Dow Jones recua após aceleração da inflação do PCE nos EUA
- Ouro cai com a recuperação do dólar americano após mais de um mês em baixa; queda parece limitada
- Ouro atinge o maior valor em seis semanas; parece pronto para subir ainda mais em meio às apostas na redução das taxas pelo Fed
- Com uma oferta submersa inferior a 30%, a movimentação do preço Bitcoin agora se assemelha assustadoramente ao início de 2022.
- O ouro recupera o impulso positivo em meio a perspectivas dovish do Fed e dólar americano mais fraco
- Ouro recua da máxima de seis semanas em meio a clima positivo em relação ao risco; queda continua amortecida
- Ethereum (ETH) perde US$ 3.000 e testa suporte crítico de US$ 2.800; medo de juros no Japão pressiona

O índice Dow Jones Industrial Average (DJIA) apresentou queda nesta quinta-feira, testando níveis abaixo dos 44.500 pontos, marcando o quarto pregão consecutivo em baixa. Enquanto isso, ações de grandes empresas de tecnologia continuam subindo, deixando o Dow para trás em mais uma movimentação de alta do setor.
A inflação medida pelo Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) e os dados de renda dos consumidores dos EUA voltaram a subir em junho, aumentando as dúvidas sobre cortes de juros ainda este ano. O Federal Reserve (Fed) segue resistente à ideia de afrouxamento monetário, e o mercado começa a aceitar que uma redução nas taxas pode não ocorrer nem no terceiro trimestre — ou sequer em 2025 — se a inflação não for controlada com mais firmeza.
Dados econômicos robustos desafiam previsões
A economia dos Estados Unidos continua mais sólida do que muitos analistas esperavam desde o início das ameaças tarifárias durante o governo Trump. Tarifas bilaterais globais foram anunciadas, adiadas e reapresentadas diversas vezes, mas taxas expressivas sobre setores-chave, como aço, alumínio e veículos importados, já começam a afetar indicadores sensíveis à inflação.
Inflação volta a subir após Fed manter taxas por preocupação com preços
O núcleo da inflação PCE subiu 0,3% em junho na comparação mensal, dentro das expectativas do mercado. No acumulado de 12 meses, a inflação acelerou para 2,6%, acima da previsão de 2,5%. A renda do consumidor também subiu 0,3% no mês, e a pressão sobre salários pode adicionar mais combustível à inflação nos próximos meses.
O relatório de criação de empregos (Payroll) de julho será divulgado nesta sexta-feira e promete encerrar a semana com alta tensão no mercado. Os dados de emprego e inflação ganharam ainda mais relevância para o Fed após a decisão desta semana de manter os juros inalterados. A inflação PCE anualizada — métrica favorita do Fed — já ultrapassa o alvo de 2% há mais de quatro anos e meio.
Trump anuncia novo adiamento tarifário para o México
O ex-presidente Donald Trump anunciou mais um adiamento nas tarifas de importação — desta vez apenas para o México. Segundo ele, o país concordou em remover “barreiras não tarifárias” que dificultavam o acesso de empresas americanas ao mercado mexicano. No entanto, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que o acordo atual entre os países não prevê nenhuma nova ação por parte do México, sinalizando possível desencontro nas comunicações.
Equipe de Trump repete discurso conhecido
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, reforçou que o prazo final para que países apresentem acordos comerciais satisfatórios à equipe de Trump — sob pena de enfrentarem tarifas "recíprocas" — segue sendo sexta-feira, 1º de agosto. Esta é a quarta vez desde janeiro que Leavitt afirma que as tarifas entrarão em vigor em uma data específica, geralmente sendo desmentida pouco depois por Trump, que costuma anunciar suspensões ou “acordos iminentes” ainda não confirmados.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse nesta quinta-feira que “há sinais de avanço” nas negociações com a China para evitar tarifas bilaterais severas, previstas para entrar em vigor automaticamente caso não haja acordo até 12 de agosto. Bessent não ofereceu detalhes, e essa possível “virada” nas negociações já vem sendo prometida há meses.
Previsão de preço para o Dow Jones
O Dow Jones voltou a testar o patamar de 44.400 pontos pela segunda vez nesta semana, acumulando quatro sessões consecutivas de queda, sem força para retomar a tendência de alta. O índice chegou a registrar uma nova máxima histórica intradiária no início da semana, mas já recuou quase 2% em relação ao pico de 45.130 pontos registrado na segunda-feira.
Apesar do recuo, o índice ainda se mantém em território de alta, com suporte técnico forte na região dos 44.000 pontos. Mesmo que os preços caiam mais 1,4%, o Dow ainda estaria sendo negociado acima da média móvel exponencial de 50 dias (EMA), atualmente próxima de 43.625 pontos.
Gráfico diário do Dow Jones

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