VISC11 atinge ocupação recorde em 5 anos; BLMG11 vende ativos e propõe mudança de estratégia
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O fundo imobiliário Vinci Shopping Centers (VISC11) divulgou seu relatório de outubro, detalhando um resultado líquido de R$ 21,065 milhões (R$ 0,73 por cota).
As receitas operacionais diretas dos shoppings foram mais robustas, totalizando R$ 26,59 milhões (R$ 0,92 por cota) no mesmo período.

Fonte: Vinci Compass
O fundo anunciou o pagamento de R$ 0,81 por cota para o dia 14 de novembro, destinado aos cotistas posicionados em 31 de outubro.
A gestão usou parte de suas reservas para complementar o pagamento, já que o lucro do mês (R$ 0,73) foi inferior ao valor distribuído. Esta é a quinta vez consecutiva que o fundo paga esse mesmo valor, reforçando sua política de linearização de dividendos.
Reservas robustas e projeção de dividendos mantida
A saúde financeira para essa estratégia é garantida por uma reserva de lucros de R$ 21,667 milhões (R$ 0,75 por cota) que permanece no caixa mesmo após esse pagamento.
A gestão também detalhou que a reserva total é ainda maior. O veículo de investimento Shopping Paralela FII, que pertence 100% ao VISC11, possui R$ 10 milhões em lucros retidos (R$ 0,35 por cota). Somando as duas reservas, o fundo dispõe de R$ 1,10 por cota em "estoque" para distribuições futuras.
Com base nessa solidez, a gestão reiterou sua projeção (guidance) de distribuir entre R$ 0,80 e R$ 0,85 por cota até o final de 2025.
Desempenho operacional atinge recorde
O grande destaque operacional do mês foi um recorde na taxa de ocupação do portfólio. O indicador fechou outubro em 94,8%, o nível mais alto dos últimos cinco anos e um crescimento de 0,9 ponto percentual em relação ao ano anterior.
A melhora na ocupação impulsionou os indicadores financeiros. O Resultado Operacional Líquido (NOI) por metro quadrado cresceu 11,2% na comparação anual, com o NOI caixa total avançando na mesma proporção. As vendas por metro quadrado também subiram 3,4% no mesmo período.
A análise de "mesmas lojas" (SSS), que mede o desempenho de lojistas antigos, também foi positiva, com alta de 3,1% nas vendas e de 7,2% nos aluguéis. A gestão informou que os indicadores de saúde da carteira, como descontos (2,3%) e inadimplência líquida (2,7%), permanecem em níveis controlados.
Estrutura financeira e de mercado
O fundo encerrou outubro com 337.631 cotistas e um patrimônio líquido de R$ 3,5 bilhões. Em contraste, o valor de mercado estava em R$ 3,1 bilhões, indicando que o fundo segue sendo negociado com desconto na B3.
O caixa do fundo somava R$ 220,1 milhões, alocados principalmente em títulos públicos e fundos DI com liquidez imediata. No lado do passivo, o fundo mantém R$ 702,6 milhões em obrigações, referentes a aquisições passadas, resultando em uma obrigação líquida (dívida menos caixa) de R$ 477,7 milhões.
BLMG11 tem leve recuo no resultado e vende ativos logísticos
Enquanto o VISC11 comemora sua performance operacional recorde, o BLMG11 (Bluemacaw Logística) divulgou seus resultados de setembro, que vieram acompanhados de importantes vendas de ativos e de uma proposta de mudança de estratégia.

Fonte: BlueMacaw
O fundo imobiliário BLMG11 apurou R$ 1,878 milhão de resultado no mês de setembro, um leve recuo em relação a agosto (R$ 1,91 milhão). As receitas somaram R$ 2,021 milhões e as despesas ficaram em R$ 142,5 mil.
O fundo distribuiu R$ 0,36 por cota em dividendos, equivalendo a um dividend yield de 13,0% sobre a cota de mercado no encerramento do período. Em outubro, a gestão concluiu a alienação da fatia remanescente no ativo Triple A e do terreno de Cabreúva para o GGRC11.
Fundo propõe mudança de estratégia e de nome
Paralelamente às vendas, o fundo iniciou uma consulta formal para atualizar seu regulamento. A proposta busca adequar a política de investimentos à nova estratégia, que seria ampliar o escopo para a aquisição de ativos de diferentes segmentos, e não apenas logísticos.
A proposta também inclui a retirada da palavra "Logística" do nome oficial do fundo, confirmando a transição para um mandato híbrido, e autoriza a recompra de cotas pelo fundo.
Ativos que permanecem na carteira
Dentre os ativos que figuravam na carteira em setembro, o BMLog Rio (RJ) é um empreendimento classe AAA integralmente ocupado pela Via Varejo em contrato atípido até 2030.
Em Extrema (MG), o BMLog Extrema, também AAA, está 100% locado para a Dafiti, em um complexo descrito como o maior centro de distribuição de moda online da América Latina.
Em Salvador, o ativo BM Salvador, que deve permanecer como propriedade do fundo, abriga a operação de call center do Itaú (operada pela Atento), compondo uma fonte de receita do setor de serviços.
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