O ouro recua com o otimismo em torno das negociações comerciais entre EUA e China; apostas em cortes de juros pelo Fed podem limitar as perdas
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O ouro permanece pressionado, à medida que os sinais de alívio nas tensões comerciais entre os EUA e a China reduzem a demanda por ativos de refúgio.
As apostas em novos cortes de juros pelo Fed enfraquecem o Dólar Americano (USD) e podem dar suporte ao metal precioso.
Os investidores também parecem cautelosos e preferem aguardar a reunião crucial de dois dias do FOMC que ocorrerá nesta semana.
O ouro (XAU/USD) inicia a nova semana em tom mais fraco, embora sem uma pressão de venda expressiva, conseguindo se manter acima da mínima de sexta-feira durante a sessão asiática. Sinais de alívio nas tensões comerciais entre os EUA e a China aumentaram o apetite dos investidores por ativos de maior risco. Isso fica evidente no sentimento positivo dos mercados acionários globais, que se torna um fator-chave para a redução da demanda pelo metal precioso, tradicionalmente visto como porto seguro. No entanto, o movimento de queda permanece limitado diante das expectativas dovish em relação ao Federal Reserve (Fed) e de uma leve desvalorização do Dólar Americano (USD).
Os investidores parecem já ter precificado completamente que o banco central dos EUA reduzirá as taxas de juros mais duas vezes neste ano, e essas apostas foram reforçadas pelos dados mais fracos de inflação ao consumidor divulgados na sexta-feira. Isso, por sua vez, mantém o USD pressionado e tende a limitar quedas mais acentuadas para o ouro, que não oferece rendimento.
Os traders também podem evitar assumir posições firmes no curto prazo e optar por aguardar o resultado da reunião de dois dias de política monetária do FOMC, que será concluída na quarta-feira. As decisões e declarações do Fed deverão orientar o comportamento do USD no curto prazo e fornecer um impulso significativo para o par XAU/USD.
Resumo Diário – Movimentações do Mercado: Touros do ouro permanecem na defensiva em meio à queda na demanda por ativos de refúgio
Principais autoridades econômicas da China e dos EUA concordaram no domingo com a estrutura de um possível acordo comercial, que será discutido quando o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, se encontrarem ainda esta semana. O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que as discussões à margem da Cúpula da ASEAN em Kuala Lumpur eliminaram a ameaça de tarifas de 100% sobre as importações chinesas a partir de 1º de novembro.
Isso ajuda a acalmar os investidores e reduz preocupações sobre uma escalada adicional das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Além disso, o otimismo impulsiona fortemente os mercados acionários no início da nova semana e exerce certa pressão de baixa sobre o ouro, tradicional ativo de refúgio, durante a sessão asiática. No entanto, as apostas em novos cortes de juros pelo Federal Reserve dos EUA recomendam cautela para os ursos.
O Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA informou na sexta-feira que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) geral subiu 0,3% em setembro, elevando a taxa de inflação anual para 3%. Excluindo alimentos e energia, o núcleo do CPI mostrou ganho mensal de 0,2%, mantendo a taxa anual em 3%. A leitura ficou abaixo das estimativas do consenso e reforçou as apostas do mercado de que o banco central dos EUA reduzirá os custos de empréstimos ainda esta semana.
Além disso, a ferramenta FedWatch do CME Group indicou que os traders já precificaram quase totalmente outro corte de 25 pontos-base pelo Fed em dezembro. Isso, por sua vez, impede que o Dólar Americano (USD) se beneficie totalmente do leve salto registrado na sexta-feira a partir de uma mínima de uma semana. Esse cenário, somado aos riscos geopolíticos decorrentes da prolongada guerra Rússia-Ucrânia, atua como um fator de suporte para o ouro, metal que não rende juros.
A Rússia lançou um ataque com drones à capital ucraniana, Kiev, nas primeiras horas de domingo. A Força Aérea da Ucrânia informou que abateu quatro dos nove mísseis e 90 dos 101 drones lançados nos ataques russos pelo país. Além disso, o presidente russo Vladimir Putin anunciou um teste final bem-sucedido de um novo míssil de cruzeiro movido a energia nuclear, o que pode apoiar a demanda pelo ativo de refúgio.
Os investidores também podem optar por permanecer à margem diante dos riscos de eventos de bancos centrais previstos para esta semana. Enquanto isso, a atenção permanecerá voltada para a decisão crucial de política monetária do FOMC na quarta-feira, que terá papel central na dinâmica do preço do USD no curto prazo e determinará o próximo movimento direcional do par XAU/USD.
O ouro precisa encontrar sustentação abaixo de US$ 4.000 para fortalecer a possibilidade de uma correção significativa

Do ponto de vista técnico, o ouro parece ter encontrado sustentação abaixo do nível de retração de Fibonacci de 23,6% do rali explosivo de julho a outubro. No entanto, o salto da semana passada a partir da marca psicológica de US$ 4.000 e osciladores mistos no gráfico diário recomendam cautela aos ursos do XAU/USD. Isso sugere que qualquer queda subsequente abaixo da mínima de sexta-feira, próxima da região de US$ 4.044, ainda pode atrair compradores nesse patamar. Em seguida, encontra-se o nível de retração de 38,2% do Fibonacci, em torno de US$ 3.948, que, se rompido de forma decisiva, pode arrastar o preço do ouro para abaixo de US$ 3.900. Uma pressão vendedora adicional poderia abrir caminho para uma queda em direção ao nível de retração de 50%, na faixa de US$ 3.810–3.800, a caminho da média móvel simples (SMA) de 50 dias, atualmente próxima de US$ 3.775.
Por outro lado, a máxima da sessão asiática, em torno de US$ 4.109–4.110, que coincide com o ponto de quebra do suporte da retração de Fibonacci de 23,6%, pode continuar atuando como resistência imediata. Uma força sustentada acima desse nível poderia elevar o preço do ouro para a zona de oferta de US$ 4.155–4.160, que, se superada, poderia desencadear um rali de fechamento de posições vendidas. O par XAU/USD poderia então acelerar o movimento positivo, buscando recuperar a marca de US$ 4.200 e subir ainda mais em direção à próxima resistência relevante, próxima da faixa de US$ 4.252–4.255.
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