MXRF11 lucra R$ 44,4 milhões, o maior em 3 meses; fundo vende R$ 189 milhões em CRIs e investe R$ 168 milhões em FIIs
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O fundo imobiliário Maxi Renda (MXRF11) divulgou seu relatório gerencial referente ao mês de setembro, informando um lucro de R$ 44,396 milhões.
O desempenho representa uma alta de 3,6% em relação a agosto (R$ 42,835 milhões) e marca o melhor resultado dos últimos três meses.

Fonte: XP Asset Management
O resultado foi impulsionado principalmente pelo forte desempenho da carteira de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Com base nos números, o fundo manteve a distribuição de R$ 0,10 por cota em dividendos, patamar que também foi anunciado para o pagamento de novembro.
O mês de setembro foi marcado por uma intensa atividade de gestão, com a equipe reciclando agressivamente a carteira: o fundo vendeu R$ 189 milhões em CRIs no mercado secundário e, ao mesmo tempo, investiu R$ 168 milhões em cotas de outros FIIs, mostrando um forte movimento de realocação tática do portfólio.
Análise do resultado e dos dividendos
A receita total do fundo em setembro atingiu R$ 48,638 milhões, enquanto as despesas somaram R$ 4,242 milhões. A maior parte do resultado foi gerada pelo portfólio de CRIs, que contribuiu com R$ 43,176 milhões, seguido pelo book de FIIs, que adicionou R$ 4,444 milhões ao lucro consolidado. O segmento de permutas financeiras não apresentou resultado de caixa no mês.
O dividendo distribuído referente a setembro foi de R$ 0,10 por cota. Considerando o preço de fechamento da cota no mês, de R$ 9,77, o valor correspondeu a 83,9% do CDI líquido de impostos (ou 98,71% do CDI bruto).
A gestão também confirmou que os proventos para o mês de novembro serão mantidos em R$ 0,10 por cota. O pagamento será realizado em 14 de novembro, que é o décimo dia útil do mês e segue o calendário tradicional do fundo. A gestora, XP Asset, esclareceu a data após ter anunciado inicialmente que o pagamento poderia ocorrer nesta sexta-feira (7).
Além dos resultados de caixa, o fundo informou que mantém uma reserva de correção monetária acumulada (ainda não realizada) no segmento de permutas, no valor de aproximadamente R$ 24,3 milhões. Esse montante equivale a R$ 0,0556 por cota e poderá ser distribuído no futuro, quando os projetos forem concluídos e vendidos.
Reciclagem agressiva na carteira de CRIs
O mês de setembro foi de intensa movimentação no portfólio de crédito. O fundo promoveu alienações no mercado secundário que totalizaram R$ 189 milhões. A gestão vendeu posições em papéis como Econ II, GR Group Sr, GAV Sub, FS Infra, HBR e MRV Pro-Soluto.
Ao mesmo tempo, o fundo atuou no mercado primário (aquisição de novas emissões), comprando R$ 40 milhões do CRI KSM Nova Milano Log e R$ 33 milhões do CRI Pôr do Sol Sênior. Ambas as operações foram adquiridas com uma remuneração de IPCA + 10% ao ano. O fundo também alocou R$ 15 milhões em uma nova tranche (série) do CRI JK Square.
Também foram realizadas recompras dos CRIs Mateus Sub e BRF Sub, operações que estavam ligadas à oferta pública do FII GARE11. Essas operações de reciclagem resultaram em aproximadamente R$ 6 milhões de retorno em caixa para o fundo, somando ganhos de capital e atualização monetária.
A gestão destacou que mantém um acompanhamento próximo das companhias emissoras dos CRIs, avaliando seus indicadores financeiros e a exposição ao ambiente de juros elevados.
Forte alocação de R$ 168 milhões na carteira de FIIs
Enquanto vendia posições em CRIs, o fundo utilizou parte da liquidez para aumentar significativamente sua exposição em cotas de outros fundos imobiliários. Em agosto, o fundo não havia feito novos aportes nesse segmento, mas em setembro as aquisições foram robustas.
O MXRF11 adquiriu R$ 50 milhões em cotas do LPLP11, um ativo que já era conhecido do portfólio. Além disso, investiu R$ 78 milhões no FII GARE11 e subscreveu cerca de R$ 40 milhões no FII XPHR Sub. A gestão destacou que a operação no XPHR Sub possui uma expectativa de retorno elevada, superior a IPCA + 16% ao ano.
Para balancear as compras, o fundo também realizou vendas na carteira de FIIs, alienando cotas dos fundos MCLO11, HGRU11 e TELM11, que totalizaram R$ 10,2 milhões.
Com todas essas movimentações de compra e venda, o fundo encerrou o mês de setembro com R$ 602,77 milhões aplicados em cotas de FIIs sob gestão, demonstrando uma forte realocação tática de portfólio durante o período.
RECR11 anuncia maior dividendo em 3 meses, no valor de R$ 0,8037
Enquanto o MXRF11, um fundo com forte exposição ao CDI, manteve seus dividendos, o REC Recebíveis (RECR11), focado em inflação, anunciou um aumento em seus proventos, registrando o maior valor dos últimos três meses.

Fonte: StatusInvest
O RECR11 anunciou a distribuição de R$ 0,8037 por cota em dividendos, o maior valor dos últimos três meses. O pagamento será realizado em 14 de novembro para os investidores posicionados no fundo até o fechamento desta sexta-feira (7).
Considerando a cotação de fechamento de outubro, de R$ 77,40, o dividend yield mensal foi de 1,04%. No acumulado de 12 meses, as distribuições do fundo somaram R$ 11,8292 por cota, isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Análise do portfólio e o impacto da inflação
O desempenho do fundo reflete as variações inflacionárias de meses anteriores (julho 0,26% e agosto -0,11%), já que 86% da carteira do fundo é atrelada ao IPCA. O portfólio, que soma R$ 2,39 bilhões, está 92% alocado em CRIs.
A alocação por indexadores preserva a predominância de IPCA (59%, mais 27% em IPCA sem variação negativa), com 11% em CDI. A carteira concentra exposição nos setores de incorporação (29%), loteamento (19%) e hotéis (14%).
A REC, gestora do RECR11, anunciou alta também para os dividendos do RECT11, seu fundo de lajes corporativas. O valor subiu 21,6% em relação ao pagamento anterior, de R$ 0,37 para R$ 0,45 por cota.
Já o RELG11, FII de imóveis logísticos, manteve o pagamento de R$ 0,80 por cota. Assim como o RECR11, o pagamento de ambos os fundos será no dia 14 de novembro, com a data de corte nesta sexta-feira (7).
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