O ouro permanece em modo defensivo em meio a um modesto avanço do dólar; queda parece limitada
- Bitcoin (BTC) cai 3,4% com otimismo sobre fim do "shutdown" nos EUA; mercado rotaciona para ações e ouro
- O ouro se consolida perto da máxima de três semanas, com o apetite por risco compensando apostas em um Fed dovish
- Ouro retoma os US$ 4.200 à medida que o dólar enfraquece diante de preocupações econômicas e sentimento de aversão ao risco impulsiona demanda
- Bitcoin (BTC) se recupera de fundo duplo em US$ 100 mil, mas dados on-chain mostram sinais mistos
- Ouro atinge máxima de três semanas à medida que apostas em Fed dovish compensam otimismo com reabertura do governo dos EUA
- O ouro sobe para o maior valor em mais de duas semanas, com as preocupações econômicas reafirmando as apostas na redução das taxas pelo Fed

O ouro enfrenta dificuldades para ganhar tração significativa nesta segunda-feira, em meio a sinais fundamentais mistos.
A redução nas apostas de corte de juros do Fed em dezembro beneficia o dólar americano e limita os ganhos da commodity sem rendimento.
Preocupações econômicas e um tom de menor apetite por risco ajudam a conter as perdas antes da divulgação atrasada dos dados macroeconômicos dos EUA.
O ouro (XAU/USD) atrai alguns vendedores após um modesto avanço durante a sessão asiática, atingindo níveis ligeiramente acima da marca de US$ 4.100, e permanece em modo defensivo pelo terceiro dia consecutivo nesta segunda-feira. Os investidores reduziram suas expectativas de um novo aumento na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos EUA, após várias declarações de membros influentes do FOMC indicarem pouca convicção quanto à necessidade de reduzir os custos de empréstimos. Isso, por sua vez, ajuda o dólar americano (USD) a ganhar alguma tração positiva no início de uma nova semana e acaba sendo um fator-chave que pesa contra o metal amarelo, que não oferece rendimento.
No entanto, preocupações sobre o enfraquecimento do ritmo econômico, em meio à mais longa paralisação do governo na história dos EUA, mantêm em aberto a possibilidade de novos estímulos por parte do banco central americano. Esse cenário, junto a um clima de risco mais contido nos mercados, ajuda o ouro — ativo considerado porto seguro — a se manter firme acima da mínima de uma semana, em torno da região de US$ 4.032, registrada na sexta-feira. Os investidores também demonstram cautela e preferem esperar pela divulgação da ata da reunião do FOMC na quarta-feira. Além disso, o relatório adiado do Payroll (NFP) de outubro, previsto para quinta-feira, deverá influenciar o dólar americano e direcionar o comportamento da commodity.
Resumo Diário dos Movimentos de Mercado: Traders de Ouro Mostram-se Cautelosos à Medida que Alta do Dólar Compensa Preocupações Econômicas
Um número crescente de dirigentes do Federal Reserve tem adotado uma postura cautelosa e demonstrado relutância em relação a mais afrouxamentos na política monetária. Na verdade, o presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, afirmou na sexta-feira que a inflação continua elevada e que não há espaço para complacência quanto às expectativas inflacionárias.
Schmid acrescentou ainda que a política monetária está moderadamente restritiva — como deveria estar — e deve agir para conter o crescimento da demanda. Como resultado, a probabilidade de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros em dezembro caiu para menos de 50% na semana passada, o que pressionou o ouro, que não oferece rendimento, pelo segundo dia consecutivo na sexta-feira.
O dólar americano iniciou a nova semana com leve valorização, à medida que os investidores aguardam a divulgação dos dados macroeconômicos atrasados dos EUA, em busca de maior clareza sobre a perspectiva de juros do Fed. Esse movimento, por sua vez, é visto como mais um fator que mantém os compradores de ouro (XAU/USD) em posição defensiva durante a sessão asiática desta segunda-feira.
O aguardado relatório de empregos dos EUA (Nonfarm Payrolls) referente a outubro será publicado na quinta-feira, após a divulgação da ata da reunião do FOMC na quarta-feira. Esses eventos, portanto, devem desempenhar um papel fundamental na definição da dinâmica de curto prazo do dólar americano e fornecer um impulso mais significativo ao metal precioso.
Os investidores parecem convencidos de que os dados econômicos dos EUA devem apontar certa fraqueza e desaceleração da economia, em virtude da prolongada paralisação do governo americano, o que poderia levar o Fed a adotar uma postura mais acomodatícia. Esse cenário, juntamente com um tom de mercado mais avesso ao risco, ajuda a limitar as perdas do ouro, ativo considerado porto seguro.
O ouro precisa encontrar aceitação abaixo da média móvel simples de 200 períodos no gráfico de 4 horas (H4) para reforçar o cenário de novas perdas
Na sexta-feira, o par XAU/USD mostrou alguma resiliência abaixo da média móvel simples de 20 períodos (SMA) no gráfico de 4 horas (H4). Contudo, a ausência de um movimento de alta subsequente exige cautela por parte dos traders com viés altista. Além disso, os osciladores negativos nesse mesmo gráfico tornam mais prudente aguardar uma força sustentada e aceitação acima da marca de US$ 4.100 antes de buscar novas altas em direção à resistência entre US$ 4.140 e US$ 4.145. O impulso poderia se estender ainda mais e permitir ao ouro tentar novamente superar a zona dos US$ 4.200, um nível psicológico importante.
Por outro lado, uma fraqueza abaixo da média móvel de 200 períodos no gráfico de 4 horas, atualmente situada na região de US$ 4.059, poderia encontrar algum suporte próximo à mínima de sexta-feira, em torno da região de US$ 4.032. Esse nível é seguido pela marca psicológica de US$ 4.000 que, se rompida de forma decisiva, pode deixar o preço do ouro vulnerável a uma queda mais acentuada em direção ao suporte intermediário de US$ 3.931, a caminho da marca de US$ 3.900 e da mínima registrada no final de outubro, em torno da região de US$ 3.886.
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