VGIR11 investe R$ 30 milhões em CRIs; RZAK11 paga dividendo de 1,33% e mantém guidance
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O fundo imobiliário Valora CRI (VGIP11) apresentou um resultado líquido de R$ 7,733 milhões em seu relatório gerencial referente ao mês de outubro de 2025. O desempenho representa uma redução relevante em comparação aos R$ 8,662 milhões registrados no mês anterior (setembro).
Essa retração no resultado final foi consequência de uma receita total de R$ 8,599 milhões, que foi parcialmente consumida por despesas operacionais e financeiras de R$ 865,8 mil durante o período.

Fonte: VGIR11
Com base nesse desempenho, o fundo distribuiu um total de R$ 7,661 milhões aos seus cotistas. O valor por cota ficou em R$ 0,65, marcando o menor rendimento pago pelo VGIP11 nos últimos 26 meses.
Apesar da queda nominal na distribuição, a rentabilidade permanece atrativa em termos reais. A rentabilidade líquida dos dividendos, calculada sobre o valor patrimonial da cota de setembro, corresponde a IPCA + 9,7% ao ano.
Desempenho acumulado e impacto da inflação
No acumulado dos últimos 12 meses, a distribuição de rendimentos somou R$ 11,53 por cota. Isso equivale a um retorno de IPCA + 8,3% ao ano sobre o valor patrimonial.
É importante notar que o fundo utiliza uma defasagem de dois meses para a correção monetária. Assim, o resultado de outubro reflete a variação do IPCA entre setembro de 2024 e agosto de 2025.
Esse critério de defasagem (conhecido como M-2) é o padrão utilizado na remuneração da maioria dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) que compõem a carteira do fundo, o que explica a sensibilidade dos dividendos às flutuações passadas da inflação.
Valorização da cota patrimonial e liquidez
Um ponto positivo do mês foi a variação da cota patrimonial, que apresentou uma alta de R$ 0,25. Esse ganho foi impulsionado principalmente pelo fechamento (queda) das taxas de juros dos títulos públicos (NTN-B).
Além disso, o vencimento do CRI Socicam Chapecó contribuiu para o resultado. O papel estava sendo negociado abaixo do seu "preço de curva", e seu vencimento reverteu o efeito negativo de marcação a mercado que pressionava o patrimônio.
Em termos de liquidez e base de investidores, o VGIP11 encerrou outubro com 83.718 cotistas. O volume médio diário de negociação na bolsa foi de aproximadamente R$ 1,5 milhão.
Nova aquisição e alocação acima de 100%
O fundo mantém uma estratégia de alocação agressiva, encerrando o mês com 100,6% de seu patrimônio líquido investido em CRIs. Isso indica uma leve alavancagem operacional para otimizar retornos.
A carteira está distribuída por 44 operações de crédito, com um total investido de R$ 1,045 bilhão. Os recursos líquidos remanescentes (caixa) foram aplicados em instrumentos de liquidez imediata.
Durante outubro, a gestão realizou uma nova aquisição relevante: o fundo investiu R$ 25,9 milhões no CRI EAB. A operação possui uma taxa de remuneração de IPCA + 9,70% ao ano.
Esse novo investimento ajudou a repor o capital que retornou ao caixa através de amortizações. O fundo recebeu um total de R$ 19,7 milhões em amortizações no mês, com destaque para os R$ 12,3 milhões provenientes do CRI Socicam Chapecó.
Monitoramento de crédito e inadimplência
No quesito risco de crédito, a gestão atualizou a situação do CRI Manhattan 196S. O ativo, que representa 2,1% do patrimônio líquido do fundo, segue inadimplente no pagamento de juros.
Apesar da falta de pagamento, a gestão ressaltou que a relação de garantia (LTV) da operação continua robusta, cobrindo mais de 180% do valor da dívida.
A equipe da Valora está trabalhando ativamente junto ao devedor para reequilibrar o fluxo de caixa da operação e regularizar a situação.
Os demais CRIs da carteira permanecem adimplentes. A gestão considera a carteira saudável, baseada em um processo de monitoramento constante de todos os ativos.
RZAK11 paga yield de 1,33% e compensa perdas de hedge
Enquanto o VGIR11 foca em alocações em crédito, o fundo multiestratégia Riza Akin também divulgou seus resultados de outubro, destacando o impacto do cenário macroeconômico em sua estrutura de hedge e novas movimentações de portfólio.
O fundo imobiliário RZAK11 encerrou outubro com um resultado de R$ 8,395 milhões, um valor inferior ao registrado em setembro. Com base nisso, a distribuição foi mantida em R$ 1,10 por cota, dentro do guidance previsto pela gestão.

Fonte: RZAK11
O valor corresponde a um retorno mensal expressivo de 1,33%. Segundo a gestão, quase todos os CRIs entregaram o carrego projetado, com exceção pontual dos papéis da Starbucks, que não seguiram o fluxo esperado.
No cenário macro, o fechamento da curva de juros pressionou negativamente a estrutura de hedge do fundo. No entanto, essa perda foi compensada pelo ganho patrimonial decorrente da valorização dos ativos atrelados ao IPCA e dos títulos prefixados na carteira.
Aposta na inflação, guidance e trocas na carteira
O carrego da inflação foi fraco no mês (0,09%), mas a gestão aposta em uma aceleração nos próximos meses devido à sazonalidade. Com isso, o guidance de distribuição para o trimestre permanece inalterado entre R$ 1,00 e R$ 1,20 por cota.
O fundo ainda acumula R$ 0,18 por cota em reservas. No portfólio, houve a liquidação antecipada do CRI Aeroporto Ilhéus, quitado pelo tomador.
Os recursos liberados foram realocados na aquisição do CRI NM KSM. O ativo é lastreado em um galpão logístico alugado ao Mercado Livre, com taxa de CDI + 4,10%. O fundo encerrou o mês com 97,56% de alocação.
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