HGCR11 reporta R$ 14 milhões de lucro; CPSH11 eleva participação no Iguatemi Alphaville para 21%
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O fundo imobiliário HGCR11, gerido pela CSHG, apresentou um desempenho robusto em novembro, refletindo a resiliência do segmento de recebíveis em um cenário macroeconômico de juros e inflação elevados.
O lucro líquido de R$ 14 milhões foi fruto de uma gestão ativa que buscou maximizar a geração de caixa via giro de ativos.
Fonte: HGCR11
Essa estratégia de reciclagem de portfólio é fundamental para fundos de papel que buscam manter o yield competitivo.
Ao realizar movimentações táticas, a gestão consegue destravar valor que ficaria retido no balanço, transformando a correção monetária acumulada em rendimento distribuível para o cotista no curto prazo.
Estratégia de reciclagem e reconhecimento de caixa
Um dos pilares do resultado de novembro foi a operação de venda e recompra do CRI BR 12 Sub. Essa manobra é estratégica em momentos de abertura na curva de juros, permitindo que o fundo realize o lucro da inflação acumulada sem abrir mão da exposição ao crédito de qualidade que o ativo representa.
A operação movimentou cerca de R$ 34 milhões e teve um impacto direto na linha final do balanço, adicionando R$ 0,05 por cota ao resultado.
Esse tipo de ganho é essencial para suavizar a volatilidade dos proventos, especialmente quando o IPCA apresenta variações mais bruscas entre os fechamentos mensais.
Além disso, a alienação dos CRIs Iguatemi Fortaleza (classes Mezanino e Sênior) reforçou o caixa do período. A venda de R$ 1,8 milhão gerou um ganho marginal, mas demonstra a agilidade da equipe de gestão em aproveitar janelas de liquidez no mercado secundário para otimizar o portfólio de crédito.
Dinâmica de proventos e reservas de correção monetária
Apesar do lucro operacional sólido, o resultado por cota de R$ 0,62 ficou abaixo do registrado em outubro. Essa oscilação é natural em fundos de CRI, que dependem do descasamento temporal entre a inflação ocorrida e o seu efetivo impacto financeiro nas parcelas dos ativos que compõem a carteira.
O saldo de inflação acumulada, que funciona como uma reserva interna para futuras distribuições, encerrou o mês em R$ 1,07 por cota. Embora tenha ocorrido uma leve retração em relação ao mês anterior, o montante total acumulado de R$ 1,69 por cota oferece uma margem de segurança confortável para o fundo.
Essa reserva permite ao HGCR11 manter uma política de dividendos mais linear, protegendo o investidor de eventuais deflações ou quedas momentâneas nos índices de preços.
Em um cenário de incerteza fiscal, possuir esse estoque de correção monetária é um diferencial competitivo para o veículo.
Perfil defensivo e alocação setorial no crédito imobiliário
A carteira de ativos do HGCR11 mantém um perfil conservador e altamente indexado ao IPCA, que responde por 90% da exposição. Com uma taxa média de IPCA + 9,1% ao ano, o fundo consegue entregar um retorno real expressivo, superando com folga a maioria dos títulos de renda fixa soberana.
O spread médio de 1,5% ao ano sobre as taxas de referência reflete o risco de crédito corporativo bem precificado.
A gestão mantém 98% do patrimônio líquido investido, o que minimiza o custo de oportunidade do caixa e garante que os recursos estejam trabalhando para gerar prêmios reais.
Setorialmente, a concentração de 41% no varejo e 19% em logística mostra um foco em ativos que possuem fluxos de caixa previsíveis e garantias reais robustas. Em um cenário de consumo pressionado, a qualidade dos emissores e o monitoramento das garantias tornam-se o principal escudo contra o risco de crédito.
CPSH11 amplia participação no Shopping Iguatemi Alphaville
O fundo imobiliário CPSH11 concluiu a aquisição de uma participação adicional de 3% no Shopping Iguatemi Alphaville. A transação foi efetivada no dia 12 de dezembro de 2025 com o desembolso total de R$ 19,68 milhões.
O pagamento foi liquidado integralmente à vista no ato da assinatura do contrato. Com esse movimento estratégico, a fatia do fundo no empreendimento subiu de 18% para o patamar de 21%. A negociação ocorreu junto à GFG Participações S.A. por meio de compromisso de compra e venda.
O fundo assumiu todos os custos de transferência, incluindo ITBI e as taxas cartorárias necessárias.
A gestão ressaltou que o ativo é estratégico por atender consumidores de elevado poder aquisitivo. O Iguatemi Alphaville possui um mix de marcas selecionadas que garante resiliência e performance operacional.
Desempenho financeiro e estratégico
O objetivo da aquisição é fortalecer a diversificação e manter a estabilidade na geração de caixa. A administração confirmou que a política de rendimentos aos cotistas permanece inalterada neste momento.

Cotação CPSH11. Fonte: StatusInvest
Em relação aos resultados operacionais, o fundo registrou um lucro de R$ 16,9 milhões em outubro. Esse valor representa mais que o dobro do lucro de R$ 8,008 milhões obtido em setembro.
As receitas vindas de shoppings e outros fundos imobiliários somaram R$ 17,484 milhões no período. Esses dados demonstram uma forte tração operacional antes mesmo dos impactos desta nova compra.
A ampliação da exposição a este ativo premium reforça a tese de investimento do CPSH11 no setor. Novos comunicados serão enviados ao mercado conforme o cumprimento das normas regulatórias vigentes.
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