A Bitkub, maior plataforma de negociação de criptomoedas da Tailândia, está preparando uma mudança que pode remodelar seus planos de crescimento futuro. Segundo a Bloomberg, a empresa está trabalhando em uma oferta pública inicial (IPO) de US$ 200 milhões em Hong Kong.
Fontes familiarizadas com as negociações alegadamente afirmaram que o plano poderia começar já no próximo ano e pediram para não seremdent, pois as discussões são privadas. A ideia já circulava dentro da empresa há algum tempo, mas a situação na Tailândia impulsionou seu desenvolvimento.
O mercado de ações tailandês foi um dos que apresentou pior desempenho em 2025. As novas listagens caíram mais de 12% em média, e o índice SET despencou cerca de 10% este ano, tornando a abertura de capital no mercado local muito menos atraente para uma empresa na posição da Bitkub.
Hong Kong tem tentado impulsionar novamente sua atividade com criptomoedas. A cidade quer mais negociações, mais empresas e mais listagens. As autoridades criaram um sistema de licenciamento para que as corretoras de criptomoedas operem legalmente, mas as negociações ainda estão fracas.
Mesmo assim, espera-se que as primeiras ofertas públicas iniciais (IPOs) em Hong Kong atinjam o nível mais alto em quatro anos em 2025, com receitas possivelmente ultrapassando os 40 bilhões de dólares.
Se a Bitkub entrar nesse processo, isso ajudará Hong Kong a atrair mais empresas estrangeiras em um momento em que a cidade quer deixar de depender exclusivamente de empresas da China continental.
Os reguladores de Hong Kong têm implementado novas medidas para impulsionar o setor. A diretora-executiva da Comissão de Valores Mobiliários e Futuros, Julia Leung, afirmou que a próxima fase regulatória inclui a possibilidade de permitir que corretoras de criptomoedas licenciadas localmente acessem pools de liquidez globais.
Julia disse: "Isso é assunto para outro dia", sem especificar uma data para quando esse acesso seria liberado. Se isso acontecer, poderá atrair grandes nomes como Binance e Coinbase, já que ambas as empresas poderiam se registrar como corretoras em vez de solicitar licenças completas de exchange de criptomoedas, um processo que normalmente leva anos.
O registro de Hong Kong mostra 11 bolsas de valores com licenças completas e 49 corretoras aprovadas para oferecer serviços de negociação de ativos virtuais por meio de contas omnibus.
Outra mudança ocorreu esta semana, quando a SFC permitiu que corretoras licenciadas listassem novos tokens e stablecoins licenciadas pela HKMA para investidores profissionais sem a necessidade de aguardar o antigo período de 12 meses de emissão e tracde liquidez. Isso facilita o lançamento mais rápido de novos tokens no mercado pelas corretoras da cidade.
Órgãos reguladores em toda a Ásia têm endurecido ou ajustado as regras após o mercado de criptomoedas ter perdido cerca de US$ 2 trilhões no último ano. Singapura está reduzindo as atividades de criptomoedas para investidores de varejo depois que várias falências de alto perfil prejudicaram os investidores locais.
O Japão está seguindo na direção oposta, facilitando a listagem de tokens por empresas e abandonando sua abordagem mais cautelosa. A China manteve sua posição e declarou a maior parte das atividades com criptomoedas ilegais no ano passado.
Hong Kong costumava ser a sede de empresas como Binance e a FTX. Essas empresas foram atraídas pelas regras flexíveis da cidade e por seus fortes tron com a China.
As coisas mudaram em 2018, quando o governo introduziu um regime de licenciamento voluntário, o que sinalizou um ambiente mais rigoroso. A FTX mudou-se para as Bahamas no ano passado, e muitas outras empresas seguiram o mesmo caminho. Mesmo assim, a cidade continua a atrair a atenção de grandes empresas.
O presidente da Animoca Brands, Yat Siu, participou das discussões sobre políticas, e o CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, afirmou que "obviamente ainda não é tarde demais" para Hong Kong assumir um papel de liderança nas regras das criptomoedas.
A atividade em Hong Kong demonstra o quanto ainda falta para a reconstrução. A Chainalysis relatou que o volume de transações com criptomoedas na cidade aumentou menos de 10% nos 12 meses até junho, em comparação com o ano anterior.
Esse foi o ritmo mais lento no Leste Asiático, com exceção da forte recessão na China. Todas essas tendências moldarão o ambiente em que a Bitkub entrará caso escolha Hong Kong para seu próximo capítulo.
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