Bolsas dos EUA sustentam máximas enquanto ouro, prata e platina renovam recordes
- Ethereum trava nos US$ 3 mil mas fundamentos on-chain divergem do preço
- O ouro continua registrando máximas recordes diante do aumento das tensões geopolíticas e das apostas em cortes de juros pelo Fed
- Os analistas de Wall Street mantiveram suas recomendações de compra para as ações da Nvidia, apesar das preocupações com a avaliação da empresa e da concorrência mais acirrada.
- Bitcoin trava nos US$ 90 mil; posições vendidas em cripto saltam para US$ 250 milhões
- O recorde da Apple para 2025 mascarou o que realmente está acontecendo enquanto a empresa se prepara para a era pós-Cook
- Bitcoin consolida sua posição como uma opção de investimento segura.

Os futuros das bolsas americanas operaram próximos da estabilidade na noite de quinta-feira, enquanto Wall Street retorna do feriado de Natal para um único pregão antes do fim de semana.
Com liquidez reduzida típica do período pós-feriado, investidores seguem atentos à possibilidade de novos recordes, mantendo o chamado “Santa Claus rally” no radar — movimento que compreende os últimos cinco pregões do ano e os dois primeiros do ano seguinte.
Durante a madrugada, os contratos futuros atrelados ao Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq oscilaram muito próximos da linha da estabilidade, refletindo um ambiente de cautela e menor volume de negociações.
A ausência de catalisadores relevantes mantém os mercados praticamente parados, com investidores ajustando posições após o feriado e aguardando o fechamento da última semana do ano.
Na sessão reduzida da véspera de Natal, tanto o S&P 500 quanto o Dow Jones encerraram o pregão em máximas históricas.
Com isso, os três principais índices de Wall Street acumularam a quinta alta consecutiva, reforçando o viés positivo que marca tradicionalmente o período do rali de fim de ano.
Fonte: Yahoo Finance
Desempenho dos índices em 2025 segue robusto
O S&P 500 acumula uma valorização de aproximadamente 18% em 2025, caminhando para registrar seu sexto ano de ganhos superiores a 15% nos últimos sete anos.
Já o Nasdaq Composite lidera os avanços entre os principais índices, com alta superior a 20% no ano, mesmo após ter entrado brevemente em um mercado de baixa no início do segundo trimestre.
Na ocasião, o índice foi pressionado após o presidente Donald Trump anunciar, em abril, um amplo pacote de tarifas comerciais, que gerou volatilidade significativa nos mercados globais.
Mesmo com a continuidade da alta das ações, o cenário para a política monetária permanece mais restritivo.
As apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve ao longo de 2026 diminuíram de forma relevante. Atualmente, menos de 15% dos traders projetam um corte já na próxima reunião.
Para março, no entanto, as expectativas seguem mais divididas, indicando incerteza quanto ao ritmo de flexibilização monetária no início do próximo ano.
Não estão previstos indicadores econômicos de grande impacto nem divulgações de resultados corporativos para o encerramento desta semana encurtada pelo feriado.
Com isso, o mercado deve continuar operando em ritmo mais lento, com ajustes pontuais de portfólio e foco no fechamento do ano.
Metais preciosos disparam: prata supera US$ 75 e ouro e platina renovam máximas históricas
Os preços dos principais metais preciosos avançaram de forma expressiva neste início de sexta-feira, impulsionados por uma combinação de liquidez reduzida no fim do ano, apostas em cortes de juros nos Estados Unidos e tensões geopolíticas em escalada.
O movimento levou ouro, prata e platina a renovarem recordes históricos, em um rali sustentado sobretudo por investidores especulativos e fluxos defensivos.
O ouro à vista avançou 0,6%, sendo negociado a US$ 4.504,79 por onça, após tocar a máxima histórica de US$ 4.530,60 mais cedo.
Já os contratos futuros de ouro nos EUA, com vencimento em fevereiro, subiram 0,7%, para US$ 4.535,20.
Segundo Kelvin Wong, analista sênior de mercado da OANDA, o movimento reflete uma combinação clara de fatores técnicos e macroeconômicos.
Desde o início de dezembro, participantes especulativos vêm sustentando a alta, favorecidos por liquidez reduzida, expectativas de cortes prolongados de juros nos EUA, enfraquecimento do dólar e agravamento de riscos geopolíticos.
O analista projeta que, ao longo do primeiro semestre de 2026, o ouro pode avançar em direção ao patamar de US$ 5.000 por onça, caso o atual cenário de suporte se mantenha.
Cotação do Ouro na última semana.
Fonte: Investing.com
Prata dispara e supera US$ 75 pela primeira vez
A prata teve um desempenho ainda mais expressivo. O metal subiu 3,6%, alcançando US$ 74,56 por onça, depois de atingir um novo recorde histórico de US$ 75,14 durante o pregão.
No acumulado de 2025, a prata registra uma valorização de 158%, superando com folga o desempenho do ouro, que avança cerca de 72% no ano.
Esse forte movimento é explicado por uma combinação de déficits estruturais de oferta, demanda industrial robusta e pelo fato de a prata ter sido classificada recentemente como mineral crítico nos Estados Unidos, fator que ampliou o interesse estratégico pelo ativo.
Platina e paládio também avançam com força
A platina registrou alta de 7,8%, sendo negociada a US$ 2.393,40 por onça, após atingir a máxima histórica de US$ 2.429,98.
O paládio também acompanhou o movimento, com valorização de 5,2%, alcançando US$ 1.771,14, após ter tocado um pico de três anos no pregão anterior.
Ambos os metais caminham para fechar a semana em alta e acumulam desempenhos expressivos em 2025. A platina sobe aproximadamente 165% no ano, enquanto o paládio registra ganho superior a 90%.
Cotação da Platina na última semana.
Fonte: Investing.com
Fatores geopolíticos reforçam demanda por ativos defensivos
No campo geopolítico, o noticiário também contribuiu para o avanço dos metais.
Os Estados Unidos intensificaram esforços para impor uma espécie de “quarentena” ao petróleo venezuelano pelos próximos dois meses. Além disso, o país realizou ataques contra militantes do Estado Islâmico no noroeste da Nigéria, em resposta a ofensivas contra comunidades cristãs locais.
Esses eventos reforçaram a busca por ativos considerados proteção de valor, em um momento de maior sensibilidade dos mercados globais.
Juros mais baixos seguem como pano de fundo do rali
Com o mercado precificando dois cortes de juros nos EUA ao longo de 2026, ativos que não oferecem rendimento, como os metais preciosos, tendem a permanecer bem sustentados em um ambiente de taxas mais baixas.
Segundo Jigar Trivedi, analista sênior da Reliance Securities, a platina vem sendo especialmente favorecida pela forte demanda industrial e pela recomposição de estoques nos Estados Unidos, diante de preocupações relacionadas a sanções.
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