Ibovespa sobe e fecha acima de 150 mil pontos; dólar cai para R$ 5,35
- A BitMine adiciona 27.316 ETH, no valor de US$ 113 milhões, ao seu tesouro de criptomoedas.
 - O ouro ganha força em meio à fraqueza do dólar americano e à retomada da demanda por ativos seguros
 - Ouro se recupera após atingir o menor valor em duas semanas em meio à desvalorização do dólar americano e às apostas na redução das taxas de juros pelo Fed; otimismo comercial limita ganhos
 - Bitcoin (BTC) se recupera para US$ 114 mil, mas traders veem riscos; macro melhora com alívio EUA-China
 - O fundador Binance Changpeng “CZ” Zhao, revela que comprou tokens Aster no valor de mais de US$ 2,5 milhões.
 - As baleias do BTC estão se tornando cautelosas, afastando-se tanto das posições à vista quanto das posições em derivativos
 

O Ibovespa começou novembro com o "pé direito" e continuou a empilhar recordes, mais uma vez patrocinado pelo desempenho de seus pesos-pesados.
Nesta segunda-feira (3), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão em alta de 0,61%, aos 150.454,24 pontos.
Este foi o 20º recorde do Ibovespa em 2025 e a primeira vez na história que o índice fechou acima da marca dos 150 mil pontos. Durante a sessão, o Ibovespa também renovou sua máxima intradiária, chegando a 150,7 mil pontos.

Fonte: Google Finance
O movimento marca a nona sessão consecutiva de ganhos para o índice, que foi impulsionado pelo avanço das ações da Petrobras e da Vale.
O mercado doméstico operou em modo de espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana, enquanto no exterior, as atenções se dividiram entre falas de dirigentes do Federal Reserve e o otimismo com o setor de tecnologia.
Cenário doméstico: mercado aguarda Copom e reage a dados da indústria
No cenário doméstico, os investidores operaram em compasso de espera pela decisão do Copom sobre a taxa de juros, que será anunciada na próxima quarta-feira (5). O consenso do mercado é de que o Banco Central deve manter a taxa Selic no patamar atual de 15% ao ano.
A visão de analistas, como os da XP, é de que o BC "não tem motivo para pressa". Embora o Copom tenha recebido boas notícias sobre a inflação de curto prazo desde a última reunião, a manutenção de uma postura cautelosa é esperada.
Na agenda de indicadores, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) para a indústria brasileira, compilado pela S&P Global, subiu de 46,5 em setembro para 48,2 em outubro.
Apesar da melhora, o indicador seguiu abaixo da marca de 50, que separa crescimento de contração, pelo sexto mês consecutivo, sinalizando que o setor industrial continua a enfrentar desafios.
Destaques do Ibovespa: Vale e Petrobras sobem; Marcopolo (POMO4) lidera perdas
O desempenho positivo do Ibovespa no dia foi novamente sustentado pelas ações de maior peso no índice. A Vale (VALE3) terminou com um leve avanço, em um dia em que o desempenho do minério de ferro no mercado internacional pesou sobre as ações.
A Petrobras (PETR4; PETR3) acompanhou a recuperação do petróleo Brent na reta final da sessão e fechou em alta. Os investidores da estatal também reagiram ao anúncio de um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV).
Na ponta negativa, o principal destaque foi a Marcopolo (POMO4), que liderou as perdas do índice. A queda é uma continuação da reação negativa do mercado aos números do terceiro trimestre da empresa, divulgados na semana passada.
A visão de analistas, como os do Itaú BBA, é de que o recuo das ações reforça as preocupações dos investidores em relação a uma possível inflexão na demanda. A percepção foi impulsionada por uma receita abaixo do esperado e por volumes domésticos mais fracos no balanço.
Para agravar a situação, o BTG Pactual rebaixou a recomendação das ações da Marcopolo de "compra" para "neutra" e cortou o preço-alvo de R$ 12 para R$ 10. Os analistas justificaram a decisão pela "expressiva valorização das ações", que mais do que dobraram desde 2023. A visão do banco é de que o crescimento da companhia deve atingir um platô entre 2025 e 2026, "ainda que o resultado do próximo ano deva ser sólido".
Cenário externo: Wall Street fecha sem direção única com falas do Fed
Os índices em Wall Street encerraram a sessão sem uma direção única, com os investidores ainda focados na trajetória dos juros nos Estados Unidos.
O presidente da unidade do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que não tem pressa em cortar os juros novamente, com a inflação ainda muito acima da meta de 2% do banco central.
Por outro lado, o diretor do Fed, Stephen Miran, que foi um dos votos dissidentes na última reunião (pedindo um corte maior, de 0,50 ponto), voltou a defender sua tese. Ele afirmou que é errado dar muita ênfase à força dos mercados de ações e de crédito ao avaliar a política monetária, que, segundo ele, continua muito restritiva e está aumentando o risco de uma desaceleração econômica.
No cenário corporativo, as ações da Amazon subiram mais de 4% após a notícia de um acordo com a OpenAI.
A criadora do ChatGPT assinou um contrato de sete anos, no valor de US$ 38 bilhões, para comprar serviços de nuvem da Amazon, em um grande esforço para impulsionar suas ambições em inteligência artificial. O S&P 500 e o Nasdaq fecharam em leve alta, enquanto o Dow Jones recuou.
Dólar fecha em queda de 0,40%, a R$ 5,35, em dia de baixa liquidez
Enquanto o Ibovespa comemorava os novos recordes impulsionado por ações de grande peso, o mercado de câmbio teve um dia de calmaria, com o dólar fechando em queda.
Em uma sessão de noticiário esvaziado, o dólar oscilou em margens estreitas no Brasil e fechou a segunda-feira em baixa, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes, como o México e o Chile.

A moeda norte-americana à vista fechou com baixa de 0,40%, aos R$ 5,3579. No ano, a divisa acumula uma queda de 13,29%. Na B3, o contrato futuro para dezembro, o mais transacionado no momento, cedia 0,42%, aos R$ 5,3915, mas a liquidez foi menor que o normal, com 167 mil contratos negociados.
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