Brasil mantém taxa de 15% enquanto a inflação persiste.
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O Banco Central do Brasil manteve sua taxa básica de juros estável em seu maior patamar em quase duas décadas, sinalizando seu compromisso contínuo no combate à inflação persistente.
Liderado por Gabriel Galipolo, o conselho manteve a taxa básica de juros Selic em 15% pela terceira reunião consecutiva, em linha com as previsões de todos os economistas consultados pela Bloomberg.
O banco central já havia elevado as taxas de juros em um total de 4,5 pontos percentuais entre setembro do ano passado e junho.
A inflação mostra sinais de arrefecimento, mas os desafios persistem.
O Banco Central está fazendo progressos graduais no controle dos preços na maior economia da América Latina, mas a inflação deve permanecer acima da meta de 3% até 2028. Níveis recordes de baixa no desemprego e crescentes preocupações com as frágeis finanças públicas do Brasil estão obscurecendo as perspectivas, obrigando os formuladores de políticas a permanecerem vigilantes.
O Banco Central está gradualmente controlando a inflação na maior economia da América Latina, mas a projeção é de que os preços permaneçam acima da meta de 3% até 2028. Com o desemprego em níveis historicamente baixos e crescentes preocupações com a fragilidade das finanças públicas brasileiras, as autoridades mantêm uma postura cautelosa.
Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco Holding SA, escreveu em uma nota de pesquisa antes da reunião que a decisão demonstra “a combinação de uma postura cautelosa diante de um ambiente externo ainda incerto e a avaliação de que os efeitos defasados da política monetária ainda estão se desenrolando”.
As altas taxas de juros estão prejudicando a atividade econômica, ao mesmo tempo que sustentam o real brasileiro. Os preços ao consumidor recuaram nas últimas semanas, com os brasileiros se beneficiando da queda nos preços dos alimentos.
Ainda assim, odent Luiz Inácio Lula da Silva está acelerando os gastos sociais visando as eleições gerais do ano que vem. Esses desembolsos têm deixado os investidores apreensivos quanto à trajetória e à sustentabilidade da dívida pública, apesar das promessas do governo de gerar um superávit primário, que exclui o pagamento de juros.
A inflação no Brasil subiu ligeiramente em setembro, apesar da queda nos preços dos alimentos.
A inflação na maior economia da América Latina havia inicialmente retomado o crescimento em setembro, apesar da contínua queda nos preços dos alimentos, segundo dados do instituto de estatística IBGE.
Os preços ao consumidor no Brasil subiram 0,48% em setembro, após uma queda de 0,11% em agosto, informou a agência. O resultado ficou ligeiramente abaixo da previsão de expansão de 0,52% feita por economistas em uma pesquisa.
O grupo de alimentos e bebidas, o maior componente da cesta de inflação, diminuiu 0,26% em setembro, marcando a quarta queda consecutiva, segundo o IBGE.
“O grupo de alimentos para consumo doméstico continua a apresentar variações negativas, dada a maior oferta de produtos”, afirmou Fernando Gonçalves, gestor de pesquisa do IBGE, em comunicado.
Os preços ao consumidor subiram 5,17% em setembro na comparação anual (YoY), ante 5,13% em agosto. O Banco Central do Brasil tem como meta uma taxa de inflação de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
“O panorama geral permanece benigno. A leve recuperação de setembro reflete principalmente efeitos de base, enquanto os indicadores prospectivos apontam para uma desinflação contínua nos próximos meses”, afirmou Andres Abadia, economista-chefe para a América Latina da Pantheon Macroeconomics.
Em sua mais recente decisão de política monetária , em setembro, o banco central manteve as taxas de juros estáveis em 15%, o nível mais alto em quase 20 anos. Sinalizou, portanto, que as manteria inalteradas por um período prolongado.
Com a inflação mostrando sinais de arrefecimento, mas ainda acima da meta, o Banco Central do Brasil sinaliza que as altas taxas de juros vieram para ficar. Os formuladores de políticas permanecem cautelosos, buscando equilibrar a necessidade de controlar os preços com as pressões do desemprego em níveis historicamente baixos e os crescentes riscos fiscais, enquanto o país se encaminha para um ano eleitoral.
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