RBRP11 projeta alta nos dividendos; AAZQ11 entrega 143% do CDI
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O desempenho financeiro do RBRP11 em novembro apresentou uma ligeira compressão na comparação mensal, totalizando um resultado líquido de R$ 4,772 milhões. Esse montante representa um recuo frente aos R$ 5,114 milhões apurados em outubro, movimento natural em portfólios que gerenciam descasamentos pontuais de fluxo de caixa e despesas operacionais.
Do lado das receitas, o fundo imobiliário reportou R$ 5,892 milhões, demonstrando resiliência na arrecadação de aluguéis. Já as despesas somaram R$ 1,12 milhão, patamar que a gestão busca manter controlado para maximizar a eficiência do Net Operating Income (NOI).
Fonte: RBRP11
Apesar da oscilação no resultado base, a distribuição de proventos seguiu estritamente o planejamento estratégico da gestão. O pagamento realizado em 12 de dezembro foi de R$ 0,40 por cota, valor alinhado ao centro do guidancedivulgado anteriormente.
O ponto de destaque na análise prospectiva reside na sinalização para o primeiro semestre de 2026. A gestão indicou uma expectativa de incremento de aproximadamente 5% nos dividendos em relação aos níveis atuais.
A consolidação do River One e a estratégia nos ativos premium
Sobre à gestão ativa do portfólio, o ativo River One continua sendo um driver importante de valor. A recente locação da metade do 10º andar para uma seguradora marcou o encerramento da vacância na torre corporativa, elevando a ocupação do ativo para 94,0%.
Esse movimento valida a tese de investimento em lajes de alta especificação técnica, confirmando a demanda resiliente por ativos Triple A em regiões consolidadas de São Paulo. Com a torre corporativa preenchida, o foco comercial se volta exclusivamente para a fachada ativa.
Paralelamente, o fundo mantém uma aposta estratégica na região mais cobiçada da capital paulista através do Edifício Jacks Rabinovich. Com participação de 60%, o RBRP11 posiciona-se a apenas 250 metros da Faria Lima, epicentro financeiro do país onde o metro quadrado para locação atinge seus maiores valores nominais.
O empreendimento, recém-entregue e com assinatura do escritório Perkins&Will, busca capturar a demanda de empresas que exigem proximidade com a Faria Lima e a JK. A comercialização deste ativo é vista pelo mercado como um potencial catalisador de receitas futuras, dado o baixo nível de vacância física na região da Faria Lima.
O desafio da vacância e a limpeza de carências
Do outro lado da balança, o portfólio enfrenta o desafio de recolocação no Edifício Venezuela. Após a saída da Estácio, o ativo ficou vago, gerando custos de vacância que pressionam o resultado. Contudo, as lajes de 833 m² oferecem flexibilidade para ocupações monousuárias ou fracionadas, e as visitas de potenciais interessados já estão ocorrendo.
A gestão do RBRP11 também enfatizou fatores técnicos que impactarão o caixa no curto e médio prazo. O principal deles é o encerramento progressivo de descontos e períodos de carência, especialmente concentrados no contrato do River One.
O fim desses benefícios contratuais atua como um crescimento orgânico da receita imobiliária, sem a necessidade de novos investimentos (CAPEX). Isso tende a convergir o resultado caixa para o resultado contábil, fortalecendo a capacidade de distribuição de dividendos.
Para o investidor, a equação para os próximos meses é clara: a redução da vacância física através de novos contratos, somada à "limpeza" das carências nos contratos vigentes, compõem o cenário base para a sustentação e o prometido crescimento dos rendimentos em 2026.
AAZQ11 entrega prêmio sobre o CDI e projeta rotação de carteira
No segmento de crédito agroindustrial, o AAZQ11 demonstrou eficiência na alocação de capital em novembro, reportando um resultado líquido de R$ 2,2 milhões. O destaque para o investidor, contudo, reside na métrica de rentabilidade relativa: a distribuição de R$ 0,12 por cota perfaz um dividend yield anualizado de 21,39%.
Esse patamar de retorno posiciona o fundo em um nível de 143% do CDI, oferecendo um prêmio de risco robusto frente à renda fixa tradicional. A performance é sustentada por uma carteira que permanece praticamente "full alocada", com 99% do patrimônio líquido exposto a ativos-alvo, minimizando o efeito negativo do "caixa parado".

Fonte: AAZQ11
A composição do portfólio reflete uma estratégia Core em crédito privado, com 73,1% concentrados em CRAs e uma parcela complementar de 22,9% em FIDCs e cotas de outros Fiagros. Essa diversificação busca capturar prêmios em diferentes elos da cadeia produtiva, sem depender de um único perfil de risco.
Em termos de rentabilidade estrutural, o carrego líquido da carteira — métrica que desconta as despesas e taxas do fundo — encerrou o mês em CDI + 2,04% ao ano. Esse spread líquido é o verdadeiro motor dos dividendos recorrentes e indica uma gestão eficiente na originação e seleção dos papéis.
Estratégia de alocação e giro de carteira
O mês de novembro foi marcado pela estabilidade nas movimentações, limitando-se a amortizações parciais previstas nos cronogramas dos títulos. Essa calmaria, entretanto, antecede um movimento tático importante sinalizado pela gestão para o curto prazo: a substituição de ativos.
O racional por trás dessa futura rotação é claro: trocar posições de liquidez (mercado secundário), que hoje entregam retornos próximos ao CDI, por ativos estruturados que oferecem taxas mais atrativas.
A tese de crédito na prática: caso Copagril
Um exemplo recente dessa busca por taxas mais "gordas" foi o movimento realizado em outubro com a cooperativa Copagril. O fundo alocou R$ 2,5 milhões em um novo CRA, garantindo uma remuneração de CDI + 3,30% ao ano.
Essa operação não apenas melhora o yield médio, mas também mantém o controle de risco, limitando a exposição a este devedor específico a 2,22% do PL. É o tipo de movimentação cirúrgica que permite ao fundo manter a recorrência de resultados sem concentrar excessivamente o risco de crédito em um único nome.
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