Em discurso na Conferência Central de Trabalho Econômico na segunda-feira, odent chinês Xi Jinping atacou diretamente os pontos fracos da China, criticando duramente os números econômicos falsos e os projetos vazios que existem apenas para causar boa impressão no papel.
Segundo uma reportagem do Diário do Povo, Jinping disse a altos funcionários que não toleraria mais planejamentos "imprudentes" e alertou que o sistema responsabilizará aqueles que buscarem apenas o hype em vez do crescimento real.
Jinping acrescentou que todos os planos futuros devem "ser baseados em fatos" e visar um crescimento "sólido" e "genuíno", e não relatórios maquiados que escondem problemas.
O líder chinês defendeu o desenvolvimento de alta qualidade em vez de projetos "sem propósito além de mostrar resultados superficiais".
Os exemplos de Jinping foram diretos: parques industriais gigantescos que ninguém precisa, expansões desordenadas de exposições e fóruns locais, estatísticas infladas e "inícios de construção falsos" encenados.
Jinping então disse às autoridades que aqueles que fizerem “exigências excessivas” ou desperdiçarem recursos “sem a devida consideração” enfrentarão consequências severas, acrescentando que China está mais apertada do que antes, com o aumento da dívida interna limitando os gastos do governo. Ele afirmou que o país não pode se dar ao luxo de medidas dispendiosas tomadas apenas para impulsionar os números do PIB no curto prazo.
Ele afirmou que o acesso a dados econômicos dentro da China é sensível e controlado, o que dificulta que observadores externos avaliem a tron ou fragilidade da economia.
Por isso, ele afirmou que o PIB não deve ser o único indicador utilizado para avaliar o trabalho de um funcionário público. Ele defende que o desempenho seja avaliado pela forma como protegem o bem-estar da população, mantêm a estabilidade e criam uma basetrono suficiente para sustentar a economia no futuro.
O momento da sua mensagem coincidiu com novos dados que mostram que o investimento na China caiu pelo terceiro mês consecutivo. Dados oficiais indicaram que o investimento em ativos fixos, de janeiro a novembro, caiu 2,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. Analistas consultados pela Bloomberg previam uma queda menor, de 2,3%, e o declínio de outubro foi de 1,7%. Essa queda aumenta a pressão sobre os líderes para que estanquem o declínio antes que ele afete toda a economia.
Na semana passada, a Conferência Central de Trabalho Econômico declarou que “a China trabalhará para estabilizar e reativar o investimento, [e] aumentar adequadamente a escala de investimento dentro do orçamento do governo central”.
Analistas consideram esta a primeira vez que Pequim admite abertamente que o investimento está enfraquecendo. A razão pela qual isso importa é simples: durante décadas, a China dependeu de projetos de construção financiados pelo Estado, do setor imobiliário e da indústria pesada para impulsionar a maior parte do seu crescimento.
As vendas no varejo pioraram a situação. O crescimento do mês passado foi o mais fraco em três anos, o que demonstra uma base de consumidores cansada e famílias ainda preocupadas com a crise imobiliária que já dura cinco anos.
O FMI também se manifestou na semana passada, pressionando Pequim a tomar medidastronpara impulsionar a demanda e combater a deflação que persiste no sistema há meses.
O setor de IA da China também teve seus próprios dramas. As ações da Moore Threads Technology Co., uma importante fabricante chinesa de chips de IA, caíram depois que a empresa revelou planos de transferir a maior parte do dinheiro recém-arrecadado para depósitos bancários seguros. Em um comunicado à Bolsa de Valores de Xangai, a empresa afirmou que aplicará 7,5 bilhões de yuans (cerca de US$ 1,1 bilhão), equivalentes a aproximadamente 90% dos recursos de seu IPO, em produtos com garantia de capital, como depósitos a prazo e certificados de depósito.
A Moore Threads arrecadou cerca de 8 bilhões de yuans no início deste mês e afirmou que o dinheiro seria destinado ao desenvolvimento de chips.
Em vez disso, os investidores viram a mudança para produtos de depósito como um sinal de cautela. As ações dispararam 613% em seis dias de negociação, desde sua estreia até sexta-feira, impulsionadas pelo otimismo em torno do mercado de IA da China, mas depois caíram até 6,9% na segunda-feira.
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