Hong Kong está planejando sua terceira venda de títulos digitais soberanos e nomeou um grupo de bancos para estruturar o acordo, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
Detalhes sobre tamanho e cronograma ainda são incertos, mas a medida sinaliza o contínuo avanço da cidade em finanças baseadas em blockchain. Se lançada, seguiria a estreia do título verde tokenizado de Hong Kong em fevereiro de 2023 e sua emissão multimoeda um ano depois, ambos bem recebidos por investidores institucionais e vistos como prova do potencial do blockchain nos mercados de dívida tradicionais.
A nova exigência também é um sinal da crescente aspiração de Hong Kong em se tornar um polo global de finanças digitais. Autoridades municipais enfatizaram a necessidade de criar um mercado de títulos "preparado para o futuro", que possa proporcionar emissões mais rápidas, a um custo menor e com maior transparência do que as emissões tradicionais em papel. Ao avançar com um terceiro acordo soberano, o governo também demonstra sua confiança na tecnologia e no interesse dos investidores.
A notícia acompanha o crescente interesse corporativo. Poucos dias antes da ação do governo, duas empresas estatais chinesas, a Shenzhen Futian Investment Holdings e a Shandong Hi-Speed Holdings Group, precificaram seus próprios títulos digitais em Hong Kong. A participação não só conferiu credibilidade ao setor, como também destacou a rapidez com que a demanda está se expandindo para além dos programas piloto, com foco em atividades de financiamento mais regulares.
O mercado de títulos digitais de Hong Kong não é puramente controlado pelo governo. Pelo menos seis outras empresas já emitiram títulos desse tipo na cidade. Este ano, cerca de US$ 1 bilhão foi captado por meio de títulos digitais, e 70% desse total ocorreu somente em 2025.
Empresas na China continental e em outros lugares estão começando a considerar esse canal de financiamento. John O'Neill, chefe de ativos digitais do HSBC, disse que o banco observou um interesse crescente. Ofertas de títulos tokenizados também são um assunto cada vez mais comum entre os clientes, afirmou um importante escritório de advocacia, o King & Wood Mallesons.
Mais de US$ 1,7 bilhão em emissões já foram realizadas na plataforma de registro distribuído Orion HK do HSBC. Isso inclui transações soberanas, financeiras e corporativas. Títulos digitais são títulos de dívida convencionais, emitidos e negociados apenas em uma blockchain. Plataformas privadas, como a Orion do HSBC, e blockchains públicas, como Ethereum , podem suportá-los.
Eles ainda são denominados em moedas comuns, como o dólar americano, o dólar de Hong Kong ou o yuan chinês, o que os torna familiares aos investidores, embora a forma de emissão seja nova.
Os principais compradores continuam sendo os mesmos investidores de sempre que compram títulos. Eles compram esses títulos com dinheiro impresso. A ausência de stablecoins amplamente confiáveis para liquidação continua sendo o motivo pelo qual a base de investidores em criptomoedas é relativamente pequena em derivativos negociados em bolsa.
Para dar um empurrãozinho no mercado, Hong Kong introduziu incentivos financeiros. Cada emissão elegível tem direito a até 2,5 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de US$ 320.500) em subsídios.
Ao promover emissores públicos e privados, Hong Kong visa se tornar uma base regional para finanças digitais. Tempos de liquidação mais rápidos, taxas mais baixas e a transparência do blockchain estão entre ostrac.
Na Ásia, há uma alta demanda por ativos digitais. Os formuladores de políticas queriam acompanhar as tendências globais, especialmente com a implementação de políticas pró-criptomoedas pelos Estados Unidos.
O impulso dos títulos digitais de Hong Kong não se resume apenas a uma inovação digital neste contexto. Trata-se também de competição. A cidade busca consolidar sua posição como um importante centro financeiro internacional, à medida que seu sistema financeiro passa por rápidas mudanças.
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