Segundo informações da Bloomberg, a Comissão de Comércio Justo da Coreia do Sul realizou uma inspeção surpresa no escritório da Arm em Seul esta semana.
A medida coloca a Arm diretamente no centro de uma crescente disputa sobre quem tem acesso à sua tecnologia e quem não tem.
Órgãos reguladores estão investigando o sistema de licenciamento da empresa após uma denúncia apresentada pela Qualcomm Inc., que alega que a Arm está bloqueando a concorrência ao limitar o acesso aos seus projetos, depois de operar com um modelo aberto por mais de duas décadas.
Fontes familiarizadas com a inspeção disseram que a KFTC está analisando se a Arm alterou suas práticas comerciais de forma a eliminar concorrentes.
A Qualcomm argumenta que a mudança repentina na forma como as licenças são concedidas tem consequências reais para todos os fabricantes de processadores, desde fabricantes de chips até fabricantes de dispositivos, porque os projetos da Arm estão presentes em quase todos os smartphones modernos. A visita dos reguladores faz parte de uma investigação mais ampla sobre como a Arm lida com esses acordos.
A reclamação da Qualcomm vai além da Coreia do Sul. Antes da visita a Seul, a empresa já havia manifestado preocupação aos órgãos reguladores dos Estados Unidos e da Europa, alegando que a Arm havia mudado as regras do jogo.
A Qualcomm afirma que a Arm construiu toda uma indústria ao permitir que muitas empresas licenciassem seus projetos livremente, mas depois começou a limitar o acesso após mais de 20 anos operando uma rede aberta.
A Qualcomm afirma que essa mudança ameaça a concorrência, especialmente à medida que cresce a demanda por computação, desde computadores desktop até hardware de IA.
A Arm reagiu. A empresa, sediada no Reino Unido e controlada majoritariamente pelo SoftBank Group Corp., afirmou que a Qualcomm está usando os órgãos reguladores globais para "expandir a disputa comercial em curso entre as partes em benefício próprio da concorrência". As duas empresas já estão em litígio nos tribunais de todo o mundo.
A Arm processou a Qualcomm alegando que a fabricante de chips violou um acordo de licenciamento. A Qualcomm venceu o caso no final do ano passado e, em setembro, um juiz federal decidiu a favor da Qualcomm nas demais alegações. A Arm está recorrendo da decisão.
Documentos judiciais apresentados pela Qualcomm no ano passado mostram que a empresa acredita que o comportamento da Arm mudou depois que a SoftBank a adquiriu e não conseguiu vendê-la para a Nvidia Corp. A Qualcomm afirmou que a Arm começou a agir de forma "anticompetitiva para aumentar seus lucros", restringindo o acesso a projetos dos quais fabricantes de chips e dispositivos dependem.
A Arm não fabrica chips. Seu negócio se baseia no licenciamento de projetos de chips e de seu conjunto de instruções, que é o código essencial que permite que o software se comunique com os processadores.
Na Coreia do Sul, os órgãos reguladores possuem amplos poderes sob a lei antitruste do país, incluindo a autoridade para realizar inspeções presenciais, coletar documentos e entrevistar funcionários.
Embora essas inspeções sejam comuns, o uso delas na Arm sinaliza que a KFTC está elevando o nível de rigor.
A visita ocorre em um momento em que tanto a Arm quanto a Qualcomm tentam se posicionar para atender à crescente demanda por computação, especialmente em sistemas de IA, enquanto o mercado de chips para smartphones desacelera.
Deixando de lado a disputa pelas fichas eletrônicas, o governo da Coreia do Sul está tomando medidas em relação à política financeira. Koo Yun-cheol, ministro das Finanças do país, afirmou na quarta-feira que Seul está preparando novos incentivos para investidores de longo prazo no mercado de ações.
Koo afirmou: “Planejamos introduzir medidas de incentivo para pequenos investidores que permanecem nos mercados de capitais por um longo período ou investem em determinadas ações a longo prazo”. Ele também disse que o governo está trabalhando para estabilizar o mercado cambial, dialogando diretamente com os participantes do mercado para reduzir a volatilidade.
Koo acrescentou que se reuniu com grandes exportadores que mantêm dólares americanos no exterior em vez de repatriá-los. Ele observou que ainda não se reuniu com o fundo nacional de pensões , embora a demanda por investimentos estrangeiros continue a crescer.
Koo também mencionou um importante acordo comercial dos EUA, dizendo: “O governo está gastando o dinheiro dos contribuintes em investimentos nos EUA, em troca de tarifas mais baixas, o que beneficia as empresas. As empresas devem estar cientes desses esforços que estão sendo feitos pelo governo e pelos contribuintes.”
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