A MP Materials anunciou na quarta-feira a assinatura de um novo acordo vinculativo de joint venture com o Departamento de Defesa dos EUA e a Maaden, da Arábia Saudita, para construir uma refinaria de terras raras no reino.
a MP e o Pentágono dividirão uma participação de 49%, enquanto a Maaden deterá pelo menos 51%.
O acordo fez com que as ações da MP subissem 9% durante o pregão. O governo dos EUA financiará integralmente a parte americana do projeto. A MP contribuirá com suporte técnico e de marketing, mas sem cash.
Este projeto foi estruturado para garantir a supervisão americana da operação, com o objetivo de alinhá-la aos objetivos de defesa nacional. "O acordo expandirá significativamente a presença global da MP", afirmou a empresa, acrescentando que "garantirá a supervisão dos EUA e o alinhamento com os objetivos de segurança nacional".
O anúncio surge na sequência de um memorando de entendimento assinado em maio entre a MP e a Maaden. O novo acordo finaliza os termos e coloca capital real em jogo.
A refinaria servirá como uma base de fornecimento essencial para materiais de terras raras utilizados em sistemas militares, veículos elétricos, infraestrutura de energia limpa e fabricação de semicondutores.
A MP também está em negociações separadas com autoridades sauditas para estabelecer uma produção local de ímãs no país. Embora essas discussões ainda estejam em andamento, o objetivo é adicionar mais uma camada de capacidade de produção nacional fora da China.
Esta última medida baseia-se num acordo firmado em julho entre a MP e o Pentágono. Esse acordo concedeu ao Departamento de Defesa uma participação acionária, um preço mínimo e um contrato de fornecimento garantido (compra obrigatória) com a MP para apoiar os esforços dos EUA na redução da dependência da China, que atualmente domina o mercado global de terras raras.
O CEO da MP, James Litinsky, chamou a empresa de "campeã nacional" dos Estados Unidos em terras raras. Esses minerais são essenciais para sistemas de mísseis guiados, radares e caças, bem como para setores comerciais como eletrônica tron baterias para veículos elétricos.
Wall Street também percebeu. O Goldman Sachs começou a cobrir a MP esta semana, estabelecendo um preço-alvo de US$ 77, o que sugere uma valorização de 32% em relação ao fechamento de segunda-feira.
O analista Brian Lee disse aos clientes: "Acreditamos que a expansão da MP para o setor de refino e produção de ímãs, acelerada por uma parceria com o governo dos EUA, posicionará estrategicamente a MP como um componente-chave da cadeia de suprimentos para o refino de terras raras e a produção de ímãs."
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