Solana (SOL) corre risco de cair a US$ 100; mmemecoin Bonk ganha ETP na Suíça em meio ao colapso do setor
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A recuperação do preço da Solana (SOL) está sob séria ameaça. O ativo enfrenta uma combinação de ventos contrários fundamentais e técnicos que podem reverter os ganhos recentes.
A criptomoeda luta para se manter acima de suportes importantes enquanto o mercado digere a notícia de um hack em uma grande corretora e a desaceleração na atividade da rede.
Os fluxos institucionais, que vinham sustentando o ativo, deram sinais de exaustão. Os ETFs de Solana à vista encerraram sua sequência de entradas líquidas.
Na quarta-feira, esses fundos registraram sua primeira saída líquida diária, totalizando US$ 8,2 milhões. Esse movimento reflete um possível declínio na demanda institucional em um momento crítico.
Atividade on-chain e TVL em declínio
A fraqueza no preço é espelhada por uma deterioração nos fundamentos da rede. Dados da Nansen mostram um enfraquecimento nas métricas de uso nos últimos sete dias.
Houve uma diminuição de 6% no número de endereços ativos e uma queda de 16% nas taxas de rede arrecadadas. Menos taxas significam menos demanda pelo espaço de bloco da Solana.

Desempenho de 30 dias das principais blockchains. Fonte: Nansen.
O Valor Total Bloqueado (TVL) no ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi) da Solana também sofreu. O TVL caiu 20% no acumulado do mês.
TVL da Solana. Fonte: DefiLlama.
Desde a máxima de setembro, de US$ 13,23 bilhões, o valor despencou 32%, atingindo US$ 9,1 bilhões em 11 de novembro, segundo o DefiLlama.
A saída de capital foi generalizada entre os principais protocolos. O Jito, de staking líquido, viu seu TVL cair 33% nos últimos 30 dias. Outros declínios notáveis incluíram Jupiter (-28%), Raydium (-31%) e Sanctum (-22%).
Hack da Upbit adiciona incerteza e trava liquidez
Para agravar o cenário, a corretora sul-coreana Upbit sofreu um ataque hacker na quinta-feira. O incidente envolveu o roubo de US$ 36 milhões de sua carteira quente ("hot wallet") de Solana.
O evento desencadeou uma nova onda de incerteza no mercado de SOL, justamente quando o token tentava se recuperar das mínimas de US$ 120.
Como resposta, a corretora suspendeu depósitos e saques de SOL para manutenção. Essa medida restringe a liquidez disponível no mercado, o que pode amplificar a volatilidade.
A interrupção dos fluxos de negociação impede que os usuários entrem ou saiam de posições facilmente. Isso cria um ambiente propício para oscilações bruscas que podem corroer o momentum de alta.
Apesar da brecha de segurança, o preço da SOL mostrou resiliência inicial, subindo 3% para US$ 143 após o anúncio. No entanto, o ativo enfrenta agora ganhos reduzidos e pressão de curto prazo.
Padrão de "Bandeira de Baixa" mira US$ 100
A ação de preço da SOL formou um padrão técnico preocupante no gráfico de seis horas: uma "bandeira de baixa" (bear flag).
Essa é uma configuração de continuação de tendência negativa. Ela ocorre quando o preço se consolida em um canal paralelo ascendente logo após um movimento brusco de queda.
No caso da Solana, a "bandeira" começou a se formar após o topo em torno de US$ 170, registrado em 17 de novembro. A consolidação persistiu desde então, com o preço testando a linha de suporte.
Atualmente, o suporte crucial dessa formação está em US$ 140. Um rompimento abaixo desse nível validaria a bandeira de baixa.
Se isso ocorrer, a análise técnica aponta para uma continuação da queda em direção ao alvo medido do padrão, que está em US$ 99. Tal movimento resultaria em perdas totais de 30% a partir dos níveis atuais.
Fonte: MR Ape/X
O trader MR Ape observou que o nível de US$ 145 é uma resistência chave. O preço já foi rejeitado três vezes nessa zona, e o momentum está diminuindo novamente conforme a SOL se aproxima dela.
Caso o suporte da bandeira seja perdido (perto de US$ 120 em um cenário de pavio), o par SOL/USDT poderia mergulhar para US$ 110 e, subsequentemente, para a zona de demanda de US$ 95, onde compradores devem reaparecer.
Bonk estreia na bolsa suíça com ETP regulado, mas setor de memecoins derrete em 2025
Enquanto a Solana enfrenta desafios técnicos e de segurança em sua rede principal, seu ecossistema de memecoins tenta buscar legitimidade institucional na Europa, mesmo diante de um declínio acentuado do setor neste ano.
A memecoin Bonk, baseada na rede Solana, começou a ser negociada na SIX Swiss Exchange, a bolsa de valores da Suíça. A listagem ocorreu através de um produto negociado em bolsa (ETP) regulado, emitido pela Bitcoin Capital.
Essa movimentação insere a memecoin em um dos maiores mercados de ações da Europa. O produto permite que investidores obtenham exposição ao ativo através de contas de corretagem padrão, eliminando a necessidade de carteiras digitais ou custódia direta.
O token, que se autodenomina "a primeira moeda de cachorro da Solana para o povo", registrou uma alta de 5,8% na manhã de quinta-feira. No entanto, o ativo ainda amarga uma queda de cerca de 83% em relação à sua máxima histórica de novembro de 2024.
O lançamento na Europa segue a estreia do ETF de Dogecoin da Grayscale nos EUA, ocorrida na segunda-feira. O fundo americano teve um início morno, com apenas US$ 1,4 milhão em volume no primeiro dia, bem abaixo das expectativas de US$ 12 milhões.
O fim da euforia: memecoins perdem US$ 5 bilhões em um dia
O cenário para as memecoins mudou drasticamente em 2025. Esses ativos, movidos pela cultura da internet e sentimento comunitário, lideraram a narrativa cripto em 2024, mas agora enfrentam um declínio acentuado e generalizado.
Dados do CoinGecko mostram que a PEPE, baseada em Ethereum, caiu cerca de 83% desde seu pico. FLOKI e Dogwifhat (WIF) seguiram o mesmo caminho, com quedas superiores a 85% e 92%, respectivamente, em relação às suas máximas.
O segmento de memecoins políticas sofreu ainda mais. O token TRUMP, que usa o nome do presidente sem afiliação oficial, desabou 99,6%.
Na sexta-feira, o valor de mercado total das memecoins caiu para US$ 39,4 bilhões, o nível mais baixo registrado em 2025. Cerca de US$ 5 bilhões foram apagados do setor em um único dia.
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