Os mercados do Golfo sofreram um baque no domingo, após uma forte queda no preço do petróleo e uma onda de realização de lucros que levou os investidores a adotarem uma postura defensiva. O clima já estava instável devido a novos temores de um excesso de oferta global e ao aumento da tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela, após Washington apreender um petroleiro.
A pressão aumentou depois que o petróleo bruto fechou em baixa na sexta-feira, encerrando a semana com uma queda de 4%, à medida que as preocupações com o excesso de oferta e as conversas sobre um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia atenuaram qualquer reação à ação dos EUA na costa da Venezuela.
A Arábia Saudita foi o país mais afetado, com o principal índice despencando pelo segundo dia consecutivo, caindo 1,2% para 10.589 pontos, e todos os setores em queda. O Al Rajhi Bank, maior banco islâmico do mundo, recuou 1,3%, e a Saudi Basic Industries Corp. teve queda de 1,2%.
O impacto atingiu diversos setores, incluindo finanças e comunicações, sem deixar áreas com sinais de recuperação. Os investidores acompanharam a onda de vendas à medida que os mercados precificavam a queda nos preços do petróleo e a desaceleração do fluxo de cash na região.
Ashraf Al Mamari, diretor executivo do grupo estatal de energia de Omã, OQ, afirmou que a empresa está em negociações com novos parceiros após a SABIC ter desistido do projeto petroquímico em Duqm. Ele disse que a OQ quer dar continuidade ao projeto e está analisando opções com grupos que demonstraram interesse recentemente.
O principal índice da Bolsa do Catar interrompeu sua sequência de quatro dias de alta e fechou em queda de 0,4%, a 10.855 pontos, com todos os seus componentes em baixa. O Qatar National Bank, o maior banco da região, recuou 0,8%, e a Industries Qatar também caiu 0,8%.
O índice do Kuwait subiu 0,1%, para 9.715, enquanto o do Bahrein caiu 0,1%, para 2.056. Omã registrou alta de 0,1%, para 5.956, impulsionado pela estabilidade das ações locais.
Fora do Golfo, o Egito seguiu na direção oposta. O EGX30 subiu 0,1%, para 42.065, impulsionado por um salto de 15,3% nas ações da Raya Holding e uma alta de 2,1% nas da Telecom Egypt, que havia previsto um crescimento de receita na casa de um dígito alto e uma margem EBITDA na faixa dos 40% para 2026.
Ainda assim, o comércio permaneceu cauteloso em todos os setores, semtronsinais de recuperação, enquanto os investidores tentavam avaliar o efeito das preocupações com o excesso de oferta. A apreensão do petroleiro aumentou a pressão sobre um mercado já pouco desenvolvido, e as conversas sobre uma possível via de paz entre a Rússia e a Ucrânia pressionaram ainda mais o preço do petróleo bruto para baixo.
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