Ibovespa fecha acima de 147 mil pontos pela 1ª vez e renova máxima histórica; mercado aguarda decisão do Fed
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O Ibovespa segue empilhando recordes e renovando suas marcas históricas. Nesta terça-feira (28), o principal índice da bolsa brasileira ganhou mais 0,31%, aos 147.428,90 pontos, e fechou acima dos 147 mil pontos pela primeira vez na história.
A nova marca foi atingida pouco mais de um mês depois de o índice ter superado os 146 mil pontos, em 23 de setembro. Foi também a quinta alta consecutiva do Ibovespa, algo que não acontecia desde abril deste ano.

Fonte: Google Finance
O otimismo que levou o índice a renovar suas máximas foi sustentado por uma combinação de fatores.
Entre eles, o alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, a expectativa de um novo corte de juros pelo Federal Reserve nesta quarta-feira e o forte desempenho de ações específicas, com destaque para a disparada da MBRF (antiga Marfrig) e a alta da Vale.
O mercado, no entanto, opera com cautela antes da decisão do banco central americano.
Cenário externo favorável dá suporte ao Ibovespa
O recorde de fechamento de hoje ainda carrega o impulso positivo gerado pelo encontro entre o presidente Lula e o presidente dos EUA, Donald Trump, no último domingo.
Além disso, a expectativa de um novo corte na taxa de juros americana continua a dar suporte para o apetite por risco.
A decisão do Federal Reserve sai nesta quarta-feira, e a visão de economistas é de que o comitê de política monetária deve optar por antecipar o corte agora, em vez de esperar e ter que fazer um movimento maior na próxima reunião, em dezembro.
A análise é de que, sem acesso às informações mais recentes do mercado de trabalho devido à paralisação do governo e com a incerteza sobre a resposta dos preços às tarifas, a reunião do Fomc de outubro deve ser movida pelo receio do Fed de ficar "atrás da curva" novamente.
Em Nova York, os principais índices também fecharam no positivo, com os investidores aguardando os balanços trimestrais de gigantes da tecnologia como Microsoft, Apple, Alphabet, Meta e Amazon, que serão divulgados entre quarta e quinta-feira.
Todos também aguardam com ansiedade o encontro entre Trump e o presidente da China, Xi Jinping, que acontece na quinta-feira.
Fiscal doméstico continua no radar, mas sem gerar estresse
No cenário doméstico, a questão fiscal segue causando alguma apreensão no mercado, mas sem gerar um grande estresse no pregão de hoje.
A reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o senador Renan Calheiros, relator do projeto de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, foi acompanhada de perto.
Haddad busca incluir cortes de gastos no projeto, enquanto o senador quer votar a matéria já na próxima semana. O objetivo de ambos é impedir que o projeto precise voltar para a Câmara dos Deputados.
MBRF dispara 15% com repercussão de acordo; Vale sobe com otimismo
No fim das contas, foram os movimentos específicos de algumas ações que mais influenciaram o Ibovespa no dia.
O grande destaque foi a MBRF (MBRF3), antiga Marfrig, que disparou incríveis 15,63%, ainda repercutindo o anúncio do acordo para a criação da Sadia Halal, feito na véspera.
A análise de mercado sobre a operação é positiva, com a visão de que ela permite à companhia acelerar seu crescimento em uma região estratégica.
A Vale (VALE3) também deu uma poderosa parcela de contribuição para a alta do índice, subindo 0,88%.
O movimento reflete o otimismo contínuo com os dados operacionais da mineradora e a busca da empresa por retomar a posição de maior produtora de minério de ferro do mundo.
Os bancos ajudaram um pouco a sustentar o Ibovespa. O Banco do Brasil (BBAS3) subiu 0,53% e o Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 0,34%. O Santander (SANB11), que divulga seu balanço do terceiro trimestre amanhã, antes da abertura dos mercados, virou no final e acabou perdendo 0,14%.
O Bradesco (BBDC4) também virou no final, mas conseguiu fechar com uma leve alta de 0,05%. A Qualicorp (QUAL3) ganhou 1,12%, após analistas elevarem a recomendação das ações.
Petrobras cai com petróleo; presidente cita exploração na África
Nas quedas, o destaque negativo ficou com a Petrobras (PETR4), que recuou 0,03%, acompanhando a queda do petróleo no mercado internacional.
Hoje, a presidente da petroleira, Magda Chambriard, afirmou que o avanço do projeto da estatal envolvendo a Margem Equatorial brasileira não freia a busca da companhia pela recomposição de suas reservas, o que inclui a atividade fora do Brasil, citando a África como um dos focos.
A quarta-feira promete ser agitada, especialmente pela decisão do Federal Reserve e pela coletiva de imprensa que seu presidente, Jerome Powell, dará na sequência.
O tom da comunicação do banco central americano será um indicativo importante do que pode vir pela frente para os mercados globais.
Dólar fecha estável com cautela antes do Fed e encontro EUA-China
Enquanto o Ibovespa encontrava fôlego para renovar suas máximas, o mercado de câmbio refletiu a cautela global, com o dólar oscilando em margens estreitas e fechando perto da estabilidade no Brasil.

Fonte: Google Finance
A moeda norte-americana à vista fechou em leve baixa de 0,28%, aos R$ 5,3598, após um dia de pouca volatilidade.
Os investidores mantiveram suas posições, aguardando dois eventos cruciais que devem definir o rumo dos mercados nos próximos dias: a decisão sobre a taxa de juros do Federal Reserve, na quarta-feira, e as negociações comerciais entre os presidentes dos EUA e da China, na quinta-feira.
No ano, a divisa americana acumula uma queda de 13,25% em relação ao real. No mercado futuro, o contrato para novembro, o mais líquido no momento, caía 0,36%, aos R$ 5,3560 no final da tarde, indicando a manutenção da postura de espera por parte dos investidores.
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