Os fundos de hedge tradicionais estão investindo em criptomoedas com mais força do que nunca, e não é porque se tornaram crentes de repente, mas sim porque Donald Trump lhes deu o sinal verde regulatório que tanto desejavam.
Segundo um novo relatório da Alternative Investment Management Association e da PwC, 55% dos fundos de hedge tradicionais em todo o mundo agora detêm criptomoedas, um aumento em relação aos 47% do ano passado.
Segundo o relatório, esses fundos administram coletivamente quase US$ 1 trilhão em ativos.
A pesquisa, realizada no primeiro semestre de 2025, deixa claro o que mudou. Trump nomeou chefes de agências que não tratam as criptomoedas como se fossem radioativas. Ele também sancionou a Lei GENIUS, uma nova legislação que estabelece novos padrões para as stablecoins, exatamente o que os gestores de fundos vêm exigindo há anos.
James Delaney, responsável pela estratégia regulatória da AIMA, afirmou: “Para a maioria desses fundos, a incerteza regulatória tem sido um grande obstáculo. Este ano, esses obstáculos estão começando a ser removidos. O relatório deste ano talvez marque um ponto de virada em termos de superação desses obstáculos.”
Mas não se trata apenas de clareza jurídica. O medo de perder uma oportunidade também está fazendo efeito. Ninguém em Wall Street quer ser o idiota que ignorou a única classe de ativos que continuava a gerar ganhos enormes e imprevisíveis.
Esse medo está levando tanto os fundos de hedge tradicionais quanto os gestores especializados a aumentarem sua exposição. Alguns desses fundos especializados já mantêm mais de 50% de seus portfólios em criptomoedas. Outros, como a BlockSpaceForce, lançaram novos fundos em 2025 para adquirir empresas de tesouraria de ativos digitais que sofreram grandes perdas durante a última queda do mercado de criptomoedas.
Bitcoin ainda é o nome mais presente nos balanços dos fundos, mas Solana deu o maior salto. Ela passou de estar presente em 45% dos fundos em 2024 para 73% este ano. Ethereum permanece logo atrás Bitcoin, mas a ascensão repentina da Solanaé real.
Em média, os fundos de hedge agora alocam 7% de seus portfólios em criptomoedas, um ligeiro aumento em relação aos 6% anteriores. Mais da metade ainda investe menos de 2%, mas 71% dos fundos entrevistados afirmaram que planejam aumentar essa alocação no próximo ano.
Até mesmo os gigantes estão entrando na onda. A Brevan Howard Asset Management contratou um ex-executivo do escritório familiar de Peter Thiel para liderar uma equipe de estratégia em criptomoedas.
A Point72 Asset Management, de Steven Cohen, e a Elliott Investment Management, de Paul Singer, ambas detêm ETFs atrelados a Bitcoin e Ethereum. O número de fundos de hedge que utilizam ETFs de criptomoedas subiu para 33% este ano, ante 25% no ano passado.
Nem todos que estão entrando no mercado estão apostando na alta dos preços, já que alguns fundos abriram posições em criptomoedas apenas para lucrar com as oscilações de preço. Outros estão usando uma estratégia de base, comprando ETFs e vendendo contratos futuros a descoberto para aproveitar o spread, sem sequer tocar em Bitcoinde fato.
O relatório da Alternative mostrou que 67% dos fundos com exposição a criptomoedas estão usando derivativos para apostar em movimentos de preços, um aumento em relação aos 58% registrados em 2024.
O mercado spot de criptomoedas também cresceu, de 25% para 40%, o que significa que mais empresas agora estão comprando e vendendo as moedas reais.
52% dos gestores de fundos afirmaram ter interesse em oferecer acesso aos seus produtos por meio de redes criptográficas, basicamente tokenizando fundos, como a BlackRock já faz com fundos mútuos. Essa ideia de transformar cotas de fundos em tokens em uma blockchain está ganhando força.
E há mais novidades no DeFi. 43% dos fundos de hedge tradicionais que investem em criptomoedas afirmaram que planejam iniciar ou aumentar suas atividades em finanças descentralizadas nos próximos três anos. Um terço acredita que DeFi poderá eventualmente revolucionar completamente seus negócios.
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