Ibovespa sobe com otimismo externo; dólar tem leve queda com petróleo em alta e à espera de inflação nos EUA
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O Ibovespa aproveitou a véspera de um dia carregado de indicadores econômicos para registrar uma nova alta, subindo 0,59%, aos 145.720,98 pontos.
O índice chegou a superar os 146 mil pontos durante o dia pela primeira vez em outubro, mostrando resiliência mesmo em um cenário de incertezas globais.
O otimismo foi sustentado pela perspectiva de uma melhora nas relações entre Estados Unidos e China e pela forte alta do petróleo, que impulsionou as ações da Petrobras.

Fonte: Google Finance
O mercado agora se prepara para a divulgação de dados cruciais de inflação no Brasil e nos EUA nesta sexta-feira, que devem ditar o rumo dos negócios no curto prazo.
Cenário externo: alívio com China e petróleo em alta
Apesar de um dia de agenda econômica relativamente vazia, os mercados globais operaram em tom positivo, com os investidores reagindo a sinais de distensão na guerra comercial entre EUA e China.
A Casa Branca confirmou que o presidente Donald Trump se reunirá com o presidente chinês, Xi Jinping, no dia 30 de outubro, após dias de incerteza sobre a realização do encontro.
A notícia trouxe alívio e ajudou a sustentar as altas nas bolsas em Nova York, que fecharam com ganhos consistentes, mesmo com a continuidade da paralisação do governo americano.
Outro fator de destaque no cenário internacional foi a forte alta do petróleo. Os preços dos contratos futuros dispararam mais de 5%, impulsionados por especulações sobre um possível aumento nas sanções contra a Rússia, após declarações dos EUA nesse sentido.
A valorização da commodity teve um impacto direto e positivo no mercado brasileiro.
Cenário doméstico: inflação e fiscal no radar
No Brasil, a expectativa se volta para a divulgação do IPCA-15 de outubro nesta sexta-feira.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que "a inflação e as expectativas seguem fora da meta", o que considera um "ponto de bastante incômodo", mas ressaltou que a inflação está em um processo de redução e retorno para a meta.
A questão fiscal também continua a ser um ponto de atenção. O Relatório de Acompanhamento Fiscal de outubro da Instituição Fiscal Independente (IFI) mostrou que o governo federal acumula um déficit primário de R$ 100,9 bilhões de janeiro a setembro e que será necessário um esforço fiscal adicional de R$ 27 bilhões para cumprir o limite inferior da meta
Em contrapartida, a arrecadação federal voltou a subir em setembro, com uma alta real de 1,43% sobre o mesmo mês do ano anterior. A análise de economistas é de que o resultado confirma uma tendência positiva e sustentada, mas que o ritmo de expansão das despesas primárias continua muito acima da receita, o que anula parte do ganho estrutural.
Destaques do Ibovespa: Petrobras avança com petróleo; Casas Bahia dispara com acordo
No campo dos negócios, a Petrobras (PETR4) foi um dos principais motores da alta do Ibovespa, com seus papéis ganhando 1,14%, impulsionados pela forte valorização do petróleo.
As petroleiras juniores também se beneficiaram, com a PRIO (PRIO3) avançando 1,80%. A Vale (VALE3), por sua vez, oscilou durante a sessão e devolveu parte dos fortes ganhos da véspera, fechando com uma leve baixa de 0,19%, mesmo com o minério de ferro registrando alta na China.
Os grandes bancos tiveram um dia misto, com analistas prevendo um terceiro trimestre "bom, mas não excelente" para o setor. O Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,19%, enquanto o Bradesco (BBDC4) subiu 1,07% e o Santander (SANB11) se elevou 0,81%. O Itaú Unibanco (ITUB4) oscilou para fechar com uma leve queda de 0,08%.
A grande notícia corporativa do dia foi o anúncio de um acordo entre a Casas Bahia (BHIA3) e o Mercado Livre. A parceria impulsionou as ações da varejista nacional, que terminaram o dia com uma forte alta de 11,75%.
O movimento, no entanto, parece ter gerado uma rotação dentro do setor, com as ações do Magazine Luiza (MGLU3) caindo 5,64%. O GPA (PCAR3) também caiu, 0,85%, ainda repercutindo as recentes mudanças na diretoria da empresa.
Dólar tem leve queda com petróleo e cautela antes de dados de inflação
O dólar encerrou a quinta-feira com leve baixa no Brasil, acompanhando o recuo da moeda ante outras divisas de países emergentes e exportadores de commodities, em um dia marcado pela forte alta do petróleo.
No entanto, a expectativa antes da divulgação dos dados de inflação nos EUA, programados para sexta-feira, engessou os negócios e limitou a queda da moeda americana.
Fonte: Google Finance
O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,22%, aos R$ 5,3857. No exterior, o dólar também exibia perdas ante moedas pares do real, como o rand sul-africano e o peso chileno, mas subia ante divisas fortes como o iene e a libra.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de moedas fortes, subiu 0,09%.
Cenário externo e declarações de Lula no radar
O principal fator a guiar o mercado de câmbio no dia foi a cautela antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA na sexta-feira e da decisão de juros do Federal Reserve na próxima quarta-feira.
A avaliação de analistas é de que, se o CPI não vier mais forte e o Fed confirmar o corte de juros, o dólar pode voltar a se aproximar de R$ 5,30.
Internamente, o destaque foram as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita à Indonésia. Lula afirmou que disputará a reeleição no ano que vem, em busca de um quarto mandato, e fez críticas ao "receituário neoliberal". Ele também disse que o Brasil vai propor, durante a COP30, que o uso de combustíveis sustentáveis seja quadruplicado.
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