XPSF11 recicla carteira e eleva caixa; VGIP11 tem queda no lucro e paga menor dividendo em 6 meses
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O fundo de investimento imobiliário XP Selection (XPSF11) divulgou seu relatório gerencial referente ao mês de setembro, informando um lucro de R$ 2,858 milhões.
O desempenho foi resultado de receitas de R$ 3,091 milhões e despesas de R$ 233,19 mil.

Fonte: XP Asset Management
Com base nesses números, o fundo anunciou a distribuição de R$ 0,065 por cota em dividendos, que serão pagos em 14 de outubro de 2025.
O valor de R$ 0,065 por cota representa um dividend yield (DY) anualizado de 15,63%, levando em conta o valor de fechamento da cota com um "gross-up" (ajuste bruto) de 15% de impostos para fins de comparação.
Análise do dividendo e do desempenho da cota
No acumulado do semestre, o fundo já distribuiu 95,3% dos lucros apurados pelo regime de caixa. No mercado secundário, a cota do XPSF11 encerrou setembro cotada a R$ 68,28, registrando uma alta de 3,26% no período, mostrando uma recuperação de preço no mês.
A cota patrimonial do fundo, antes da distribuição dos rendimentos, atingiu R$ 79,45. Sobre esse valor patrimonial, o dividendo distribuído implica um dividend yield anualizado de 11,19% (também com o ajuste de 15% de imposto).
Estratégia de gestão e reciclagem do portfólio
Durante o mês de setembro, a gestão do fundo manteve sua estratégia ativa de reciclagem de portfólio.
Essa política consistiu na venda de ativos que, na visão da equipe, apresentavam um retorno ajustado ao risco abaixo do desejado.
Entre as vendas, o fundo se desfez de posições em VVRR11 e outros fundos que já haviam atingido preços considerados justos pela gestão.
Ao mesmo tempo, o fundo reforçou sua exposição a fundos de gestão ativa, como o BRCO11, realocando o capital para posições com melhores perspectivas de retorno.
Aumento de caixa e composição final da carteira
Além das movimentações de troca de ativos, a gestão optou por aumentar o nível de liquidez do fundo, ampliando a posição de caixa para 6% do patrimônio líquido (aproximadamente R$ 7 milhões).
Segundo o relatório, o objetivo é ter recursos disponíveis para aproveitar oportunidades de alocação em eventuais correções de mercado.
Com as movimentações de reciclagem, a carteira do fundo ao final do mês estava composta por 94% em cotas de outros FIIs e 6% em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários).
O dividend yield médio de toda a carteira era de 2,55%.
A tese de investimento do XPSF11
O objetivo principal do XPSF11 é realizar investimentos no setor imobiliário, focando a maior parte de seus recursos na aquisição de cotas de outros fundos imobiliários (FIIs), o que o caracteriza como um "fundo de fundos".
Além da alocação principal em FIIs, o mandato do fundo também permite que ele direcione recursos de forma tática para Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e outros títulos lastreados no mercado imobiliário.
VGIP11 tem queda no resultado e distribui menor dividendo em 6 meses
Enquanto o XPSF11, um fundo de fundos, foca na reciclagem de sua carteira, o Valora CRI também divulgou seus resultados de setembro, que mostraram uma queda no lucro e nos dividendos.
O VGIP11 apresentou em seu relatório gerencial de setembro um resultado inferior ao do mês anterior, de R$ 8,662 milhões, ante R$ 9,719 milhões registrados em agosto. Com isso, o pagamento de dividendos foi de R$ 0,74 por cota, o menor rendimento dos últimos seis meses.

Fonte: Valora Invest
Esse pagamento corresponde a uma rentabilidade líquida de IPCA + 6,8% ao ano, considerando o valor patrimonial da cota de agosto.
Além disso, o fundo acumula R$ 0,32 por cota em ganhos provenientes do IPCA, que serão distribuídos quando se converterem em resultado caixa.
O relatório do VGIP11 detalhou a metodologia por trás de seu desempenho. No período de 12 meses encerrado em setembro, o fundo acumulou rendimentos de R$ 11,60 por cota, o que equivale a um retorno de IPCA + 8,2% ao ano sobre o valor patrimonial.
A gestão explicou que essa performance é calculada com base no IPCA com defasagem de dois meses (M-2). Essa é a metodologia padrão empregada na maioria dos CRIs, o que significa que os rendimentos atuais são influenciados pela inflação registrada dois meses antes.
Alocação da carteira e gestão da inadimplência
A alocação da carteira do fundo manteve-se praticamente integral em CRIs (99,9% do patrimônio líquido), distribuídos em 44 operações que somam R$ 1,036 bilhão.
Não foram realizadas compras ou vendas de ativos durante o mês. O fundo recebeu amortizações ordinárias e extraordinárias totalizando R$ 5,6 milhões.
Durante o mês de setembro, o valor patrimonial por cota do VGIP11 apresentou uma leve retração de R$ 0,21, fechando em R$ 87,96.
A gestão atribuiu essa queda à abertura das taxas de juros das NTN-B (títulos públicos atrelados à inflação), que impactam a marcação a mercado dos ativos de crédito da carteira.
Em relação às métricas de negociação, o fundo terminou o mês com 84.311 cotistas. O volume médio diário negociado na B3 foi de aproximadamente R$ 2,5 milhões, um indicador da liquidez do ativo no mercado secundário.
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