Depois de meses de uma recuperação monstruosa e imparável, o ouro finalmente perdeu o fôlego.
O metal que quebrou recordes para US$ 4.400 a onça agora está caindo abaixo do nível de US$ 4.000, forçando os investidores a encarar o que os gráficos estão gritando: isso é uma consolidação, não um colapso.
De acordo com Katie Stockton, tanto as ações de metais preciosos quanto as de mineração estão entrando em uma longa pausa que pode se estender até 2026, antes de outro rompimento real. Assustador?
Bem, na semana passada, o ouro rompeu o que os analistas chamam de piso "psicológico", de modo que o indicador MACD diário se transformou em um forte sinal de venda, mostrando que o momentum de curto prazo se inverteu para o lado negativo. Observe o gráfico abaixo:

Se o preço do ouro cair abaixo de US$ 3.927/oz, os traders naturalmente estarão de olho na média móvel de 50 dias, que está próxima de US$ 3.766 e subindo gradualmente.
Os gráficos também mostram que as estocásticas semanais se inverteram, e essas pequenas setas vermelhas em gráficos anteriores, que apontavam para quedas semelhantes, duraram semanas, às vezes meses. As máximas recentes perto de US$ 4.358 marcam o limite superior dessa nova faixa de negociação, de acordo com Katie.
E, como dissemos, a história é a mesma para as mineradoras. A Newmont Corp. (NEM), a rainha sem título da mineração de ouro, caiu abaixo de sua média móvel de 50 dias na segunda-feira pela primeira vez em 11 meses, o que é um sinal de baixa. Sua próxima linha de defesa real está em torno de US$ 75, alinhada com o nível detracde Fibonacci de 38,2%.
Abaixo disso, o próximo suporte do NEM fica próximo à média de 200 dias, em US$ 60. A média móvel de 20 dias também foi revertida, o que significa que a força de curto prazo enfraqueceu depois que os investidores obtiveram bilhões em lucros merecidos.

Mas essa correção está sendo interpretada como um movimento contra a tendência em Wall Street, e não como o início de um colapso. Porque, depois de uma alta de mais de 55% neste ano, Katie acredita que o metal estava apenas profundamente sobrecomprado, e uma redefinição como essa era puramente inevitável.
Longe das paradas, o debate sobre o ouro está esquentando no Bangko Sentral ng Pilipinas (BSP).
No mesmo Bloomberg Business Summit em Kuala Lumpur, Benjamin Diokno, membro do Conselho Monetário e ex-governador do BSP, disse que as reservas de ouro do país "já são excessivas".
O ouro representa cerca de 13% dos US$ 109 bilhões em reservas brutas do BSP, muito acima de seus pares regionais. Diokno disse que a faixa ideal deveria estar entre 8% e 12%, acrescentando que o banco central havia comprado grande parte de seu ouro em barras por cerca de US$ 2.000 a onça. Ele perguntou: "Vocês não deveriam vender já? O que acontecerá se o preço cair?"
A observação expôs uma divisão interna dentro do BSP sobre se deveria realizar lucro ou continuar acumulando. Eli Remolona, o atual governador do BSP, deixou claro no início deste ano que o banco não especula com as oscilações do preço do ouro.
“É arriscado e o retorno médio é negativo”, disse Remolona em março, explicando que o metal serve principalmente como hedge dentro do portfólio do país.
Essa abordagem nem sempre foi popular. Em 2024, o BSP vendeu parte de seu ouro pouco antes da alta dos preços, gerando uma reação pública negativa em relação aos ganhos perdidos.
O banco defendeu a venda como parte de sua estratégia de "gestão ativa", afirmando que não persegue picos de preços. Desde então, Diokno afirmou que o banco diversificou o local onde suas reservas são mantidas: uma pequena parte agora está armazenada na França, enquanto a maior parte permanece em Londres.
O banco central também está reconsiderando sua composição cambial. Embora a maior parte de seus ativos ainda esteja em dólares americanos, Diokno disse que as autoridades estão considerando expandir para euros e, possivelmente, reativar posições antigas em ienes japoneses e dólares australianos.
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