Ações da Oi (OIBR3) disparam com suspensão de falência; Dasa (DASA3) também sobe 19% com balanço
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As ações da Oi (OIBR3; OIBR4) voltaram a ser negociadas na tarde desta sexta-feira (14) e fecharam em forte alta, após a Justiça do Rio de Janeiro suspender o decreto de falência da companhia, que havia sido proferido na última segunda-feira (10).
Os papéis, que não eram negociados desde segunda-feira às 14h58, tiveram um retorno volátil, mas terminaram o dia com ganhos expressivos.

Fonte: Google Finance
Os ativos OIBR3 fecharam com alta de 11,11%, a R$ 0,20, enquanto os papéis OIBR4 saltaram 24,28%, a R$ 3,02. O otimismo do mercado reflete a nova perspectiva de recuperação da empresa, que agora retomará seu processo de recuperação judicial, afastando o cenário de liquidação total que levaria os investimentos dos acionistas a zero.
A reviravolta na Justiça: suspensão da falência
A Oi anunciou ao mercado que a Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em uma decisão monocrática (de apenas um magistrado), suspendeu a sentença anterior que havia convertido a recuperação judicial do grupo de telecomunicações em falência.
A decisão da desembargadora da 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça fluminense atendeu a recursos movidos pelos bancos Itaú Unibanco e Bradesco, que são credores da companhia e foram contra a decisão da 7ª Vara Empresarial.
A desembargadora, em análise preliminar, deferiu o pedido de efeito suspensivo para "obstar os efeitos da sentença judicial".
Ela determinou que o Juízo da Recuperação Judicial prossiga com as formalidades legais para a tramitação da recuperação judicial, "mediante o cumprimento do plano de recuperação judicial aprovado pelos credores e homologado judicialmente".
A decisão que suspendeu a falência considerou que a liquidação da empresa causaria prejuízos graves não apenas aos credores, mas também ao interesse público, dada a relevância dos serviços prestados pela companhia de telecomunicações em todo o país.
A reação do mercado: otimismo e alta volatilidade
A B3 reabriu as negociações com os papéis da Oi às 13h20 desta sexta-feira. A reabertura foi marcada por uma volatilidade extrema, com os papéis indo a leilão diversas vezes.
As ações OIBR3 chegaram a desabar 27,78% na abertura, para R$ 0,13, enquanto as OIBR4 chegaram a saltar 79,01%, para R$ 4,45, em outro momento. Após a volatilidade inicial, os papéis se firmaram em território positivo até o fechamento.
A reação positiva do mercado se justifica pela mudança drástica de cenário. "Após a divulgação da decretação de falência da Oi, os papéis chegaram a ser negociados por poucos centavos, em um cenário já fragilizado. O mercado financeiro demonstra grande sensibilidade a informações como essa", aponta Elias Menegale, gerente jurídico do Escritório Paschoini Advogados.
"A notícia da reversão da decisão, inevitavelmente, gera otimismo nos investidores. Quando ocorre a liquidação de uma empresa em processo de falência, os investidores sofrem perdas em seus investimentos.”
“A reversão da decisão, portanto, impulsiona o otimismo do mercado, aumentando a perspectiva de valorização dos papéis e, potencialmente, de recuperação da empresa", reforça o especialista.
A dura decisão de falência que foi revertida
A decisão de falência, proferida na segunda-feira pela juíza Simone Gastesi Chevrand, havia sido dura. Na sentença, a juíza afirmou que "de concreto, não há mais atividade empresarial que justifique manter o Grupo Oi às expensas de credores impagos".
A magistrada avaliou que, ao longo do tempo, os resultados positivos da Oi não vieram de sua atividade principal, mas sim de "alienações de ativos e contração de empréstimos".
A juíza citou que a Oi "sempre se manteve com o produto de alienações de ativos e oneração. Não houve um momento sequer em que a atividade empresarial se mostrasse bastante para mantê-la". Com a suspensão dessa sentença, a Oi ganha um novo fôlego para tentar provar que seu plano de recuperação é viável.
Ações da Dasa (DASA3) disparam 19% com resultados fortes no 3T25
Enquanto as ações da Oi dispararam com a reversão de sua falência, o pregão desta sexta-feira (14) também foi marcado por outra forte alta: a da Dasa (DASA3), que subiu mais de 19% após divulgar resultados que animaram o mercado.

Fonte: Google Finance
O movimento foi uma reação a resultados robustos no terceiro trimestre de 2025, indicando que o processo de "turnaround" (virada da empresa) começa a ganhar tração, especialmente em margens e geração de caixa.
Análise dos bancos: otimismo com o turnaround, mas cautela com a execução
O Bank of America (BofA) avaliou os resultados como fortes, reforçando a confiança no plano de retomada da Dasa. O banco destacou a redução no prazo de recebíveis e a perspectiva de que a margem Ebitda avance para 22% em 2026.
Apesar de ver o vencimento de R$ 2,5 bilhões em dívidas em 2026 como um desafio, o BofA notou que o risco está sendo endereçado com uma nova emissão de debêntures e manteve sua recomendação de "compra".
Outros bancos, embora positivos com os números, mantiveram uma postura mais cautelosa. O Goldman Sachs elogiou a combinação de redução da dívida líquida (R$ 685 milhões no trimestre) e a melhora na rentabilidade da divisão de diagnósticos, mas manteve a recomendação "neutra".
O BTG Pactual também destacou a melhora nas margens e o forte fluxo de caixa livre (R$ 368 milhões), mas permaneceu "neutro", citando o "alto risco de execução" do turnaround. O Bradesco BBI viu uma "melhora operacional relevante", mas também manteve a recomendação "neutra" devido ao valuation limitado.
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