Em setembro, as marcas chinesas de automóveis atingiram seustronde vendas na Europa, impulsionadas pelo crescente interesse em veículos elétricos e híbridos. Dados da empresa de pesquisa Dataforce mostram que BYD, MG e Chery contribuíram para que as marcas chinesas conquistassem 7,4% das vendas de carros de passeio na Europa, sua maior participação até o momento, superando montadoras sul-coreanas como a Kia.
A alta de setembro dá continuidade a meses de crescimento consistente. De acordo com o analista da Dataforce,enjKibies, otrondesempenho sugere que mudanças mais amplas ainda estão por vir. Ele observou: "Observamos um aumento constante na penetração de marcas chinesas nos mercados europeus."
Os consumidores do Reino Unido têm preferência pelas marcas de carros chinesas. Quase 50% de todos os carros chineses vendidos na Europa em setembro foram vendidos no Reino Unido. A mudança semestral das placas de matrícula no país contribuiu para impulsionar as vendas. Além disso, com uma taxa de apenas 10%, os impostos de importação permanecem significativamente mais baixos do que os impostos da União Europeia sobre veículos elétricos chineses.
Ao falar sobre a presença da China no mercado, Kibies comentou: “O mercado britânico é fundamental. Os chineses são muitotronno Reino Unido.” Até o momento, no Reino Unido, as vendas da BYD aumentaram seis vezes em relação ao mês anterior, seguidas de perto pela MG. A Chery também avançou com seus SUVs híbridos Omoda e Jaecoo.
A posição que as montadoras chinesas conquistaram na Europa, no entanto, aponta para uma crescente divisão no mercado automobilístico, impulsionada por sua produção de baterias com baixo custo.
A Europa ainda está se esforçando para conter as consequências, e as tarifas da UE apenas freiam brevemente a ascensão das montadoras chinesas. Atualmente, as montadoras europeias estão sendo arrastadas para uma nova disputa comercial centrada em um fornecedor holandês de chips, após as restrições de Pequim a certas exportações, o que pode prejudicar seus negócios.
As marcas chinesas ainda não conquistaram uma fatia significativa do mercado europeu, mas apostam nos híbridos plug-in para preencher essa lacuna, já que são mais baratos de manter e menosdent da infraestrutura de recarga.
Segundo a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (EAMA), as vendas de híbridos plug-in aumentaram 62% na Europa em setembro, enquanto as de híbridos convencionais subiram 15%. Dados da Dataforce mostram que as marcas chinesas detiveram 20% do segmento de híbridos plug-in na Europa em setembro, um aumento de mais de sete pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Kibies acrescentou que a participação de mercado dos veículos elétricos das montadoras chinesas avançou 1,7 ponto percentual, atingindo 11% em setembro, ou 13% se incluirmos as vendas conjuntas da Leapmotor e da Ebro-Chery.
Sem mencionar que, menos de dois anos e meio após sua estreia no Reino Unido, a BYD já se expandiu para 100 lojas franqueadas em todo o país.
Stephen Reitman, analista da Bernstein, comentou sobre a marca chinesa: “Eles estão pagando para jogar — fazendo ofertas muitotracpara que as concessionárias trabalhem com as marcas. As concessionárias gostam do valor da oferta e os clientes ficam impressionados com o produto — há um certo choque e admiração nas concessionárias.”
Seguindo essa mesma linha de raciocínio, a Cryptopolitan noticiou recentemente que investidores e especialistas do setor alertaram que os EUA podem perder ainda mais terreno para a China na disputa pela liderança no mercado de veículos elétricos, após a postura otimista do governo Trump em relação aos veículos com motor a gasolina ter causado uma queda significativa nos investimentos em veículos elétricos.
Desde que assumiu a presidência dos EUA em janeiro, odent americano retirou incentivos fiscais para a compra de veículos elétricos e sugeriu o fim das regras sobre emissões de gases de efeito estufa, em uma mudança em relação ao apoio que o governo Biden havia dado ao setor.
O investimento em projetos relacionados a veículos elétricos, incluindo baterias, montagem de veículos e equipamentos de carregamento, caiu quase um terço, para US$ 8,1 bilhões, nos três meses até setembro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o US Clean Investment Monitor, um banco de dados criado pelo Rhodium Group e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Entre abril e setembro, aproximadamente US$ 7 bilhões em investimentos planejados para veículos elétricos foram cancelados, segundo dados divulgados. De acordo com executivos e analistas, a retirada do apoio nos EUA pode moldar o setor nos próximos anos, fortalecendo a posição da China na corrida dos veículos elétricos e levantando dúvidas na União Europeia sobre a proibição da venda de veículos com motores de combustão interna a partir de 2035.
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