VGIR11 tem alta tem alta no resultado com forte giro na carteira; VGIP11 reduz lucro

O fundo de investimento imobiliário Valora CRI CDI (VGIR11) divulgou seu relatório gerencial referente ao mês de julho, informando um resultado de R$ 19,916 milhões, um aumento significativo em relação ao montante de R$ 15,07 milhões que havia sido registrado em junho.
O desempenho foi sustentado por uma receita total de R$ 22,422 milhões, enquanto as despesas somaram R$ 2,506 milhões.
Fonte: StatusInvest
Com base nesse resultado, o fundo anunciou a distribuição de R$ 0,14 por cota aos seus investidores, um rendimento que corresponde a uma rentabilidade líquida de CDI + 1,9% ao ano, com base no valor patrimonial da cota.
O mês também foi marcado por uma intensa movimentação na carteira de crédito do fundo, com a aquisição de R$ 173 milhões em novos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e a venda de outros R$ 320,1 milhões em ativos.
Análise dos dividendos e do desempenho recente
A distribuição de R$ 0,14 por cota em agosto representa um dos maiores patamares de rendimento do fundo no ano. No acumulado dos últimos 12 meses, os dividendos do VGIR11 somam um total de R$ 1,37 por cota, o que equivale a uma rentabilidade de CDI + 2,4% ao ano sobre a cota patrimonial de referência.
A consistência na distribuição de proventos é um dos fatores que atraem investidores para o fundo, que encerrou o mês de julho com uma base de 256.349 cotistas e uma liquidez média diária de negociação na bolsa de aproximadamente R$ 5,5 milhões.
Durante o mês de julho, a gestão do VGIR11 adotou uma postura ativa na alocação de capital, investindo um total de R$ 173 milhões na aquisição de CRIs. A movimentação foi distribuída em oito operações diferentes, sendo que cinco delas foram para reforçar a posição do fundo em ativos que já faziam parte da carteira.
Entre as novas aquisições, três se destacaram pelo volume e pelas taxas. O fundo investiu R$ 28,8 milhões no CRI Artefacto, R$ 26,5 milhões no CRI Scala Datacenter e R$ 20,9 milhões no CRI Helbor 86E.
Todas essas novas operações foram realizadas com uma remuneração de CDI + 3,0% ao ano, uma taxa considerada atrativa no cenário atual e que contribui para a rentabilidade da carteira.
Além dessas, o fundo também realizou aportes para aumentar sua exposição em outros cinco CRIs que já possuía, demonstrando confiança na qualidade de crédito desses ativos.
Venda de R$ 320 milhões em CRIs para reciclagem do portfólio
Na outra ponta da gestão de portfólio, o VGIR11 realizou um volume de vendas ainda mais expressivo, totalizando R$ 320,1 milhões.
A movimentação foi distribuída em 24 CRIs diferentes e faz parte da estratégia de reciclagem de ativos do fundo, que consiste em vender operações que já atingiram um bom nível de maturação ou que apresentam uma relação de risco e retorno menos favorável para reinvestir os recursos em novas oportunidades.
A gestão reduziu a participação do fundo em 16 CRIs, incluindo ativos como Helbor, Viewco, Vino, Gafisa e Tecnisa. Além disso, o fundo zerou completamente sua exposição em outros oito CRIs, como Longitude, Netcorp, Alfa Realty e Flow.
Segundo o relatório gerencial, essas operações de venda total foram realizadas com ganhos na negociação, o que contribui para o resultado do fundo e para a sua capacidade de distribuir dividendos.
Outras movimentações financeiras e gestão de caixa
Além das operações de compra e venda, o fundo também teve outras movimentações relevantes em seu caixa no mês de julho.
O VGIR11 recebeu R$ 12,9 milhões em amortizações, que são pagamentos parciais do valor principal de seus CRIs. Os destaques foram os recebimentos de R$ 5,4 milhões do CRI Matarazzo e de R$ 4,3 milhões do CRI AMF Saúde.
Em paralelo, a gestão liquidou operações de compromissada reversa no montante de R$ 140,3 milhões.
A liquidação dessas operações, que funcionam como uma forma de endividamento de curto prazo, indica uma melhora na posição de liquidez do fundo e uma menor necessidade de alavancagem para realizar seus investimentos, o que contribui para a redução do risco da carteira como um todo.
VGIP11 tem queda no resultado e distribui R$ 0,76 por cota
Outro fundo da mesma gestora, o Valora CRI Índice de Preços (VGIP11), também divulgou seus resultados de julho, mas com uma dinâmica diferente, marcada por uma queda no lucro e pela pressão sobre o valor patrimonial.
O VGIP11 registrou um resultado de R$ 8,985 milhões em julho, um número inferior ao de junho, quando havia sido apurado um lucro de R$ 14,348 milhões. As receitas totais do fundo somaram R$ 9,926 milhões, enquanto as despesas representaram aproximadamente R$ 941,67 mil. A distribuição de proventos aos investidores correspondeu a R$ 8,958 milhões, o que equivale a R$ 0,76 por cota.
Esse valor de dividendo representa uma rentabilidade líquida anualizada de IPCA + 6,8%, considerando o valor patrimonial por cota de junho. A distribuição acumulada nos últimos 12 meses atingiu R$ 11,73 por cota, representando um retorno líquido de IPCA + 8,3% ao ano.
O fundo informou que ainda mantém R$ 0,29 por cota em ganhos de inflação acumulados, que serão repassados aos cotistas quando se converterem em resultado caixa.
Fonte: Clubefii
Impacto da alta dos juros e movimentações na carteira
A cota patrimonial do fundo sofreu uma queda de R$ 0,85 em julho, um reflexo do aumento das taxas dos títulos públicos atrelados à inflação (NTN-Bs), que impactam negativamente a marcação a mercado da carteira de CRIs. Com isso, o valor patrimonial encerrou o mês em R$ 87,50 por cota.
Dentre as últimas movimentações da carteira, o fundo realizou a aquisição de R$ 2 milhões no CRI Scala Datacenter, com remuneração de IPCA + 9,5% ao ano. Também houve o recebimento de R$ 18 milhões em amortizações de outros CRIs. No início de agosto, uma nova alocação foi concluída, de R$ 19,2 milhões em um CRI que paga IPCA + 10,5% ao ano. Ao final de julho, o portfólio do fundo estava 99% alocado em 44 operações distintas de CRIs, somando R$ 1,021 bilhão.
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