Odent francês Emmanuel Macron disse ao Canal 12 de Israel na quinta-feira que as sanções das Nações Unidas ao Irã voltarão a vigorar no final de setembro.
Questionado diretamente se as sanções eram um "negócio fechado", Macron respondeu: "Sim, acho que sim. Porque as últimas notícias que temos dos iranianos não são sérias."
Macron então explicou que o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, "tentou fazer uma oferta razoável" aos líderes europeus, mas seu plano não teve apoio de outros dentro da liderança iraniana.
Na quarta-feira, o Irã apresentou à Grã-Bretanha, Alemanha e França uma proposta com o objetivo de evitar sanções.
O Axios informou que um projeto de resolução para estender a suspensão das sanções foi distribuído no Conselho de Segurança da ONU na quinta-feira, com votação planejada para sexta-feira.
Mas é improvável que o projeto seja aprovado, o que significa que o mecanismo de recuperação avançaria, restaurando as sanções ao Irã em 27 de setembro.
Grã-Bretanha, França e Alemanha desencadearam o processo de recuperação judicial em 28 de agosto, sob a Resolução 2231. Eles exigiram que o Irã retornasse às negociações, permitisse inspeções mais amplas e explicasse os estoques de urânio desaparecidos.
Araghchi alertou na semana passada que, se as sanções retornarem, "eles serão excluídos das negociações nucleares com a República Islâmica". Os preços do petróleo mostraram pouca reação ao drama político.
O petróleo Brent caiu 1 centavo, para US$ 67,43 o barril, e o West Texas Intermediate, dos EUA, recuou 4 centavos, para US$ 63,53. Ambas as referências permaneceram em trac de alta pela segunda semana, mesmo com o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) cortando as taxas de juros.
O E3 propôs adiar as sanções por seis meses se o Irã permitisse que inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) retornassem às instalações nucleares e iniciasse negociações com Washington. Os inspetores também buscaram respostas sobre os estoques de urânio enriquecido do Irã, que permanecem incertos desde que ataques israelenses e americanos atingiram instalações nucleares iranianas em junho.
Na quarta-feira, os ministros das Relações Exteriores do E3 e o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, conversaram por telefone com Abbas Araghchi.
O apelo foi feito após um acordo na semana passada entre o Irã e a AIEA para retomar a cooperação, o que também permitiu inspeções "em princípio", mas diplomatas ocidentais disseram que faltavam detalhes, não estabelecia um cronograma e deixava Teerã com espaço para protelar.
O Irã afirmou que ainda está refinando a forma de trabalhar com a AIEA. Araghchi disse à mídia estatal iraniana que o governo estava agindo "com uma abordagem responsável" e buscando um resultado "justo e equilibrado". Ele acrescentou: "Agora é a vez das partes em conflito aproveitarem esta oportunidade para continuar o caminhomatic e evitar uma crise evitável".
O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha disse no X que o Irã "ainda precisa tomar as ações razoáveis e precisas necessárias" para estender a Resolução 2231.
Autoridades disseram que as sanções teriam como alvo os setores financeiro, bancário, de hidrocarbonetos e de defesa do Irã, a menos que houvesse medidas concretas "nos próximos dias". Quatro diplomatas europeus e uma autoridade iraniana disseram que o resultado mais provável seria a reimposição das sanções.
Um diplomata iraniano confirmou à Reuters que Teerã retaliaria se as sanções fossem restabelecidas. Outra autoridade iraniana acrescentou: "O entendimento em Teerã é que as sanções da ONU serão reimpostas. É por isso que Teerã se recusa a fazer concessões."
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