A estratégia da Strategy poderá ser testada ainda mais nos próximos meses, à medida que as receitas de suas ações preferenciais forem apuradas. A recente queda do BTC está pressionando a "falha de dinheiro infinito" da Strategy.
A Strategy receberá sua primeira grande parcela de dividendos no final do ano, quando cerca de US$ 120 milhões serão pagos referentes a diversas de suas ações preferenciais. A Strategy reportou apenas US$ 54 milhões em cash no terceiro trimestre, o que significa que poderá ter que utilizar parte dos recursos provenientes das ações preferenciais da STRE
Por enquanto, a Strategy possui liquidez, apesar de usar parte de seus fundos para dividendos e não para novas compras de BTC.
Se o preço do Bitcoin cair para o nosso custo médio de aquisição de US$ 74 mil, ainda teremos uma relação de 5,9x entre ativos e dívida conversível, que chamamos de Rating BTC da nossa dívida. A US$ 25 mil, essa relação seria de 2,0x.
— Estratégia (@Strategy) 25 de novembro de 2025
A "falha de dinheiro infinito" da estratégia, que funcionou durante a expansão do BTC, está agora se desfazendo e mostrando uma potencial fragilidade. O maior teste para a MSTR será a revisão do MSCI em meados de janeiro, que pode levar a uma pressão vendedora à medida que os fundos liquidam suas posições.
No total, mais de US$ 9 bilhões em ações da MSTR são detidas por fundos passivos. A remoção dos índices pode causar vendas quase imediatas de US$ 2,8 bilhões, e mais nos próximos meses.
A estratégia mantém 649.870 BTC, com a maior parte dent por meio de carteiras on-chain. Mesmo com um preço baixo do MSTR, o tesouro não está em perigo.
A empresa pode continuar suas operações regulares de consultoria e produtos de conhecimento, enquanto suspende as compras de BTC. Alguns dos dividendos das ações preferenciais podem ser adiados para diminuir o ônus cash . Se a Strategy quiser continuar captando recursos apesar de tudo, poderá ter que recorrer às ações preferenciais da STRC, aumentando o dividendo prometido e encarecendo ainda mais sua estratégia.
Em 2025, a Strategy não possui empréstimos lastreados em BTC, o que ameaça a necessidade de liquidação. Os BTC não apresentam risco, mas também não são considerados valiosos pelos detentores de MSTR, que, na verdade, não têm direito às moedas.
O MSTR só será valioso se o BTC iniciar outra alta, tornando a estratégia viável novamente. Em geral, o MSTR é considerado uma ferramenta para amplificar as tendências do BTC. O MSTR se recuperou ligeiramente para US$ 172,19, após cair para uma mínima local de US$ 166.
O nível atual das ações significa que a Strategy não consegue "comprar na baixa" e, em vez disso, ficou exposta aos preços do BTC durante as altas e perto dos picos históricos. Por enquanto, o ponto de equilíbrio da Strategy está um pouco acima de US$ 74.000, e a empresa insinuou a possibilidade de vender parte de seus BTC para honrar seus compromissos.
A Strategy tem alguma margem de manobra em relação aos seus US$ 8 bilhões em dívida conversível, a maior parte da qual já está fora do dinheiro. Os vencimentos dessa dívida ainda estão a anos de distância, mas os credores podem já estar demonstrando impaciência com a capacidade da empresa de pagar.
A Strategy gera pouco cashlivre, dependendo, em vez disso, de novas captações de recursos para obter liquidez. Para a Strategy, a única esperança é outro ciclo de alta do BTC à medida que sua dívida vence, o que também pode salvar o preço do MSTR.
A dívida começará a vencer entre 2028 e 2032, o que pode criar um cenário de venda rápida de BTC para cobrir as obrigações. Nesse ínterim, a Strategy terá que arcar com o pagamento de US$ 700 milhões em dividendos anuais enquanto aguarda uma eventual recuperação do BTC.
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