A Foxconn, maior fabricante detrondo mundo, anunciou na terça-feira que planeja introduzir robôs com características humanas em sua fábrica em Houston, onde são produzidos servidores com inteligência artificial para a Nvidia. A medida representa um passo importante para a implementação da automação avançada nas linhas de produção americanas.
A empresa taiwanesa afirmou que a fábrica no Texas será uma das primeiras a utilizar essas máquinas em suas linhas de montagem. Os robôs funcionarão com a tecnologia da Nvidia chamada Isaac GR00T N. Ambas as empresas querem criar o que chamam de fábrica inteligente de IA de ponta.
Em junho, a Reuters noticiou que a Foxconn e a Nvidia estavam discutindo a possibilidade de colocar esses robôs para trabalhar na fábrica de Houston. Na época, as empresas previam que isso aconteceria nos primeiros três meses de 2026.
A Foxconn, cujo nome completo é Hon Hai Precision Industry Co., também afirmou que continuará aumentando a produção de servidores de IA no Texas, Wisconsin e Califórnia. A empresa quer acompanhar o crescimento das necessidades dos clientes.
“Nossa equipe está trazendo as soluções de data center com IA mais avançadas para os Estados Unidos, o que ajudará nossos principais clientes a se manterem à frente na corrida da IA”, disse Young Liu, presidente da Foxconn. O anúncio foi feito durante a conferência de desenvolvedores da Nvidia, que acontece em Washington, D.C., segundo a Reuters.
Empresas de tecnologia em toda a América estão investindo pesado no desenvolvimento desses robôs com formato humano, alegando que eles são cruciais para o futuro. No entanto, especialistas alertam que as empresas americanas podem já estar ficando para trás em relação às concorrentes chinesas.
Esses robôs utilizam inteligência artificial e são projetados para se parecerem e se moverem como pessoas. Observadores do setor esperam que eles desempenhem diversas funções, incluindo empregos em fábricas e cargos na área de serviços.
Pessoas com dinheiro para investir estão cada vez mais entusiasmadas com essas máquinas. Executivos de tecnologia como Jensen Huang, da Nvidia, têm falado muito bem delas. Em março, Huang declarou o início da "era da robótica generalista" ao apresentar novas ferramentas para a construção desses robôs.
Quando se trata de realmente fabricar robôs, a Tesla parece estar na vanguarda nos Estados Unidos. O projeto de robô da empresa, chamado Optimus, tem grandes planos. Mesmo com o cronograma agressivo de Musk potencialmente dando à Tesla uma vantagem sobre rivais americanos como a Apptronik tron a Boston Dynamics, que ainda não atingiram a produção em larga escala, ele enfrenta forte concorrência da China.
Em fevereiro, o Morgan Stanley divulgou um estudo analisando o custo de produção desses robôs. Segundo a pesquisa, o preço pode variar de US$ 10.000 a US$ 300.000 por robô, dependendo da configuração e da finalidade de uso.
As empresas chinesas já estão superando os preços americanos graças à maior escala de produção e ao conhecimento técnico mais avançado. Um exemplo é a Unitree, que lançou seu robô G1 para consumidores em maio, com preço inicial de US$ 16.000. Em comparação, o Morgan Stanley acredita que o Optimus Gen2 da Tesla poderá ser vendido por cerca de US$ 20.000, mas somente se a Tesla conseguir aumentar a produção, acelerar o desenvolvimento e utilizar componentes mais baratos da China.
A Unitree chamou a atenção em janeiro quando 16 de seus robôs H1 de melhor desempenho dançaram ao lado de artistas humanos durante as comemorações do Ano Novo Lunar transmitidas pela TV nacional.
A vantagem da China vai além dos preços. Um relatório do Morgan Stanley, divulgado em fevereiro, mostrou que a China registrou 5.688 patentes mencionando "humanoide" nos últimos cinco anos. Os Estados Unidos registraram apenas 1.483 no mesmo período.
Grandes empresas chinesas como a Xiaomi e fabricantes de veículos elétricos, incluindo BYD, Chery e Xpeng, também estão trabalhando em robôs com características humanas.
Conforme noticiado recentemente pela Cryptopolitan , Cathie Wood acredita que robôs com aparência e comportamento semelhantes aos humanos podem se tornar a maior oportunidade na área da inteligência artificial.
Wood, que dirige a Ark Invest, foi além em sua previsão. "Acho que o próximo passo serão os robôs humanoides. E acredito que essa será a maior de todas as oportunidades de IA incorporada", disse ela. No entanto, alguns especialistas alertam que o cronograma para a adoção em larga escala pode ser mais longo do que muitos investidores esperam, com desafios técnicos e de implementação significativos ainda pela frente.
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