Ouro atinge máxima de mais de uma semana em meio a apostas crescentes de corte de juros pelo Fed e riscos geopolíticos
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O ouro atrai compradores pelo segundo dia consecutivo, à medida que as apostas em cortes de juros pelo Fed enfraquecem o dólar americano.
Incertezas geopolíticas persistentes compensam o tom positivo de risco e beneficiam a commodity.
Os traders agora aguardam importantes dados macroeconômicos dos EUA em busca de um impulso mais significativo.
O ouro (XAU/USD) atinge o maior nível em uma semana e meia durante a sessão asiática desta terça-feira e busca dar continuidade ao forte rali de quase 2% ocorrido no dia anterior, impulsionado pelas expectativas dovish em relação ao Federal Reserve (Fed) dos EUA. Na verdade, os traders aumentaram as apostas em mais um corte na taxa de juros por parte do banco central dos EUA em dezembro, após recentes comentários de membros influentes do FOMC. Isso, por sua vez, limita o recente rali do dólar americano (USD), que havia atingido o nível mais alto desde o final de maio, e atua como um vento favorável para o metal amarelo, que não oferece rendimento.
Além disso, as persistentes incertezas geopolíticas originadas da intensificação da guerra entre Rússia e Ucrânia e dos novos conflitos no Oriente Médio também beneficiam o ouro, considerado um ativo de refúgio seguro. No entanto, o tom geralmente positivo nos mercados acionários está impedindo os touros do XAU/USD de realizarem apostas mais agressivas. Os traders também demonstram cautela e aguardam atentamente a divulgação de importantes dados macroeconômicos dos EUA nesta semana, começando com o Índice de Preços ao Produtor (PPI) e as Vendas no Varejo nesta terça-feira, em busca de um novo impulso para o mercado.
Resumo Diário – Principais Movimentações do Mercado: Ouro ganha suporte com apostas crescentes de corte de juros pelo Fed em dezembro
O ouro segue sustentado nesta terça-feira, favorecido tanto por apostas crescentes de corte de juros nos EUA quanto por tensões geopolíticas em alta. O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, afirmou na sexta-feira que as taxas de juros podem cair em breve sem comprometer a meta de inflação da instituição. Reforçando esse tom dovish, o governador do Fed, Christopher Waller, declarou na segunda-feira que o atual enfraquecimento do mercado de trabalho justifica um novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica em dezembro.
De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, a probabilidade implícita no mercado futuro para um corte de juros em dezembro, levando a taxa para a faixa entre 3,50% e 3,75%, está em torno de 80%. Isso limita o potencial de alta do dólar americano (USD), que recentemente atingiu uma máxima de vários meses, e oferece suporte ao ouro, que não gera rendimento e se beneficia de juros mais baixos.
No campo geopolítico, a Rússia lançou uma nova série de ataques a Kiev, capital da Ucrânia, na madrugada desta terça-feira (25 de novembro de 2025), atingindo áreas residenciais e infraestrutura energética. Os ataques ocorrem após negociações entre representantes dos EUA e da Ucrânia, realizadas no fim de semana na Suíça, sobre um plano de paz mediado pelos americanos visando encerrar uma guerra que já dura quase quatro anos. A Casa Branca afirmou que o presidente dos EUA, Donald Trump, continua esperançoso quanto a um acordo, mas alertou que o progresso ainda é incerto. Uma autoridade ucraniana revelou que o plano agora possui 19 pontos e não impõe limites estritos ao tamanho do exército ucraniano — algo que pode ser inaceitável para Moscou.
Além disso, o Escritório de Mídia do Governo de Gaza declarou que Israel violou o cessar-fogo mediado pelos EUA pelo menos 497 vezes em apenas 44 dias, mantendo os riscos geopolíticos elevados. Esses fatores continuam apoiando a demanda por ouro, ativo considerado porto seguro em tempos de instabilidade.
No terreno econômico, os traders aguardam a divulgação dos principais indicadores dos EUA nesta terça-feira, incluindo o Índice de Preços ao Produtor (PPI), as Vendas no Varejo, as Vendas de Casas Pendentes e o Índice de Atividade Industrial do Fed de Richmond. Esses dados poderão influenciar a dinâmica do dólar e gerar oportunidades de curto prazo no par XAU/USD.
O ouro parece preparado para subir ainda mais e pode mirar a recuperação da marca de US$ 4.200

O ouro mostrou um sólido movimento de recuperação durante a madrugada, validando o suporte de confluência em torno de US$ 4.022 — formado por uma linha de tendência ascendente que se estende desde o final de outubro e pela média móvel exponencial de 200 períodos (EMA) no gráfico de 4 horas. A continuidade desse movimento de alta, apoiada por osciladores positivos nos gráficos de 4 horas e diário, reforça a perspectiva de valorização de curto prazo do XAU/USD.
Nesse cenário, há uma possibilidade concreta de o par avançar para a região de US$ 4.177–4.178, com potencial de testes à marca psicológica de US$ 4.200. Caso o impulso se mantenha, o preço pode até estender o rali e buscar a máxima mensal em torno da região de US$ 4.245.
Por outro lado, qualquer recuo abaixo da zona de US$ 4.132–4.130 pode ser interpretado como uma oportunidade de compra e encontrar suporte sólido entre US$ 4.110–4.100. Uma quebra decisiva abaixo dessa faixa exporia novamente o suporte de confluência já mencionado, atualmente na faixa de US$ 4.032–4.030. Se esse nível for rompido, o viés de curto prazo poderá se inclinar para o lado vendedor, com risco de queda até a marca psicológica de US$ 4.000.
Um movimento de venda mais amplo pode abrir espaço para uma retração em direção à mínima da semana passada, por volta de US$ 3.968–3.967, seguida do suporte em US$ 3.931, da marca redonda de US$ 3.900 e da mínima de fim de outubro, próxima da região de US$ 3.886.
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