As autoridades financeiras da Rússia estão prontas para permitir que cidadãos comuns invistam legalmente em criptomoedas, conforme indicado pelo chefe de um dos principais órgãos reguladores de Moscou.
Embora seja improvável que isso aconteça sem algumas limitações, que estão atualmente em análise, agora é perfeitamente "possível", segundo o alto funcionário do governo.
O Ministério das Finanças (Minfin) e o Banco Central da Rússia (CBR) pretendem permitir a entrada de investidores não qualificados no mercado de criptomoedas sob certas condições.
O ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, deixou isso claro durante uma entrevista, citada pela agência de notícias oficial TASS e outros veículos da mídia russa na terça-feira. Em entrevista ao canal de TV Rossiya-24, ele explicou:
“De acordo com nossas propostas, junto ao Banco Central, tal permissão é possível. No entanto, para minimizar os riscos… planejamos limitar o volume dessas transações e investimentos no mercado de criptomoedas.”
O ministro observou que os parâmetros exatos das medidas restritivas em discussão estão sendo definidos neste momento com a autoridade monetária.
Os comentários de Siluanov confirmaram o apoio de seu departamento à nova política russa para criptomoedas, divulgada recentemente pelo Banco da Rússia, que prevê a adoção de um arcabouço legislativo abrangente até o próximo verão.
Um excerto do conceito regulatório, publicado no site do CBR na última terça-feira, mostrou que investidores não qualificados poderão comprar os criptoativos mais líquidos.
Citado também pela agência de notícias de negócios Prime, o ministro russo observou que as criptomoedas são atualmente usadas por indivíduos e empresas, principalmente para pagamentos.
O acesso da Rússia aos canais financeiros tradicionais e aos pagamentos transfronteiriços foi severamente limitado pelas sanções ocidentais impostas devido à guerra na Ucrânia.
No início deste ano, o Banco Central da Rússia propôs um “regime jurídico experimental” especial para permitir que empresas russas utilizassem criptomoedas no comércio exterior. O mesmo acordo concedeu a um pequeno grupo de investidores “altamente qualificados” acesso a ativos digitais descentralizados.
Anton Siluanov, no entanto, está convencido de que considerar as criptomoedas como um instrumento de investimento e poupança é pouco aconselhável, visto que são altamente voláteis, razão pela qual os reguladores russos desenvolveram o novo conceito de criptomoeda.
Ele salientou que o banco central e o governo, representado pelo Minfin, já chegaram a “um entendimento geral sobre como proceder… em termos de regulamentação deste processo”, acrescentando:
“As transações com criptomoedas têm sido e continuam sendo realizadas, o mercado de criptomoedas existe, mas não há regulamentação. Portanto, é evidente que este tema requer defilegislativa.”
O futuro quadro regulamentar, elaborado em conjunto com o Banco Central da Bélgica (CBR), deverá determinar o que é permitido e o que não é, bem como quem pode participar nesse mercado, insistiu Siluanov.
As propostas anunciadas pelo Banco da Rússia já foram submetidas à análise do governo, e a instituição indicou que espera que sejam aprovadas pelo parlamento russo até 1º de julho de 2026.
código penal do país e outras leis relevantes para introduzir a responsabilidade criminal pela prestação ilegal de serviços de criptomoedas, deverá ser adotado até a mesma data de 2027.
Além de ampliar o acesso dos investidores, um elemento-chave da nova estratégia de Moscou é o plano de reconhecer as criptomoedas e stablecoins como "ativos monetários" e regulamentar a negociação de criptomoedas por meio de infraestrutura existente e nova.
O ano de 2025 trouxe mudanças significativas na postura da Rússia em relação a criptomoedas como Bitcoin , conforme relatado pelo Cryptopolitan. Nos últimos 12 meses, os reguladores russos começaram a se afastar gradualmente de sua posição excessivamente conservadora sobre o assunto.
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