Durante uma recente visita de Estado a Pequim, Emmanuel Macron fez um alerta contundente à China: se os Estados-membros da União Europeia (UE) não observarem uma mudança nos desequilíbrios comerciais, o bloco poderá ser forçado a impor novas tarifas sobre os produtos chineses.
Macron já procurou, no passado, projetar uma frente europeia robusta em suas relações com a China, ao mesmo tempo que se mostrou cauteloso para não antagonizar Pequim, cuja crescente assertividade está testando as relações comerciais, de segurança ematic , dizem analistas.
Noah Barkin, analista da China no Rhodium Group, afirmou recentemente que Macron precisa deixar claro para a liderança chinesa que a Europa responderá às crescentes ameaças econômicas e de segurança vindas de Pequim, ao mesmo tempo que evita uma escalada das tensões que poderia levar a uma guerra comercial generalizada e a um colapsomatic .
“Esta não é uma mensagem fácil de transmitir”, disse Barkin.
Em entrevista publicada no domingo pelo jornal francês Les Echos, Macron afirmou ter instado a China a intensificar a cooperação em relação ao que chamou de desequilíbrios comerciais globais “insustentáveis”, bem como em questões geopolíticas e preocupações ambientais .
“Tentei explicar aos chineses que seu superávit comercial é insustentável porque eles estão prejudicando seus próprios clientes, principalmente por não importarem mais tanto de nós”, disse Macron em entrevista publicada no domingo pelo jornal francês Les Echos.
“Eu disse a eles que, se não reagirem, nós, europeus, seremos forçados, nos próximos meses, a tomar medidastron, seguindo o exemplo dos Estados Unidos, como a imposição de tarifas sobre produtos chineses”, acrescentou.
defi comercial de bens da União Europeia de US$ 19 trilhões continua a se expandir. Macron há muito defendia uma posição europeia unificada em relação à China e vinha solicitando medidas para proteger os produtores europeus das importações chinesas.
Macron afirmou que o protecionismo dos EUA e da China estão atingindo o cerne do nosso modelo industrial e de inovação. E esse, segundo ele, é o pior cenário possível: acrescentou que eles se tornaram o mercado de ajuste. Macron alertou que é uma questão de vida ou morte para a indústria europeia.
Analistas alertam que, se o desequilíbrio comercial persistir, do PIB da zona do euro poderá ser significativamente afetado. Países com setores industriais bem estabelecidos, como Alemanha, França, Itália e Espanha, enfrentam vulnerabilidades consideráveis, pois a entrada de produtos chineses mais baratos pode prejudicar os fabricantes nacionais e reduzir os lucros em setores cruciais.
Os riscos vão além do comércio. defi persistentes podem enfraquecer a capacidade de inovação, uma vez que as empresas europeias enfrentam menos recursos para investir em pesquisa e desenvolvimento, o que pode levar a Europa a ficar para trás em setores de alta tecnologia. Economistas também sugerem que o desequilíbrio agravaria as disparidades econômicas regionais na UE, tornando uma abordagem unificada mais desafiadora. A contínua exposição à concorrência chinesa, segundo algumas previsões, pode reduzir o crescimento do PIB da zona do euro em até 0,5% na próxima década.
Macron também afirmou que estava propondo uma abordagem mais conciliatória em relação à China, como o desmantelamento das restrições às exportações europeias de máquinas semicondutoras e as limitações às exportações chinesas de terras raras.
Ele incentivou as empresas chinesas a investirem na Europa e a "criarem valor e oportunidades para a Europa".
Macron destacou que as parcerias com empresas chinesas podem ajudar a modernizar setores industriais chave, além de promover o desenvolvimento sustentável e a transferência de tecnologia.
Segundo Macron, as parcerias com empresas chinesas facilitarão a modernização de setores industriais chave e promoverão o desenvolvimento sustentável e a transferência de tecnologia. Macron também apresentou a abordagem como uma situação vantajosa para ambos os lados: a Europa recebe capital e colaboração em alta tecnologia, enquanto os investidores chineses, por meio de mão de obra qualificada e mercados consolidados, obtêm acesso a esses mercados.
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