BCs devem aumentar compras de ouro - motivos políticos ou econômicos?
- Bitcoin (BTC) cai 3,4% com otimismo sobre fim do "shutdown" nos EUA; mercado rotaciona para ações e ouro
- O ouro se consolida perto da máxima de três semanas, com o apetite por risco compensando apostas em um Fed dovish
- Bitcoin (BTC) cai para US$ 92 mil e apaga ganhos do ano; investidores mais novos vendem 148 mil BTC com prejuízo
- Ouro retoma os US$ 4.200 à medida que o dólar enfraquece diante de preocupações econômicas e sentimento de aversão ao risco impulsiona demanda
- O ouro permanece perto da mínima de uma semana em meio à redução nas apostas de corte de juros pelo Fed
- O ouro permanece em modo defensivo em meio a um modesto avanço do dólar; queda parece limitada

Investing.com – O ouro deve seguir brilhando, pelo menos aos olhares das autoridades monetárias globais. Os Bancos Centrais globais vêm aumentando as reservas de ouro e esperam que a tendência vá nesta linha nos próximos cinco anos, ao que indica a pesquisa do Conselho Mundial do Ouro (GWC, na sigla em inglês).
Quatro em cinco BCs disseram que as reservas globais de ouro devem aumentar nos próximos doze meses, maior patamar desde que a pesquisa iniciou, em 2019. As complexidades geopolíticas e do sistema financeiro entram nesta conta. Considerando um porto seguro e com características de reserva de liquidez, o ouro vem sendo impulsionado pelas compras de autoridades monetárias.
“As preocupações com as sanções e os temas da desdolarização são muito mais relevantes para os bancos centrais dos mercados emergentes do que para os mercados desenvolvidos. Em suma, o inquérito confirma o papel de importância crescente que o ouro adquiriu para os bancos centrais mundiais e sustenta a nossa convicção de uma disponibilidade para pagar persistentemente mais elevada”, destaca em nota o grupo suíço Julius Baer.
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Motivos mais políticos do que econômicos?
Os Bancos Centrais seguem com alta disponibilidade de compra do ouro. Carsten Menke, chefe de pesquisa de próxima geração do Julius Baer, avalia que a corrida recorde do ouro vem ganhando destaque após sanções à Rússia, com confisco de ativos, após a greve na Ucrânia.
“Isto levou os bancos centrais que estão em desacordo com a política externa dos EUA a tornarem-se menos dependente do dólar americano e – num caso extremo – menos susceptível às sanções dos EUA”, destaca o especialista.
Entre os destaques nas compras, estava a China, mas o gigante asiático disse que não comprou mais a commodity dourada nos últimos meses, o que pode prolongar a consolidação da cotação, em sua visão.
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