A União Europeia está avançando com seu plano de parar de comprar petróleo e gás da Rússia até 1º de janeiro de 2028, e esse prazo não mudará, mesmo com odent Donald Trump pedindo aos líderes europeus para cortarem laços com Moscou agora.
Na quinta-feira, Trump pediu às autoridades europeias que suspendessem as compras de petróleo da Rússia, mas não lhes deu um prazo, de acordo com a Reuters, que noticiou o ocorrido pela primeira vez em Copenhague, em 5 de setembro.
Na sexta-feira, Dan Jorgensen, que cuida das políticas energéticas da UE, deixou claro em uma entrevista que Washington não lhe pediu paratraco prazo.
"Putin não só usou sua energia como arma contra nós, chantageando Estados-membros, como também estamos indiretamente ajudando a financiar a guerra de Putin, e isso precisa acabar. E se odent Trump concordar com isso, será um apoio bem-vindo, porque esse é certamente o nosso principal objetivo", disse Jorgensen.
Neste momento, a União Europeia está finalizando as regras legais para proibir formalmente as importações de petróleo e gás da Rússia nos próximos três anos. Essas importações têm sido um dos maiores fluxos cash da Rússia desde a invasão total da Ucrânia em 2022, e esse dinheiro foi direto para financiar seu esforço de guerra.
Nem todos os países da UE estão a bordo. Hungria e Eslováquia ainda transportam cerca de 200.000 a 250.000 barris de petróleo russo por dia pelo oleoduto Druzhba. Isso representa cerca de 3% das necessidades de petróleo de todo o bloco. Eles também estão comprando gás russo e não estão satisfeitos com o cronograma de Bruxelas, alertando que esse corte pode elevar os preços da energia e provocar escassez em seus países.
Robert Fico, o primeiro-ministro da Eslováquia, manteve-se firme durante uma coletiva de imprensa na sexta-feira, após se reunir com o presidente ucraniano dent Zelenskiy. Ele se recusou a comentar as declarações de Trump, mas insistiu que "fornecimentos confiáveis eram necessários", ressaltando que vários países europeus ainda compram gás russo e gás natural liquefeito dos EUA para atender às suas necessidades energéticas.
Jorgensen confirmou que as negociações estão em andamento com a Hungria e a Eslováquia. No entanto, afirmou que o apoio delas não é necessário para levar o plano adiante. "Se, por razões internas, houver países que não se sintam capazes de apoiá-lo, isso não é algo que exija unanimidade", disse ele. Ele não disse se Bruxelas planeja oferecer apoio financeiro ou proteções legais para conquistá-los.
A atual proposta de eliminação gradual não precisa de acordo unânime. Precisa apenas de uma maioria reforçada dos Estados-membros, e diplomatas da UE esperam que o grupo de ministros da Energia aprove o plano na próxima reunião, que ocorrerá no mês que vem.
Enquanto tudo isso acontece na Europa, o Kremlin não respondeu ao alerta de Trump. Jorgensen se prepara para se encontrar com o Secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, em Bruxelas na próxima semana.
No topo da agenda? Uma promessa massiva da UE de comprar US$ 250 bilhões em energia americana a cada ano, no âmbito de um acordo comercial em andamento entre EUA e UE.
Muitos analistas consideraram essa meta irrealista, afirmando que a UE não tem muito poder sobre o que as empresas privadas de energia decidem importar. Jorgensen não discordou. "Está claro que nosso papel é facilitar. A UE não é uma comercializadora de gás", disse ele.
Ainda assim, há conversas sobre maneiras de fazê-lo funcionar. Uma opção em pauta é a concentração da demanda, com empresas europeias se unindo para encomendar gás dos EUA em grandes quantidades. A medida não está definida, mas está sendo discutida como uma forma de ajudar ambas as partes a cumprirem o acordo.
Enquanto a Europa reduz sua dependência do petróleo russo, as importações de gás da Rússia continuam significativamente maiores. Este ano, espera-se que cerca de 13% do gás da UE venha da Rússia, uma queda em relação aos 45% de antes do início da guerra, mas ainda assim um número significativo.
Fora da Europa, Washington começou a punir países que continuam comprando combustível russo. A Índia foi atingida por novas tarifas dos Estados Unidos por suas importações contínuas de petróleo da Rússia, e o país reagiu acusando o Ocidente de ser hipócrita.
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