Ibovespa renova máxima histórica com balanços; dólar sobe para R$ 5,38 com Fed e acordo EUA-China
- A BitMine adiciona 27.316 ETH, no valor de US$ 113 milhões, ao seu tesouro de criptomoedas.
- O ouro recua com o otimismo em torno das negociações comerciais entre EUA e China; apostas em cortes de juros pelo Fed podem limitar as perdas
- Previsão de Preço Top 3: Bitcoin, Ethereum e Ripple – BTC, ETH e XRP se recuperam à medida que o impulso baixista perde força
- Ouro se recupera após atingir o menor valor em duas semanas em meio à desvalorização do dólar americano e às apostas na redução das taxas de juros pelo Fed; otimismo comercial limita ganhos
- Previsão do Preço do Ethereum: troca de carteira da Fundação ETH gera realização de lucro de US$ 700 milhões
- Bitcoin (BTC) tem volatilidade com dados de inflação nos EUA; mercado aposta em novo corte de juros

E tome recorde. O Ibovespa fechou esta quinta-feira (30) com mais uma alta, a sétima consecutiva, ganhando 0,31% e atingindo os 148.780,22 pontos.
Esse é o novo maior patamar de fechamento da história do índice, batendo a marca alcançada na véspera. Durante a sessão, o Ibovespa também renovou sua máxima histórica intradiária, chegando aos 149.234,04 pontos, nível nunca antes alcançado.

Fonte: Google Finance
O dia, no entanto, foi de sentimentos mistos. No exterior, os mercados reagiram com desconfiança ao aguardado encontro entre os presidentes dos EUA e da China, e os balanços das gigantes de tecnologia, como Meta e Microsoft, decepcionaram, levando as bolsas em Nova York para o vermelho.
No Brasil, o mercado acompanhou o início da temporada de balanços, com os números do Bradesco sendo mal recebidos, enquanto a Vale subiu na expectativa de seus resultados. O Ibovespa conseguiu se descolar do pessimismo externo e garantir o novo recorde.
Cenário externo: encontro morno entre Trump e Xi e balanços fracos de 'Big Techs'
O mercado internacional tinha dois grandes assuntos no radar nesta quinta-feira. O primeiro era o aguardado encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping. O encontro, que tinha potencial para abalar os mercados, não animou os investidores.
Embora ambos os lados tenham sinalizado concessões, a China afirmou que vai trabalhar com os EUA para resolver a questão do TikTok, a percepção de analistas é de que os chineses saíram mais fortes da negociação e que as bases para um acordo sólido ainda geram muita desconfiança.
O segundo grande assunto do dia foi a temporada de balanços das gigantes de tecnologia em Wall Street. Aqui, a reação foi claramente negativa. Os resultados da Meta e da Microsoft testaram os nervos do mercado, com as empresas sinalizando um forte aumento nos gastos com Inteligência Artificial, o que pressionou suas margens e derrubou suas ações.
Com os balanços fracos das "Big Techs" e a falta de entusiasmo com o encontro diplomático, os principais índices de Nova York fecharam em queda. Na Europa, as bolsas também fecharam no vermelho, apesar de o Banco Central Europeu ter mantido as taxas de juros e de o PIB do euro ter vindo mais forte do que o esperado.
Cenário doméstico: dados de emprego fortes e fiscal ainda preocupa
Por aqui, os dados econômicos divulgados foram mistos. O destaque positivo foi, mais uma vez, o mercado de trabalho. Em setembro, o Brasil abriu mais de 210 mil vagas formais de trabalho, segundo o Caged, superando as projeções e mostrando que a economia continua aquecida.
Por outro lado, a notícia boa para a economia não encontra apoio quando os olhos se voltam para a questão fiscal. As contas do governo central tiveram em setembro o maior déficit para o mês desde 2020, reflexo de um aumento nos gastos.
Apesar do rombo, o número veio menor do que o mercado esperava, o que ajudou a atenuar a reação negativa.
Ainda no campo fiscal, o Congresso alterou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para pavimentar o caminho para a isenção do Imposto de Renda. Parlamentares incluíram um trecho que autoriza o governo a perseguir o piso da meta fiscal, e não o centro da meta, como defendia o Tribunal de Contas da União (TCU), o que dá mais flexibilidade para o governo gastar em 2026, ano de eleição.
Destaques do Ibovespa: balanços no foco
O que realmente ditou o ritmo dos negócios na bolsa brasileira foi a temporada de balanços. A Vale (VALE3), que divulga seus resultados após o fechamento do mercado hoje, subiu 0,76%.
A expectativa dos analistas é de que a mineradora apresente melhorias contínuas em suas operações de cobre e que esteja "no caminho certo" para entregar suas metas de produção para 2025.
Já o Bradesco (BBDC4), que apresentou seu balanço ontem após o fechamento, não teve a mesma sorte. A ação despencou 3,88%, sendo um dos destaques de queda. Embora o resultado tenha sido mais um trimestre de recuperação, parte do mercado esperava números mais fortes, e a reação dos investidores foi negativa.
O Santander (SANB11), que havia divulgado seus números ontem, voltou a subir, com alta de 2,61%. Os outros grandes bancos tiveram um dia misto: Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 0,13%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) subiu 1,93%.
A Ambev (ABEV3) foi o grande nome positivo do dia, com as ações da indústria de bebidas disparando 4,66%. O balanço, divulgado esta manhã, veio com uma surpresa positiva que animou os investidores.
A Gerdau (GGBR4), que também divulga resultados hoje, caiu 2,75%, enquanto a Multiplan (MULT3) subiu 0,29%, com analistas esperando que a empresa seja um dos destaques do trimestre. A Petrobras (PETR4) impediu uma alta maior do Ibovespa, ao fechar em queda de 0,43%, acompanhando a baixa do petróleo no mercado internacional.
Dólar fecha em alta com Fed e repercussão de acordo EUA-China
O dólar à vista fechou em alta de 0,43%, aos R$ 5,3814. O movimento acompanhou o avanço generalizado da moeda norte-americana no exterior, com os investidores ainda repercutindo a decisão do Federal Reserve e o anúncio do acordo comercial entre Estados Unidos e China.

Fonte: Google Finance
A moeda americana ganhou força globalmente após a decisão do Fed de cortar os juros em 0,25% na quarta-feira, um movimento que já era esperado.
O fator decisivo para a alta do dólar foi a comunicação do presidente do banco central, Jerome Powell, que colocou em dúvida a possibilidade de um novo corte na reunião de dezembro.
O acordo comercial entre EUA e China, que foi um dos temas do dia, também permeou os negócios no câmbio. O presidente Donald Trump confirmou que concordou em reduzir as tarifas sobre a China de 57% para 47%, em troca de concessões de Pequim em áreas como o comércio de fentanil.
Leia mais
Isenção de responsabilidade: este artigo representa apenas a opinião do autor e não pode ser usado como consultoria de investimento. O conteúdo do artigo é apenas para referência. Os leitores não devem tomar este artigo como base para investimento. Antes de tomar qualquer decisão de investimento, procure orientação profissional independente para garantir que você entenda os riscos.
Os Contratos por Diferença (CFDs) são produtos alavancados que podem resultar na perda de todo o seu capital. Esses produtos não são adequados para todos os clientes; por favor, invista com rigor. Consulte este arquivo para obter mais informações.


