XPCI11 tem maior lucro em 3 meses; CACR11 lucra 5,3% a mais e paga 141% do CDI

O fundo de investimento imobiliário XP Crédito Imobiliário (XPCI11) divulgou seu relatório gerencial do mês de agosto, informando um resultado líquido de R$ 8,27 milhões, o maior dos últimos três meses. O desempenho foi sustentado por uma receita total de R$ 8,877 milhões, enquanto as despesas do período somaram R$ 605,9 mil.
Fonte: StatusInvest
Com base nos números, o fundo distribuiu R$ 8,266 milhões em rendimentos aos seus cotistas, o que corresponde a um valor de R$ 0,95 por cota.
O período foi marcado por uma gestão ativa da carteira de crédito, com a venda parcial de um ativo para reciclagem de portfólio, e pela manutenção da estratégia de buscar retornos consistentes através da arbitragem de curvas de juros e spreads de crédito.
Análise do resultado de agosto e da distribuição de dividendos
O resultado do XPCI11 em agosto foi impulsionado principalmente por sua carteira de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que foi responsável por R$ 8,42 milhões da receita. A carteira de cotas de outros fundos imobiliários (FIIs) também contribuiu, adicionando cerca de R$ 360 mil ao resultado do mês.
Fonte: XP
O relatório da gestão também informou que o fundo mantém uma reserva acumulada de correção monetária de R$ 6,27 milhões, o que equivale a R$ 0,72 por cota.
Essa reserva funciona como um "colchão" financeiro, que pode ser utilizado para complementar distribuições futuras e manter a estabilidade dos rendimentos em meses com resultados mais fracos, caso a gestão julgue necessário.
Gestão ativa da carteira de crédito e FIIs
Durante o mês de agosto, a gestão do fundo realizou uma venda parcial do CRI MRV Flex, em um movimento de reciclagem de portfólio. Em contrapartida, não houve movimentações de compra ou venda na carteira de FIIs, que ao final do mês somava R$ 31,46 milhões.
A gestão informou que segue priorizando a alocação em títulos de crédito de alta qualidade, que são estruturados internamente, uma estratégia que, segundo a equipe, pode trazer prêmios implícitos nas taxas e possibilita a geração de ganhos de capital em operações de venda no mercado secundário.
O trabalho no mercado secundário, tanto para a carteira de CRIs quanto para a de FIIs, se manteve ativo, com foco em identificar oportunidades de compra e venda de ativos. Além das operações, a gestão destacou o monitoramento contínuo das empresas que compõem o portfólio e de suas áreas financeiras.
O objetivo dessa diligência constante é antecipar eventuais riscos de crédito e responder de forma preventiva a cenários de deterioração, protegendo o capital do fundo.
A estratégia do fundo no segmento de FIIs
No segmento de FIIs, a equipe de gestão mantém o foco em "fundos de papel" que apresentam maior solidez, com uma predominância de ativos de perfil "high grade" (baixo risco) e "middle risk" (risco moderado).
Essa escolha estratégica possibilita ao XPCI11 acessar, de forma indireta, carteiras diversificadas de CRIs no mercado secundário, muitas vezes aproveitando preços descontados nas cotas desses fundos.
A estratégia geral do fundo, segundo o relatório, busca a geração de retornos consistentes, que sejam sustentados pela arbitragem de curvas de juros e pelos spreads de crédito das operações, e não apenas por resultados pontuais e não recorrentes, como os ganhos de capital.
Desempenho da cota no mercado secundário
No mercado de bolsa, as cotas do fundo XPCI11 registraram um total de 79.154 negociações durante o mês de agosto, com um volume financeiro movimentado de R$ 36,56 milhões.
A liquidez média diária do fundo alcançou R$ 1,74 milhão, um patamar que confere boa negociabilidade para os investidores que desejam comprar ou vender suas posições.
A cotação do fundo encerrou o mês de agosto em R$ 82,46 por cota. O desempenho no mercado secundário reflete não apenas os resultados e a estratégia do fundo, mas também a percepção dos investidores em relação ao cenário macroeconômico.
Especialmente às expectativas para a trajetória da taxa de juros e da inflação, que têm um impacto direto na atratividade dos fundos de crédito imobiliário.
CACR11 tem lucro 5,3% maior e distribui dividendo de 141% do CDI
Enquanto o XPCI11 destacava sua gestão ativa, o fundo imobiliário CACR11 fechou agosto com um resultado em caixa de R$ 7,203 milhões, alta de 5,32% frente a julho. As receitas totais do fundo chegaram a R$ 7,66 milhões, contra despesas de R$ 457 mil, o que permitiu a distribuição de R$ 6,529 milhões aos cotistas.
O pagamento, realizado em 8 de setembro, foi de R$ 1,35 por cota, o que corresponde a 141,40% do CDI mensal. O dividend yield acumulado nos últimos 12 meses atingiu 19,72%.
Fonte: StatusInvest
O relatório gerencial de agosto também foi usado para esclarecer a situação de alguns ativos de crédito que geraram oscilações no preço da cota nos últimos meses.
A gestora afirmou que os CRIs Santo André, Viva e Savoie, que financiam um projeto de alto padrão no litoral baiano, contam com garantias "formalizadas e registradas nos cartórios competentes" e que o projeto respeita a legislação ambiental.
A gestora também explicou que os três CRIs possuem uma cláusula de garantia cruzada, o que significa que o resultado dos empreendimentos só será liberado para o incorporador após a conclusão das três obras e o pagamento integral dos títulos, conferindo maior segurança à operação.
O fundo informou ainda que possui R$ 4,13 milhões em correção monetária acumulada em seus CRIs, o que equivale a R$ 0,85 por cota, e que a gestão atua de forma ativa no mercado para liberar esse valor.
No mercado secundário, a cota do fundo encerrou agosto a R$ 82,01, refletindo uma relação Preço/Valor Patrimonial de 87,55%. Durante o mês, o fundo recebeu R$ 4,855 milhões em amortização do CRI Costa Mallorca e realizou a venda de 28 mil papéis do CRI Santo André, que proporcionou um ganho de R$ 1,24 milhão.
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