O ouro consolida-se próximo ao recorde histórico enquanto a recuperação do dólar e o tom positivo de apetite por risco pesam

O ouro é visto consolidando a forte alta recorde da semana passada.
Uma leve valorização do dólar e o tom positivo de apetite por risco limitam o avanço da commodity.
As apostas em cortes de juros pelo Fed podem conter os ganhos do dólar e dar suporte ao metal que não rende juros.
O ouro (XAU/USD) inicia a nova semana em uma fase de consolidação altista e oscila em uma faixa logo abaixo do nível de US$ 3.600, recorde histórico atingido na sexta-feira. Um repique modesto do dólar americano (USD), a partir do nível mais baixo desde 28 de julho registrado na sexta-feira, em reação à divulgação decepcionante do relatório mensal de empregos dos EUA, acaba sendo um fator-chave que limita a valorização da commodity. Além disso, o tom geralmente positivo nos mercados de ações também contribui para restringir os ganhos do metal precioso de refúgio seguro.
No entanto, uma valorização significativa do USD parece improvável diante do aumento das apostas em uma política monetária mais agressiva de afrouxamento pelo Federal Reserve (Fed), reforçadas pelos dados de emprego mais fracos do que o esperado. Além disso, os bancos centrais continuam sendo compradores líquidos da commodity, mesmo na faixa de preço atual. Isso, por sua vez, pode continuar a oferecer suporte ao ouro, que não rende juros. Ainda assim, as condições de sobrecompra podem impedir que os touros do XAU/USD assumam novas posições antes da divulgação dos dados mais recentes de inflação dos EUA, previstos para esta semana.
Resumo Diário dos Movimentos do Mercado: Touros do ouro fazem uma pausa diante da leve alta do dólar e da menor demanda por ativos de refúgio
O relatório de Folha de Pagamento Não Agrícola (NFP) dos EUA, divulgado na sexta-feira, mostrou que a economia adicionou apenas 22 mil empregos em agosto, ficando muito abaixo das expectativas do mercado. Além disso, revisões nos dados anteriores revelaram que a economia perdeu 13 mil empregos em junho, marcando o primeiro declínio mensal desde dezembro de 2020 e apontando para o enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA.
Outros detalhes mostraram que a taxa de desemprego subiu ligeiramente para 4,3%, ante 4,2% em julho, conforme esperado, enquanto a taxa de participação da força de trabalho avançou para 62,3% de 62,2%. Por fim, a inflação salarial anual, medida pela variação dos ganhos médios por hora, caiu para 3,7% em agosto, ante 3,9% no mês anterior.
Os traders reagiram rapidamente e agora precificam uma pequena possibilidade de um corte expressivo nas taxas de juros pelo Federal Reserve em setembro. Além disso, os participantes do mercado veem maior probabilidade de que o banco central dos EUA reduza os custos de empréstimos três vezes até o final do ano, o que levou o preço do ouro a atingir a marca de US$ 3.600, um novo recorde histórico na sexta-feira.
O dólar americano inicia a nova semana em alta, recuperando parte da queda registrada após o NFP e saindo do nível mais baixo em mais de um mês. Além disso, o clima positivo do mercado atua como um fator limitador para o metal precioso de refúgio seguro no início da semana. Os traders agora aguardam a divulgação dos dados mais recentes de inflação dos EUA, previstos para esta semana, em busca de um novo impulso.
O ouro precisa consolidar antes do próximo avanço, diante do RSI em sobrecompra no gráfico diário
O Índice de Força Relativa (RSI) permanece bem acima da marca de 70 no gráfico diário, indicando condições de sobrecompra. Isso torna prudente aguardar alguma consolidação de curto prazo ou um recuo modesto antes que os touros do XAU/USD se posicionem para estender o impulso do recente rompimento de uma faixa de negociação de várias semanas.
No entanto, qualquer queda corretiva provavelmente atrairá novos compradores próximo da região de US$ 3.545, ajudando a limitar a desvalorização na faixa de US$ 3.510-3.500. Uma quebra convincente abaixo desse nível, entretanto, poderia levar o preço do ouro até o ponto de resistência rompido da faixa de negociação, em torno de US$ 3.440, que deve atuar como uma base sólida de curto prazo.
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