Autoridades da União Europeia estão profundamente preocupadas com a possibilidade de os EUA violarem o atual acordo comercial entre as duas jurisdições, aumentando as tarifas sobre produtos de aço e alumínio.
Autoridades da União Europeia manifestaram preocupação com uma possível medida dos EUA para ampliar a lista de produtos da UE sujeitos a tarifas mais altas sobre aço e alumínio. As preocupações centram-se na possibilidade de os EUA destruírem o acordo comercial recentemente assinado. Fontes anônimas afirmam que Maros Sefcovic, chefe do Comércio da UE, deverá abordar o assunto com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, quando os dois se encontrarem em Bruxelas, no dia 24 de novembro.
A UE alerta para uma possível expansão das tarifas americanas sobre o aço.
Autoridades da UE estão manifestando preocupação com o fato de uma possível expansão das tarifas americanas sobre o aço e o alumínio da UE poder prejudicar o espírito do recente acordo comercial, especialmente o teto tarifário de 15% já acordado.Bruxelas é… pic.twitter.com/BENmAxwaqS
-Danny Naz (@ThePupOfWallSt) 17 de novembro de 2025
A Bloomberg informou ter recebido dicas de fontes anônimas de que a UE está preocupada com a possibilidade de os EUA revisarem as regulamentações tarifárias sobre produtos da UE para um nível mais alto. O presidente dos EUA, dent Trump, e a presidente da Comissão Europeia, dent von der Leyen, concordaram em eliminar as tarifas do bloco sobre produtos americanos. Eles estabeleceram um limite tarifário de 15% para a maioria dos produtos da UE enviados aos EUA. As nações concordaram com as tarifas atuais para restaurar o equilíbrio comercial e criar um ambiente previsível para empresas e governos de ambos os lados.
A União Europeia ainda enfrenta uma tarifa de 50% sobre produtos de alumínio e aço, e a lista agora ultrapassa 400 itens. A UE argumenta que a lista desses itens é complexa e podetracmedidas semelhantes em outros setores.
As autoridades estão profundamente preocupadas com o fato de que a gama de produtos afetados pelas tarifas e o potencial para aumentos de impostos em diferentes setores possam ultrapassar o acordo existente quando Washington revisar a lista de produtos sujeitos a tarifas mais altas. Washington atualiza essa lista várias vezes ao ano.
Autoridades da União Europeia estão instando os EUA a evitarem a implementação de novas políticas que possam comprometer a relação comercial entre as duas partes, selada pelo recente acordo comercial. Novas tarifas poderiam perturbar a estabilidade e a previsibilidade do comércio entre as duas jurisdições. O teto tarifário de 15% aplica-se a automóveis, produtos farmacêuticos, chips e madeira, uma taxa que a UE pretende manter como padrão em outros setores que os EUA possam visar com tarifas mais elevadas.
As fontes também revelaram que a comissão responsável pelas questões comerciais dos Estados-membros do bloco deseja um novo sistema que permita que uma certa quantidade de exportações de metais seja tributada com taxas reduzidas. A comissão também pretende envolver as partes interessadas relevantes, juntamente com os EUA, em um mecanismo para regular melhor o comércio e evitar que importações baratas dominem seus mercados.
Fontes anônimas sugerem que os EUA têm pressionado a União Europeia para que chegue a um consenso e assine um acordo juridicamente vinculativo semelhante aos de outros países. Segundo as fontes, os EUA enviaram propostas a Bruxelas no início deste ano, numa tentativa de rever regulamentações da UE que prejudicam as empresas americanas.
No entanto, as fontes indicam que a União Europeia se opõe a umtracjuridicamente vinculativo porque isso complicaria seus procedimentos de aprovação, exigindo maior envolvimento tanto dos Estados-membros quanto do Parlamento. A denúncia anônima destacou que a UE chegou a compartilhar uma minuta de plano de ação com os EUA na semana passada para demonstrar seu apoio contínuo ao acordo.
O conflito tarifário pode abalar o mercado global, como já aconteceu historicamente. Trump anunciou que cada americano receberá um dividendo tarifário no valor de US$ 2.000. O Cryptopolitan noticiou que o dividendo impulsionaria as ações e as criptomoedas, citando o cheque de estímulo da era da COVID-19 que fez os preços dos ativos dispararem.
No entanto, Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA, revelou em entrevista que os cheques de tarifa propostos de US$ 2.000 para americanos precisariam da aprovação do Congresso. Ele acrescentou que americanos que recebem mais de US$ 100.000 por ano não se qualificam para o dividendo.
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