Ações da Amazon (AMZN) disparam 13% com reaceleração da AWS; lucro líquido cresce 38%, para US$ 21,2 bilhões
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A Amazon (AMZN) apresentou seus resultados para o terceiro trimestre de 2025 após o fechamento dos mercados nesta quinta-feira (30), e os números foram recebidos com forte otimismo pelos investidores.
A reação positiva, que levou as ações a subirem 13% nas negociações "after-market" e a atingirem novas máximas históricas, foi impulsionada principalmente pela reaceleração do crescimento em sua unidade de computação em nuvem, a Amazon Web Services (AWS).

Fonte: Google Finance
O balanço da gigante de tecnologia foi considerado sólido, com um crescimento de receita acima do esperado, atingindo US$ 180,2 bilhões, e um lucro líquido de US$ 21,2 bilhões.
Embora o lucro operacional tenha sido impactado por despesas não recorrentes, o desempenho da AWS foi suficiente para dissipar as preocupações recentes do mercado sobre a capacidade da empresa de competir na corrida da Inteligência Artificial, mostrando que a companhia voltou a acelerar.
Destaques do resultado do 3º trimestre de 2025
A Amazon apresentou um conjunto de resultados robustos. As receitas totais tiveram um crescimento de 13% na comparação anual, alcançando a marca de US$ 180,2 bilhões. Esse foi o segundo maior trimestre de faturamento na história da empresa e veio ligeiramente acima das expectativas do mercado, que projetava números na casa dos US$ 177 bilhões.
O lucro bruto acompanhou o bom desempenho, atingindo US$ 91,5 bilhões, um crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento mais rápido que o da receita resultou em um ganho de 2 pontos percentuais na margem bruta, que chegou a 51%.
O lucro operacional (Ebit), no entanto, não apresentou um crescimento tão robusto à primeira vista, atingindo US$ 17,4 bilhões, um valor em linha com o que havia sido registrado no ano anterior, mas que representou uma pequena queda de margem.
Contudo, o resultado operacional do trimestre foi impactado por duas despesas não recorrentes significativas: um pagamento de US$ 2,5 bilhões para a Comissão Federal de Comércio (FTC) e um custo de US$ 1,8 bilhão relacionado a demissões.
Excluindo esses custos não recorrentes, o lucro operacional ajustado teria sido de US$ 21,7 bilhões, o que representaria um forte crescimento de 25% na comparação anual. Por fim, o lucro líquido da companhia foi de US$ 21,2 bilhões, um crescimento expressivo de 38% em relação ao ano anterior, com um lucro por ação de US$ 1,95.
Análise do desempenho por segmentos
A Amazon divide seus negócios em três categorias principais para a divulgação de seus resultados: América do Norte, Internacional e AWS. No segmento da América do Norte, que é sua principal geografia, a receita cresceu 11%, alcançando US$ 106 bilhões.
O lucro operacional (Ebit) da região, no entanto, caiu 15%, impactado pelas despesas não recorrentes com o FTC e com as demissões.
Da mesma forma, as vendas da Amazon em mercados internacionais tiveram um crescimento razoável de 14%, totalizando US$ 41 bilhões.
No entanto, assim como na principal geografia, a companhia também alocou parte dos custos com demissões nesse segmento, o que resultou em uma queda de 8% no lucro operacional.
AWS volta a acelerar e se torna o grande destaque
O grande destaque positivo do trimestre, e o principal motivo para a euforia do mercado, foi o desempenho da Amazon Web Services (AWS). Após alguns trimestres em que o crescimento havia ficado abaixo do esperado, o segmento de computação em nuvem voltou a acelerar e surpreendeu positivamente os analistas.

Crescimento trimestral da AWS, Azure e Google Cloud. Fonte: Fiscal.ai
As receitas da AWS atingiram a marca de US$ 33 bilhões, o que representa um crescimento de 20% na comparação anual.
Esse número é particularmente importante porque, no primeiro e no segundo trimestres de 2025, as receitas da AWS haviam crescido "apenas" 17% ao ano.
Isto levou o mercado a questionar a capacidade da companhia de aproveitar a onda de crescimento da Inteligência Artificial no mesmo ritmo de seus concorrentes, como a Microsoft (Azure) e o Google (Cloud).
O resultado do terceiro trimestre demonstrou que a empresa é capaz de reacelerar seu crescimento e entregar mais, um alento para os investidores que estavam mais céticos. O lucro operacional (Ebit) da AWS também foi forte, atingindo US$ 11,4 bilhões, um crescimento de 9% mesmo com os impactos não recorrentes.
O motor de lucro da Amazon e o contexto competitivo da IA
A importância da AWS para a tese de investimento na Amazon é crucial, pois, embora o segmento represente apenas 18% do faturamento total da companhia, ele é o seu principal motor de lucro. No terceiro trimestre, o lucro operacional da AWS representou 65% de todo o lucro operacional da Amazon.
A reaceleração do crescimento da AWS para 20% é um sinal vital de que a empresa não está perdendo tração na corrida pela infraestrutura de IA.
A comparação com o crescimento trimestral da Azure (Microsoft) e do Google Cloud tem sido um ponto de pressão para a Amazon, já que os concorrentes vinham registrando ritmos de expansão mais acelerados.
O resultado deste trimestre ajuda a acalmar esses temores, mostrando que a demanda pelos serviços da AWS continua robusta. Para sustentar essa demanda, a Amazon informou que adicionou mais de 3,8 GW de capacidade computacional ao longo dos últimos 12 meses, visando atender à crescente necessidade de data centers do mercado.
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