Magazine Luiza dispara 23% em novembro; Ibovespa renova máxima e fecha mês acima de 159 mil
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As ações do Magazine Luiza (MGLU3) foram o grande destaque positivo do mês de novembro, registrando uma valorização expressiva de 18,71%. O desempenho da varejista liderou um movimento mais amplo de recuperação de ativos cíclicos.

Fonte: Google Finance
Esse movimento foi impulsionado pela maior visibilidade sobre o corte de juros no Brasil. O mercado se dividiu entre apostas de cortes na Selic já em janeiro ou março, o que beneficiou empresas sensíveis ao crédito.
Além do cenário macroeconômico doméstico, a retomada das apostas de corte de juros nos Estados Unidos também influenciou a curva de juros futuros local, criando um ambiente favorável para o setor de varejo e consumo.
Black Friday e parceria com Americanas impulsionam Magalu
Além do macro, os dados operacionais trouxeram otimismo. Números pré-Black Friday de 24 e 25 de novembro indicaram um ciclo de consumo mais forte do que em 2024.
Segundo a Neotrust, a receita do e-commerce cresceu 27,9% na segunda-feira e 33,9% na terça-feira na comparação anual. Os valores atingiram R$ 1,63 bilhão e R$ 1,79 bilhão, respectivamente.
Quando normalizado para dias da semana equivalentes, o crescimento orgânico subjacente ficou próximo a 31%, sinalizando um aquecimento da demanda que beneficiou diretamente o Magalu.
Outro fator que animou os investidores foi o anúncio de uma parceria estratégica no varejo online com a Americanas (AMER3) antes da data promocional.
O Magazine Luiza passou a disponibilizar produtos vendidos pela Americanas em seu marketplace, com a recíproca devendo ocorrer nas próximas semanas. Isso amplia o sortimento e o tráfego cruzado entre as plataformas.
Nos resultados financeiros divulgados no início do mês, a varejista já havia mostrado sinais de recuperação, registrando lucro líquido ajustado de R$ 21,2 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízos anteriores.
Construção Civil: MRV e Cyrela surfam a queda dos juros
O setor de construção civil também foi um dos grandes vencedores de novembro. A MRV (MRVE3) subiu 22,53%, beneficiando-se diretamente do cenário de juros mais baixos e de resultados operacionais sólidos.
A construtora registrou uma forte evolução no terceiro trimestre, com um salto de 209% no lucro líquido. O balanço mostrou crescimento do Ebitda, margens maiores e redução de alavancagem.
O avanço nas operações do programa Minha Casa Minha Vida também foi um driver importante. O Bradesco BBI destacou que a empresa superou as estimativas de lucro, mantendo a recomendação de compra.
A Cyrela (CYRE3) acompanhou o otimismo do setor e subiu 16,73%. A empresa divulgou resultados financeiros alinhados às expectativas, mas surpreendeu positivamente na geração de caixa livre.
O fluxo de caixa atingiu R$ 88 milhões, acima do previsto. O Itaú BBA classificou a execução da Cyrela como "impecável", destacando sua capacidade de expandir operações mesmo em cenários desafiadores.
RD Saúde se destaca com medicamentos GLP-1
No setor de saúde e varejo farmacêutico, a RD Saúde (RADL3) teve uma alta de 21,08%. A dona das marcas Raia e Drogasil foi um dos destaques da temporada de resultados.
A empresa foi beneficiada pelo forte desempenho de vendas dos medicamentos da classe GLP-1, utilizados no tratamento de obesidade e diabetes tipo 2, que têm impulsionado o tráfego nas lojas.
O Goldman Sachs ressaltou que os resultados da rede tendem a ser resilientes, combinando a demanda por esses novos medicamentos com o avanço dos genéricos e uma base de comparação mais leve em produtos de higiene e beleza.
Vamos e B3 completam a lista de altas
A Vamos (VAMO3) avançou 20,06% no mês. Apesar de ter divulgado resultados considerados fracos, com queda de 39% no lucro trimestral, o mercado focou nos pontos positivos e na sensibilidade do ativo aos juros.
Houve aceleração nas receitas de locação (+11% ano a ano) e um avanço significativo nas vendas de seminovos. A XP manteve recomendação de compra, citando a maior implementação de capex como sinal de crescimento futuro.
Por fim, a B3 (B3SA3) subiu 16,51%. A operadora da bolsa se beneficiou do aumento do apetite por risco e do volume de negócios. Seus resultados vieram em linha com as expectativas, com lucro de R$ 1,2 bilhão.
O Goldman Sachs destacou que as receitas de mercados vieram melhores do que o temido, e que a empresa apresentou crescimento em todos os seus segmentos de atuação, superando as projeções de forma ampla.
Ibovespa atinge 159 mil pontos e futuro toca 160 mil; desemprego cai a 5,4%
O Ibovespa atingiu novas máximas durante a tarde de sexta-feira (28), fechando com alta de 0,60%, aos 159.276 pontos. O Índice Bovespa futuro foi além, alcançando a marca histórica e o importante nível psicológico dos 160 mil pontos.
Com esse fechamento, a valorização mensal do principal indicador da B3 superou os 6%, acelerando os ganhos em relação aos 2,26% registrados em outubro. O movimento acompanhou o otimismo em Nova York, que teve sessão mais curta pós-feriado.
Fonte: Google Finance
Na agenda econômica, o destaque foi a Pnad Contínua. A taxa de desemprego no trimestre até outubro ficou em 5,4%, o piso das estimativas de mercado e uma mínima histórica.
Embora o dado possa gerar dúvidas sobre o momento exato do início do corte da Selic, ele indica uma economia aquecida com salário real em alta. Isso tende a ser visto como positivo para o varejo, apesar dos juros ainda em 15%.
No âmbito corporativo, o mercado digeriu o novo plano de negócios da Petrobras para 2026-2030, que prevê US$ 109 bilhões em Capex, uma queda de 1,8% frente ao plano anterior.
Além disso, houve a repercussão de pagamentos bilionários. A Vale confirmou a distribuição de R$ 3,58 por ação em dividendos, enquanto o Itaú Unibanco anunciou R$ 23,4 bilhões em proventos, ajudando a sustentar o índice.
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