Coinbase anuncia entrada no mercado de ações tokenizadas e prediction markets
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Segundo uma reportagem da CNBC, a Coinbase pretende iniciar a oferta de ações tokenizadas e prediction markets nos Estados Unidos ainda nos próximos meses.
A expansão faz parte do objetivo de transformar a empresa em uma “exchange de tudo”, um ambiente onde usuários poderão negociar criptomoedas, ações tradicionais, tokens em estágio inicial e derivativos, tudo em uma infraestrutura on-chain.
Com essa estratégia, a corretora busca competir diretamente com plataformas como Robinhood, Kraken e Gemini, que já oferecem ações tokenizadas em outros mercados fora dos EUA.
O diferencial da Coinbase, no entanto, está na proposta de criar um ecossistema totalmente descentralizado e auditável em tempo real por meio de blockchains públicas.
Max Branzburg, vice-presidente de produto da Coinbase, afirmou que a ideia é permitir que qualquer ativo financeiro possa ser negociado a partir de um único local, com transparência e liquidez global. Segundo ele, a implementação começará pelos EUA e, conforme o avanço da regulamentação, será expandida para outros países.
Coinbase acumula mais 2.500 BTC e eleva participação no mercado cripto
Além do avanço sobre o setor de ações tokenizadas, a Coinbase mostrou força ao ampliar sua reserva de Bitcoin. No segundo trimestre de 2025, a empresa comprou mais 2.509 BTC, elevando seu total para 11.776 BTC.
O anúncio foi feito pelo CEO Brian Armstrong em uma publicação na rede X (antigo Twitter), onde reforçou o compromisso da empresa com o ativo: “Continuamos comprando.”
Com essa movimentação, o custo acumulado da Coinbase com a compra de Bitcoin subiu de US$ 518 milhões no primeiro trimestre para US$ 740 milhões até o fim de junho. Já o valor de mercado das reservas atingiu US$ 1,26 bilhão, conforme dados da carta trimestral aos acionistas.
Fonte: X
A postura da Coinbase vai na contramão de outras empresas mais conservadoras do setor financeiro, e posiciona a corretora como uma das principais instituições com exposição direta ao Bitcoin — estratégia que visa não apenas reforçar o balanço patrimonial, mas também enviar um sinal claro ao mercado sobre sua confiança no futuro das criptomoedas.
Nova postura regulatória nos EUA favorece a expansão
O momento escolhido pela Coinbase para expandir seus serviços não é coincidência. A mudança na Casa Branca e a ascensão de um governo mais favorável ao mercado cripto abriram espaço para inovações mais ousadas.
Nos últimos dias, a SEC anunciou o lançamento do “Project Crypto”, uma iniciativa para atualizar as regras que regem o mercado de ativos digitais nos EUA.
A própria decisão da Coinbase de lançar ações tokenizadas e prediction markets no país reflete a percepção de que o ambiente regulatório está se tornando mais receptivo, especialmente com o governo de Donald Trump sinalizando apoio institucional à indústria.
Esse novo ambiente permite que empresas como a Coinbase testem modelos inovadores dentro do mercado americano, algo que anteriormente era limitado a operações internacionais por conta das incertezas regulatórias.
Agora, com a sinalização positiva da SEC e a assinatura de leis como o GENIUS Act, a expectativa é de que mais empresas sigam pelo mesmo caminho, ampliando a integração entre finanças tradicionais e o universo cripto.
Reação do mercado: ações da Coinbase avançam e cenário técnico aponta força
Apesar do momento desafiador para o mercado cripto como um todo, a ação da Coinbase (COIN) conseguiu registrar uma leve valorização após a divulgação dos resultados trimestrais e do anúncio da nova fase de expansão. Segundo dados do TradingView, os papéis subiram US$ 0,28 nas últimas 24 horas, fechando em US$ 377,76.
Solana: liquid staking pode redefinir os ETFs cripto nos EUA
Além dos movimentos da Coinbase, outro tema vem ganhando tração no mercado institucional: a adoção do liquid staking nos ETFs de Solana (SOL).
A proposta, liderada por nomes como Jito Labs, VanEck, Bitwise, Solana Policy Institute e Multicoin Capital Management, é permitir que fundos negociados em bolsa (ETPs) utilizem versões líquidas de tokens staked, como os LSTs (Liquid Staked Tokens).
Essa abordagem permitiria aos emissores de ETFs manterem os benefícios de segurança e rendimento do staking, ao mesmo tempo que oferecem liquidez aos investidores. Em vez de bloquear os ativos, como ocorre no staking tradicional, os LSTs poderiam ser negociados, usados como garantia em DeFi ou mesmo entregues e recebidos in-kind por participantes autorizados.
A carta enviada à SEC argumenta que isso evita rebalanços forçados, reduzindo custos operacionais e aumentando a eficiência dos fundos.
Atualmente, pelo menos nove ETFs de Solana aguardam decisão da SEC, e o uso de liquid staking pode ser um diferencial competitivo relevante — especialmente se aprovado antes de concorrentes.
Os defensores ainda destacam que essa estrutura pode fortalecer a rede Solana, gerar mais receita aos emissores e atrair uma nova geração de investidores institucionais.
Apesar dos benefícios, o processo ainda apresenta riscos, como falhas em contratos inteligentes, perda de paridade (depegging) e penalizações (slashing). Ainda assim, o potencial de inovação é alto, e a ausência de uma diretriz oficial da SEC sobre liquid staking mantém o debate em aberto.
ETF de Ethereum com staking também entra na disputa institucional
O interesse por staking em fundos listados vai além de Solana. Em julho de 2025, a Nasdaq protocolou um pedido junto à SEC para permitir staking no iShares Ether ETF, da BlackRock.
A medida foi acompanhada por um movimento semelhante da Grayscale no início do ano, reforçando a crescente pressão institucional para que fundos de Ethereum também possam capturar os rendimentos do staking diretamente.
A lógica por trás da proposta é simples: permitir que os investidores colham parte das recompensas de validação da rede Ethereum (ETH) enquanto mantêm exposição ao ativo por meio de um produto regulado e acessível via bolsas tradicionais.
Fonte: CoinGecko
Segundo o chefe de ativos digitais da BlackRock, Robbie Mitchnick, a ausência de staking torna o ETF atual “menos perfeito” do que poderia ser.
A introdução dessa funcionalidade também poderia ampliar a atratividade desses fundos para grandes instituições, fundos de pensão e gestores de ativos que, até agora, permanecem cautelosos com soluções baseadas apenas em valorização de preço.
O que está em jogo é a transformação dos ETFs cripto de simples instrumentos de exposição passiva para produtos de rendimento e eficiência operacional, algo antes exclusivo de investidores nativos de criptoativos.
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