Segundo a Bloomberg, a ByteDance, proprietária do TikTok, estaria em negociações para vender o estúdio de jogos Shanghai Moonton Technology Co. para o grupo Savvy Games, com sede na Arábia Saudita.
As discussões são semelhantes às relatadas pela empresa de tecnologia chinesa a respeito da venda da criadora do jogo Mobile Legends: Bang Bang (MLBB). Há dois anos, o South China Morning Post noticiou que a empresa sediada em Pequim informou aos funcionários que encerraria a maioria dos projetos de jogos.
Desde então, foi noticiado que a empresa estava em negociações com vários potenciais compradores para suas operações de videogames, incluindo a Moonton, o estúdio de videogames que adquiriu por US$ 4 bilhões em 2021.
Até o momento, a ByteDance reduziu algumas de suas equipes de criação e publicação de jogos, à medida que muda o foco para o novo motor de crescimento do comércio eletrônico. Uma venda da Moonton, se concretizada, representaria seu maior recuo na tentativa de dominar o mercado de videogames.
Este ano, o MLBB consolidou sua posição como um dos principais títulos de esports do mundo, tornando-se o jogo mais assistido na história da Copa do Mundo de Esports (EWC).
Segundo o Esports Charts, o MLBB representou mais de um quarto da audiência da EWC, acumulando mais de 50,32 milhões de horas assistidas no maior evento de esports multijogos do mundo. Por isso, espera-se que o MLBB retorne para a EWC de 2026.
Além disso, a ByteDance atingiu uma nova avaliação de aproximadamente US$ 480 bilhões após uma empresa de investimentos chinesa adquirir um bloco de suas ações em um leilão acirrado. Conforme relatado pelo Cryptopolitan, a participação, vendida pelo Bank of China Group Investment, foi inicialmente avaliada em cerca de US$ 200 milhões. Isso refletia uma avaliação de US$ 360 bilhões para a ByteDance, mas esse preço não resistiu por muito tempo à disputa.
O leilão atraiu cerca de sete licitantes, segundo fontes, e esse número continuou a impulsionar o preço para cima. A Capital Today, dirigida por Kathy Xu, acabou pagando quase US$ 300 milhões pelas ações.
O acordo também representou uma valorização em relação às recentes avaliações da ByteDance. A empresa iniciou um programa de recompra de ações para funcionários em setembro, com uma avaliação de US$ 330 bilhões.
Sete licitantes participaram do leilão, elevando a avaliação final para US$ 480 bilhões. Isso representa um aumento de 45% em relação ao preço de recompra de ações pelos funcionários em setembro e um salto de 33% em relação ao preço inicial da oferta, que era de até US$ 360 bilhões para esta transação.
A cifra de US$ 480 bilhões coloca a ByteDance próxima da OpenAI, atualmente avaliada em US$ 500 bilhões. A SpaceX, de Elon Musk, tem uma avaliação de mercado de aproximadamente US$ 400 bilhões. Em comparação, a gigante das mídias sociais Meta possui um valor de mercado de US$ 1,49 trilhão.
Em outras notícias, os reguladores chineses impediram a ByteDance de usar chips da Nvidia (NVDA) em novos centros de dados.
Essa proibição reforça os esforços de Pequim para reduzir a dependência da tecnologia americana. O governo chinês emitiu diretrizes exigindo que novos projetos de data centers que tenham recebido financiamento estatal utilizem chips de inteligência artificial fabricados no país.
Essa campanha se intensificou à medida que Washington apertou as restrições à exportação de semicondutores avançados para a China. Washington limitou as vendas dos chips mais avançados da Nvidia para a China, permitindo apenas versões reduzidas, como o H20.
Em agosto, os reguladores chineses pediram às empresas locais que suspendessem novos pedidos de chips de IA da Nvidia e, desde então, têm pressionado as empresas a adotarem processadores nacionais. "O cenário regulatório não nos permite oferecer uma GPU competitiva para data centers na China, deixando esse mercado enorme para nossos concorrentes estrangeiros em rápido crescimento", afirmou a Nvidia.
Segundo o relatório, a ByteDance comprou mais chips da Nvidia do que qualquer outra empresa chinesa em 2025, numa corrida para garantir poder computacional para seus mais de um bilhão de usuários, em meio a preocupações de que Washington pudesse restringir o fornecimento.
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