobiliários quanto de imóveis que compõem o portfólio.
Análise do resultado de julho e da política de dividendos
O resultado do RBVA11 em julho foi composto principalmente por receitas imobiliárias, que somaram R$ 16,124 milhões. As receitas financeiras, no entanto, tiveram um impacto negativo no balanço, totalizando R$ 1,08 milhão, enquanto as despesas totais do fundo somaram R$ 2,459 milhões.
Mesmo com a queda no lucro em relação ao mês anterior, a distribuição de R$ 0,09 por cota foi mantida, totalizando R$ 14,052 milhões pagos aos investidores.
A decisão de distribuir um valor superior ao lucro do mês é uma estratégia para manter a previsibilidade dos rendimentos.
A gestão sinalizou que a mesma quantia será distribuída no próximo mês, referente aos resultados de agosto, reforçando a estabilidade da política de dividendos do fundo no curto prazo.
Gestão de caixa para quitar parcela de R$ 25 milhões
O principal desafio financeiro do fundo no segundo semestre de 2025 é a quitação da última parcela da compra dos imóveis locados para a Lojas Pernambucanas.
O pagamento, que deve ser realizado em outubro, será de aproximadamente R$ 25 milhões, acrescidos de correção monetária.
Para fazer frente a essa obrigação, a gestão está utilizando os recursos disponíveis em caixa e, principalmente, acelerando a venda de ativos.
Atualmente, o fundo possui cerca de R$ 14 milhões em caixa. Essa posição será reforçada com os recursos provenientes das vendas de participações em outros FIIs e de imóveis do portfólio que já estão em andamento.
Venda de ativos para reforçar o caixa
Durante o mês de julho, a gestão do fundo já iniciou esse movimento de desinvestimento. Foi vendida parcialmente uma participação no FII CSHG Prime Offices (CPSH11), por um valor de R$ 11 milhões.
A operação gerou um prejuízo contábil estimado em R$ 1,3 milhão, mas foi compensada por uma receita de R$ 2 milhões referente ao distrato de um contrato com o Santander, também realizado em julho. O fundo ainda mantém uma exposição de aproximadamente R$ 12 milhões no CPSH11.
Além dessa, outras negociações importantes foram concluídas ou estão em fase final. O fundo projeta a entrada de aproximadamente R$ 4,7 milhões em agosto, valor que é oriundo da venda do imóvel Haddock Lobo, na cidade de São Paulo. Outra transação relevante foi a venda do imóvel Mateo Bei, avaliado em R$ 5,5 milhões. O fundo já recebeu R$ 1,5 milhão na assinatura da escritura e o restante, de R$ 4 milhões, está previsto para entrar no caixa ainda neste semestre.
Em agosto, também foi concluída a venda do imóvel de São Matheus, que era locado para uma agência bancária da Caixa Econômica Federal, por R$ 5,5 milhões. A operação gerou um lucro de aproximadamente R$ 572 mil, um valor superior tanto ao custo de aquisição do imóvel quanto ao seu laudo de avaliação mais recente.
A gestão informou que mantém um pipeline ativo de vendas, com outras negociações em andamento que podem gerar novas entradas de caixa ainda neste período.
Estratégia de locação e a busca por novos inquilinos
Paralelamente à estratégia de venda de ativos para a gestão de seu passivo, o fundo também avançou em sua frente de locação, com o objetivo de reduzir a vacância e potencializar as receitas recorrentes de aluguel no futuro.
A gestão informou que está em um processo ativo de captação de interessados para seus imóveis vagos.
O principal foco dos esforços de locação é o imóvel conhecido como Avenidas, localizado na Avenida Paulista, uma das regiões mais valorizadas de São Paulo. Além desse, também foram realizadas visitas de potenciais interessados em ativos localizados em Duque de Caxias (RJ), Curitiba (PR) e Recife (PE).
Essas ações indicam uma busca por intensificar a comercialização dos espaços vagos para aumentar a taxa de ocupação e, consequentemente, a geração de caixa do fundo nos próximos meses.
GGRC11 anuncia dividendo de R$ 0,10 e avalia compra de ativo da Renault
Enquanto o RBVA11 se concentra na venda de ativos para gerenciar seu passivo, o GGR Covepi Renda (GGRC11), outro fundo do setor logístico, também se movimenta com uma nova emissão de cotas e a prospecção de uma aquisição relevante.
O GGRC11 anunciou a distribuição de R$ 0,10 por cota em dividendos, referentes aos resultados de agosto. O pagamento será feito em 8 de setembro, com base na posição dos investidores no fechamento desta segunda-feira (1). O valor é o mesmo que foi distribuído no mês passado e representa um dividend yield de 1,02%.
Fonte: StatusInvest
O fundo, que registrou um resultado de R$ 12,9 milhões em julho, está em meio à sua 10ª emissão de cotas. Em paralelo, a gestão informou que divulgou uma carta de intenções para a aquisição de um ativo que pertence ao FII Votorantim Logística (VTLT11).
O imóvel, localizado em Quatro Barras (PR), está atualmente locado para a Renault. A negociação, no entanto, ainda depende da aprovação em assembleia pelos cotistas do fundo vendedor, que avaliam a proposta do GGRC11 em comparação com uma oferta concorrente de outra gestora.
A gestão do GGRC11 informou ainda que quitou a última parcela referente ao ativo Mills e pagou a penúltima do ativo Air Liquide. Além disso, o fundo recebeu uma consulta para a possível venda de um pacote de seus próprios ativos para outro fundo imobiliário, mas, segundo a gestora, ainda não há nenhuma decisão formal sobre essa negociação.
Isenção de responsabilidade: este artigo representa apenas a opinião do autor e não pode ser usado como consultoria de investimento. O conteúdo do artigo é apenas para referência. Os leitores não devem tomar este artigo como base para investimento. Antes de tomar qualquer decisão de investimento, procure orientação profissional independente para garantir que você entenda os riscos.
Os Contratos por Diferença (CFDs) são produtos alavancados que podem resultar na perda de todo o seu capital. Esses produtos não são adequados para todos os clientes; por favor, invista com rigor. Consulte este arquivo para obter mais informações.