BTG lança GOLB11, primeiro ETF do Brasil a combinar futuros de ouro com títulos do Tesouro (LFTs)
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A BTG Pactual Asset Management anunciou o lançamento de um novo fundo de índice (ETF) na bolsa brasileira, o GOLB11.
O produto se destaca por ser o primeiro ETF do país a oferecer uma exposição combinada a contratos futuros de ouro e Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), títulos públicos pós-fixados atrelados à taxa Selic.
A estrutura, desenvolvida em parceria com a B3, visa oferecer aos investidores uma forma eficiente e de baixo custo para acessar o mercado de ouro, ao mesmo tempo em que a parcela de caixa do fundo rende juros próximos à taxa DI.

Fonte: Investing.com
O objetivo do GOLB11 é replicar o desempenho do Índice Futuro de Ouro B3 (IFGOLD B3). Esse índice reflete a performance de uma carteira teórica composta pelo primeiro vencimento do contrato futuro de ouro (ticker GLD) negociado na própria B3.
O novo ETF chega ao mercado em um momento de forte valorização do metal precioso, que acumula ganhos superiores a 50% em 2025, impulsionado por incertezas globais e pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos.
Como funciona a estrutura inovadora do GOLB11
A principal inovação do GOLB11 está em sua estrutura de investimento. Para obter a exposição ao ouro, o fundo não compra o metal físico diretamente, mas sim utiliza contratos futuros de ouro negociados na B3.
Especificamente, o fundo investirá no contrato com o vencimento mais próximo (primeiro vencimento), que é o componente do índice IFGOLD B3.
A negociação de contratos futuros exige o depósito de uma margem de garantia. É aí que entram as LFTs. Em vez de deixar o caixa parado ou alocado em ativos de baixíssimo rendimento, o GOLB11 aplicará a parcela correspondente à margem de garantia e o restante do caixa em Letras Financeiras do Tesouro.
Como as LFTs são títulos pós-fixados que acompanham a taxa Selic, essa alocação permite que o caixa do fundo gere um rendimento atrelado à taxa DI (muito próxima da Selic).
Na prática, o investidor do GOLB11 obtém uma exposição direta à variação do preço do ouro através dos contratos futuros, ao mesmo tempo em que se beneficia da rentabilidade da renda fixa brasileira sobre a parcela de caixa do fundo.
"Ao combinar contratos futuros de ouro com LFTs, o fundo permite acesso direto ao metal, mantendo a rentabilidade do caixa atrelada ao CDI, em uma estrutura pioneira e de baixo custo no mercado local", afirma Eduardo Miquelotti, Head de Fundos Indexados & ETFs da BTG Pactual Asset Management.
Características e custos do novo ETF
O GOLB11 foi desenhado para ser um produto acessível e com boa liquidez para os investidores.
O investimento mínimo inicial é de R$ 100, tornando-o disponível para um amplo público. A liquidez do ETF é D+2, o que significa que o investidor recebe o dinheiro da venda de suas cotas dois dias úteis após a negociação.
A taxa de administração do fundo foi fixada em 0,40% ao ano, um custo considerado competitivo para a estrutura oferecida.
Em termos de tributação, o GOLB11 segue as regras gerais para ETFs de renda variável: há incidência de Imposto de Renda de 15% sobre o ganho de capital obtido na venda das cotas, sem a isenção para vendas abaixo de R$ 20 mil mensais que existe para ações.
O momento favorável para o ouro
O lançamento do GOLB11 ocorre em um contexto extremamente favorável para o ouro no mercado internacional.
O metal precioso, considerado um dos ativos de refúgio mais tradicionais do mundo, tem registrado uma trajetória de forte alta ao longo de 2025, com uma valorização acumulada que já supera os 50%.
Essa busca pelo ouro é impulsionada por um cenário global de crescentes incertezas geopolíticas e econômicas, incluindo as tensões comerciais entre EUA e China e a paralisação do governo americano.
Além disso, a expectativa cada vez mais consolidada de que o Federal Reserve iniciará um ciclo de cortes na taxa de juros dos Estados Unidos também contribui para a valorização do metal. Juros mais baixos diminuem o custo de oportunidade de se manter ouro, que não gera rendimentos, tornando-o mais atrativo em comparação com títulos de renda fixa.
"O novo ETF chega em um momento de maior volatilidade nos mercados globais, em que o ouro volta a se destacar como ativo de proteção e reserva de valor", destaca o comunicado do BTG Pactual.
Com o GOLB11, a BTG Pactual Asset Management amplia sua já relevante presença no mercado de ETFs.
A gestora informa que já soma R$ 6,2 bilhões em ativos sob gestão (AuM) nessa classe de produtos e registrou uma captação líquida de R$ 5 bilhões no acumulado de 2025, demonstrando a crescente demanda dos investidores brasileiros por fundos de índice.
Ouro tem leve queda na sexta-feira, mas encerra semana com perdas após rali recorde
O ouro encerrou a sessão desta sexta-feira (24) em leve queda, mas sem se distanciar muito do fechamento da véspera, com os investidores repercutindo a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos e as expectativas sobre um possível encontro entre os presidentes dos EUA e da China.
O metal chegou a cair quase 2% no início da manhã, pressionado pela confirmação do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, que, segundo analistas, "pode reduzir a demanda por ativos de segurança".
No entanto, o metal recuperou a maior parte das perdas ao longo do dia, à medida que o mercado também repercutiu novas declarações de Trump sobre as tensões comerciais.
Na Comex, o contrato de ouro para dezembro encerrou em queda de 0,18%, a US$ 4.137,80 por onça-troy. Com as baixas dos últimos dias, o metal registrou uma queda de 1,79% no acumulado da semana, encerrando um rali que já durava nove semanas consecutivas.
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